Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta sexta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta sexta

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa promete ter uma sessão movimentada nesta sexta-feira, em meio ao cenário de pânico nos mercados globais com a vitória do “Brexit” por 52% a 48%. Confira os cinco assuntos que você precisa acompanhar hoje:

1. Bolsas mundiais
O dia promete ser de turbulência para a bolsa brasileira. O ETF (Exchange Traded Fund) EWZ, que representa os papéis com maior peso no Ibovespa, despenca no pré-market da bolsa de Nova York após o Reino Unido votar pelo “Brexit”, ou seja, pela saída da União Europeia. Às 07h52 (horário de Brasília), o EWZ registrava queda de 7,34%. Até as vésperas da votação, as pesquisas de opinião eram inconclusivas. Na Inglaterra, o FTSE caía 4,82% às 07h32 (horário de Brasília), aos 6.033,9 pontos, enquanto a libra esterlina tinha perdas de 7,96% contra o dólar, chegando a US$ 1,36, após cair 11% mais cedo. Com isso, a moeda britânica atingiu seu menor patamar desde 1985. Já o euro registrava queda de 2,78% ante a moeda norte-americana, para US$ 1,1072. No Stoxx 600, bancos caem mais de 10% e são destaques de baixa, enquanto o Lloyds desaba mais de 21%. Na França, o CAC 40 registra queda de 8,60%, a 4.082 pontos: no país, a presidente do partido Frente Nacional, Marine Le Pen, pediu o “Frexit”. Na Ásia o cenário foi de maior cautela durante a apuração, mas com a vitória do “Brexit” o pânico também foi instalado, acionando, inclusive, o circuit breaker do índice Nikkei 225, que chegou a afundar 8,21%, aos 14.905 pontos. O japonês Nikkei fechou em queda de 7,92%, enquanto o iene teve forte alta com os investidores em busca de proteção. O dólar registra queda de 3,42% ante o iene. Já o chinês Xangai teve baixa menos expressiva, de 1,33%, enquanto o Hang Seng teve queda de 2,92%.

2. Referendo do Brexit
O “Brexit” venceu por 51,9% a 48,1%. Foram 17.410.742 votos a favor da saída e 16.141.242 votos pela permanência. Ontem, o Ibovespa havia subido 2,8%, seu melhor desempenho diário desde 10 de maio após uma série de pesquisas mostrarem o “Bremain” na frente, mas hoje o dia promete um dia de forte queda. A vitória do Brexit forçou a renúncia do primeiro-ministro David Cameron e gerando o maior golpe ao projeto europeu de maior unidade desde a Segunda Guerra Mundial. Nesta manhã, após a votação, David Cameron, primeiro-ministro britânico, disse que deixará o cargo até outubro. “O povo britânico tomou a muito clara decisão de assumir um caminho diferente e, diante disso, eu penso que o país precisa de nova liderança para levá-lo nessa direção”, disse ele em pronunciamento. “Eu não acredito que seria certo para mim ser o capitão que vai levar o país para este próximo destino”. “Os investidores temem os efeitos econômicos dessa decisão na economia inglesa e da zona do euro por conta do intenso fluxo de comércio e investimentos. No Reino Unido, corre-se o risco de contração dos investimentos e do emprego, o que obrigará o BOE a expandir novamente a política monetária. Na zona do euro, além da alta do risco político por conta da possibilidade de outros países saírem da União Europeia, teme-se que o atual movimento de crescimento da economia europeia não se sustente tendo em vista esse aumento das incertezas. Outro risco para os europeus é a vitória de líderes populistas e eurocéticos”, destaca a LCA Consultores.

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3. Transações correntes
Hoje às 10h30 (horário de Brasília), saiu o dado das transações correntes no Brasil relativo a maio. Juntando Balança Comercial, investimentos e remessas de dólares para dentro e para fora do País, o dado é importante para saber como está a situação do balanço de pagamentos do Brasil em relação ao exterior. A expectativa mediana dos economistas é de um superávit de US$ 1,7 bilhão. Em abril, o superávit da conta corrente do Brasil foi de US$ 412 bilhões. 

4. Confiança de Michigan
Sai às 11h o índice de confiança do consumidor de Michigan, nos Estados Unidos. A expectativa mediana dos economistas é de que o índice tenha caído de 94,3 pontos para 94 pontos em junho. 

5. IPC – Fipe
O índice de Preços ao Consumidor da Fipe saiu às 5h e mostrou que a inflação brasileira subiu 0,42% na 3ª quadrissemana de junho, contra uma expectativa mediana de 0,40%. Na segunda quadrissemana deste mês o IPC havia registrado um aumento de 0,4%. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.