Reações a Pedro Parente na Petrobras; Fitch revisa ratings em escala nacional e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo desta sexta-feira (20)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta sexta-feira (20) segue movimentado, com destaque para a confirmação do nome do novo CEO da Petrobras (PETR3;PETR4). 

Confirmado pelo governo, o futuro presidente-executivo da estatal, Pedro Parente, prometeu na quinta-feira fazer uma gestão “estritamente profissional” na estatal, sem indicações políticas. Em sua primeira entrevista como indicado para o posto, o ex-ministro da Casa Civil e do Planejamento do governo Fernando Henrique Cardoso disse que a empresa tem grandes desafios pela frente, mas que o processo de recuperação já foi iniciado pela atual diretoria.

“Não haverá indicações políticas na Petrobras, o que vai facilitar muito a vida do Conselho de Administração e a minha própria. Isso foi uma indicação clara que o presidente (interino Michel) Temer me passou e sem dúvida nenhuma foi um dos pontos que me ajudaram a decidir por essa opção de assumir essa posição”, disse Parente, que atualmente preside o Conselho de Administração da BM&FBovespa. Parente ressaltou, contudo, que a atual diretoria, comandada por Aldemir Bendine, e o Conselho já deram início ao processo de recuperação da empresa, mas reconheceu que o desafio ainda é muito grande e que poderá indicar novos diretores.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Em relatório, o Bank of America Merrill Lynch destacou que Parente é bem qualificado para o cargo, com larga experiência nos setores públicos e privado. E os desafios permanecem significativos, com a questão mais importante sendo a necessidade de reduzir a pesada carga de endividamento. Além disso, a companhia precisa mostrar avanços na conclusão de suas vendas de ativos para manter liquidez e fazer frente a dificuldades associadas às investigações (Lava Jato, SEC e Departamento de Justiça dos EUA) e com ações judiciais, entre outras. O mercado deve monitorar de perto se a mudança na gestão implicará maior independência, o que pode incluir mais liberdade para fixar preços de diesel/gasolina e na gestão do portfólio dos ativos

A confiança dos investidores na independência da estatal deve seguir limitada, afirma o banco. O BofA ressalta que, normalmente, outros postos seniores mudam com o do presidente e a pergunta-chave é se haverá mudança do diretor-financeiro, “diante da nossa impressão de que há visão positiva entre investidores quanto a Ivan Monteiro, atual ocupante do posto”. Vale destacar que, segundo a Folha, Monteiro avisou que deixará a estatal.

Oi
O Conselho Diretor da Anatel aprovou hoje um programa de investimentos e correção de condutas proposto pela Oi (OIBR4) estimado em R$ 3,2 bilhões, disse agência em comunicado por e-mail. O objetivo é ampliar cobertura e qualidade dos serviços de telecomunicações, em especial da banda larga fixa e móvel. Os recursos deverão ser utilizados ao longo de 4 anos prioritariamente em localidades onde a infraestrutura de telecomunicações é deficiente ou mesmo inexistente, diz Anatel.

Continua depois da publicidade

Ainda sobre a companhia, destaque para a notícia da Bloomberg de que o fundo do Aurelius Capital Management está recorrendo de decisão judicial que permitiu à Oi emprestar recursos da unidade holandesa do grupo, segundo uma fonte ouvida pelo jornal.

A decisão judicial favorável à Oi, tomada no início deste mês, foi um golpe para o fundo Capricorn Capital, cujo processo em Amsterdã argumentava que a Oi não teria condições de pagar 2,8 bilhões de euros que emprestou da unidade Oi Brasil Holdings Cooperatief diante de sua agravada situação financeira. A Capricorn disse que os recursos emprestados à Oi em junho de 2015 vieram de outra subsidiária do grupo, a Portugal Telecom International Finance, PTIF. O fundo tem títulos de dívida da PTIF de mais de 100 milhões de euros de valor de face.

BR Malls
A BR Malls (BRML3) informou que o Canada Pension Plan passou a ter 5,09% do capital social.

CSN
A CSN (CSNA3) divulgou fato relevante ao mercado sobre subscrição de ações feita na última quinta-feira; a companhia pagou R$ 178,8 milhões por 35,7 milhões de ações ON da Usiminas. A companhia informou que, do total de ações adquiridas, 33,7 milhões foram subscritas diretamente pela CSN por R$ R$ 168,6 milhões. Outras 2,05 milhões de ações foram subscritas pelo VR1 Fundo de Investimento Multimercado. A subscrição faz parte do aumento de capital da Usiminas.

Além disso, destaque para a entrevista do diretor executivo da CSN Paulo Caffarelli para o Valor, destacando apostar que a partir de 2018 a maré ruim do mercado se reverta, e a companhia alcance a tranquilidade, voltando a ter uma forte geração de caixa. Atualmente, o resultado operacional anualizado é de pouco mais de R$ 3 bilhões, o suficiente para pagar os custos da dívida. 

EzTec
A EzTec (EZTC3) lançou empreendimento em São Paulo de VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 91,5 milhões. 

Fitch revisa ratings
Fitch Ratings revisou sua escala de ratings nacionais brasileira após os sucessivos rebaixamentos dos ratings soberanos do país nos últimos seis meses. A agência reduziu as notas em escala nacional da Petrobras e da Itaipu Binacional de ‘AAA(bra)’ para ‘AA+(bra)’; da CSN de ‘BBB-(bra)’ para ‘BB-(bra)’; e da Gafisa e da Construtora Tenda de ‘BBB(bra)’ para ‘BBB-(bra)’. Por outro lado, foram elevados os ratings em escala nacional da Gerdau, da Braskem e da Diagnósticos da América (Dasa) de ‘AA+(bra)’ para ‘AAA(bra)’; da Klabin de ‘AA(bra)’ para ‘AAA(bra)’; da BR Malls , da Cosan e da JBS de ‘AA(bra)’ para ‘AA+(bra)’; e da Magnesita, da Eletropaulo e da JSL de ‘A+(bra)’ para ‘AA-(bra)’.

Marfrig
A Marfrig (MRFG3) contratou os bancos BB Securities, Bradesco BBI, HSBC, Morgan Stanley e Santander, para road show com investidores, segundo disse fonte à Bloomberg. Os bancos foram contratados para agendar série de reuniões com investidores nos Estados Unidos e Londres. O road show da companhia com investidores deve ter início em 23 de maio.

“Em linha com nosso processo de liability management, estamos analisando as oportunidades de mercado”, disse a Marfrig em resposta por e-mail a perguntas da Bloomberg.

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.