Além do Brexit: as 10 notícias de empresas brasileiras no radar desta sexta-feira

A Eletrobras informa que o BNDES publica edital de leilão da Celg-D, a equipe econômica descarta capitalização de Petrobras e Caixa, segundo o Estadão e mais notícias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O dia promete ser de turbulência para os mercados mundiais com a aprovação do Brexit por 52% a 48%. Porém, o noticiário corporativo brasileiro segue movimentado. Veja os principais destaques do noticiário de empresas desta sexta-feira (24):

Eletrobras
A Eletrobras (ELET6) informou que o BNDES publicou o edital de leilão da Celg-D. O montante global mínimo previsto a ser arrecadado com a leilão é de R$ 2,8 bilhões, incluindo o total previsto na oferta aos empregados. A leilão prevê a venda de 142.933.812 ações sendo 69.085.140 ações ON pertencentes à Eletrobras e 73.848.672 ações da CelgPar, representativas de 94,8393% do capital da Celg-D, segundo edital do leilão publicado pelo BNDES no Valor Econômico. 

Cyrela
A Cyrela (CYRE3) acertou um acordo para investir entre R$ 73 milhões e R$ 100 milhões na rival Tecnisa, informaram as companhias. A operação vai envolver um aumento de capital de até R$ 200 milhões pela Tecnisa, no qual a Cyrela e acionistas controladores da Tecnisa vão investir pelo menos R$ 124,7 milhões na Tecnisa. O preço de emissão das ações será de R$ 2,00.

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Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) informa que o déficit da Petros está acima do limite da tolerância. Excluindo o limite de tolerância, o montante a ser equacionado é de R$ 16,1 bilhões. 

Já de acordo com o jornal Valor Econômico, diante da iminência de venda dos gasodutos controlados pela Petrobras, o governo se prepara para fazer uma revisão da Lei do Gás. O objetivo é adequar a legislação atual, sancionada em 2009, a um provável novo cenário de predomínio de agentes privados no setor. “Se a decisão da Petrobras for de não mais atuar como operadora dos gasodutos de transporte, tem que haver uma mudança na legislação, seja para está interessado em compras os ativos, seja para os consumidores de gás”, disse o ministro Fernando Coelho Filho, em entrevista ao Valor.

Vale destacar a notícia do jornal O Estado de S. Paulo, depois de pouco mais de um mês de governo, a equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer esmiuçou a situação da Caixa Econômica Federal e da Petrobrás. Concluiu que, no atual momento, não existe a necessidade de fazer uma capitalização nessas empresas. Na comparação entre as duas, a Petrobrás é a que demonstra o melhor quadro. A questão é que esse diagnóstico se baseia numa previsão de melhora da economia.

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Banco do Brasil e Oi
O Banco do Brasil (BBAS3) deve apresentar aumento de capital principal no segundo trimestre de 2016 mesmo após provisões para Oi (OIBR4), que pediu recuperação judicial esta semana, disse uma fonte próxima ao banco ouvida pela Bloomberg. 

O capital deve saltar do nível de 8,26% do primeiro trimestre de 2016, disse a pessoa, que não deu um número preciso e pediu para não ser identificada porque os resultados ainda não são públicos. As provisões relacionadas à Oi serão equivalentes a 30% dos empréstimos concedidos pelo banco à companhia, disse a fonte.

 Vale destacar que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) emitiu parecer favorável ao pedido de recuperação judicial da Oi. O parecer foi emitido pelo promotor Márcio Souza Guimarães, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Massas Falidas, e inclui no processo as empresas estrangeiras Portugal Portugal Telecom International Finance B.V. (PTIF) e Oi Brasil Holdings Cooperatief U.A. (Oi Coop).

Por fim, está a notícia do jornal O Globo de que os investidores internacionais que têm títulos de dívida da companhia se preparavam ontem para garantir seus interesses no processo de recuperação judicial da companhia. Mais de vinte investidores institucionais estrangeiros já estão reunidos em um grupo com o objetivo de adotar uma estratégia unificada na hora de negociar com a empresa, disse uma fonte a par das conversas. A expectativa é que o grupo esteja plenamente formado já na semana que vem.

Estácio 
A Estácio (ESTC3) informou que não está discutindo qualquer fusão ou associação com a Universidade Paulista – Unip, segundo comunicado de esclarecimento à CVM. “Chaim Zaher, por sua vez, informou que participou, na qualidade de acionista da Estácio e previamente à sua indicação como diretor-presidente, de conversas informais e bem preliminares com representantes da Unip, as quais não evoluíram e não foram discutidas com a administração da companhia”, disse a Estácio.

 CCR
A CCR (CCRO3) informou que o MS Via aprovou empréstimo de R$ 527,3 milhões com a
Caixa. 

Itaúsa
A ação da Itaúsa (ITSA4) foi elevada de underperform para sector perform
pelo Scotiabank.

Usiminas
Segundo o Estadão, acabou de vez a trégua entre a japonesa Nippon Steel e o grupo ítalo-argentino Ternium, subsidiária da Techint, que são sócios do bloco de controle da Usiminas (USIM5). A Nippon entrou com um processo na Justiça mineira, que está sob sigilo, para derrubar o presidente da siderúrgica Sérgio Leite, eleito no dia 25 de maio, apurou o Estado. Leite substituiu o executivo Rômel de Souza, que era nome de confiança do grupo japonês. A Justiça de Minas deverá decidir sobre o tema nos próximos dias. Fontes ligadas ao grupo japonês afirmaram que a eleição de Leite foi irregular, uma vez que não houve consenso. Pelo acordo de acionista da companhia, vigente até 2031, os dois controladores precisam entrar em acordo nesse tipo de deliberação. A Nippon foi contra a nomeação de Leite. “Mas, mesmo assim, decidiram no dia 25 pela votação dele na reunião de conselho”, disse uma pessoa que participou da votação. Souza teria se aposentado, segundo fontes. 

Vale
De acordo com o Estadão, o relatório final do Ministério Público de Minas (MP-MG) sobre as causas do desmoronamento da barragem da Samarco em Mariana (MG), em 5 de novembro, aponta que uma construção na parte da frente da represa aliada a alteamentos (ampliações) em velocidade superior a de qualquer registro histórico causou a ruína da obra. Na perícia, observou-se que o chamado “recuo na face da barragem” foi realizado em 2013 para possibilitar reparos em galerias da represa que apresentavam problemas de vazamento. Em seguida, a mineradora promoveu elevações para aumentar o armazenamento, desestabilizando toda a estrutura. O recuo não estava previsto no projeto original da barragem, segundo afirma o MP. 

 (Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.