Sete Brasil deve bilhões ao governo e a grandes bancos; Vale é elevada e mais 11 notícias

A ANP prorrogou, até 2052, do prazo de concessão do campo de Marlim, na Bacia de Campos; Eletrobras divulgará em maio o tamanho de perdas por corrupção e mais notícias no radar

Lara Rizério

Petróleo (Fonte: Bloomberg)

Publicidade

SÃO PAULO – A primeira semana de maio começa movimentada no noticiário corporativo, com os olhos se voltando para a recuperação judicial da Sete Brasil. Rumores sobre a permanência de Aldemir Bendine na Petrobras, Vale sendo elevada pela BB&T e mais notícias são destaque desta segunda-feira (2):

Sete Brasil
A Sete Brasil oficializou na sexta-feira (29) o pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro e o governo federal consta como o maior credor da empresa, dono de dois terços da dívida total. Criada para gerenciar a construção das sondas do pré-sal, a companhia listou dívidas de R$ 18 bilhões, considerando a cotação do dólar de ontem. Cerca de R$ 12 bilhões estão concentrados em bancos estatais e fundos governamentais.

Se aceita pela Justiça, a recuperação da Sete será a maior da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, ganhando de OAS e Schahin. Estará também no topo da lista das maiores do País, próxima à OGX, de Eike Batista. Mas diferentemente de suas “colegas”, que tinham as dívidas pulverizadas, na Sete Brasil, o passivo está superconcentrado em dois fundos governamentais e nos cinco maiores bancos do País. As instituições financeiras terão de reconhecer de uma vez só perdas bilionárias em seus balanços, caso não tenham feito preventivamente provisões em relação à Sete. O Banco do Brasil é o maior credor entre os bancos com um passivo de R$ 3,58 bilhões. É seguido pelo Itaú BBA, com R$ 1,93 bilhão. A Caixa vem na sequência com R$ 1,58 bilhão. O Bradesco tem R$ 1,42 bilhão e o Santander R$ 429 milhões. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Além dos dois bancos estatais, os dois fundos ligados ao governo que estão na relação de credores são: o FI-FGTS, que emprestou R$ 2,52 bilhões, e o FGCN (Fundo Garantidor da Construção Naval), que garantiu e pagou R$ 4,48 bilhões aos bancos. Na lista de credores, ainda consta um empréstimo intercompanhia de R$ 1,8 bilhão.

Mais Petrobras (PETR3;PETR4)
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) prorrogou, até 2052, do prazo de concessão do campo de Marlim, na Bacia de Campos, um dos maiores do país, informa a Folha de S. Paulo. O prazo de convessão venceria em 2025. A prorrogação foi concedida com o argumento de que ainda haverá petróleo a explorar após o fim do prazo original e inclui o campo vizinho de Voador; em troca, a Petrobras se comprometeu com investimentos para revitalizar o campo, cuja produção vem declinando nos últimos anos.

Destaque ainda para a notícia de que, segundo informações da Bloomberg, Aldemir Bendine continuará na presidência da Petrobras em eventual governo Michel Temer. Ele não indicará outro presidente para a Petrobras imediatamente se assumir o governo federal após eventual impeachment da Presidente Dilma Rousseff e terá muita cautela em fazer mudanças em uma empresa estratégica com ações na bolsa, segundo uma fonte informou à agência; Bendine pode ser trocado em outro momento.

Eletrobras (ELET6)
A Eletrobras divulgará em maio o tamanho de perdas por corrupção, afirmou fonte à Bloomberg. A estatal cumprirá o prazo da SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA, para apresentar seu balanço anual financeiro com a inclusão das perdas por corrupção.

Continua depois da publicidade

Os especialistas terminam primeira fase da investigação para estimar tamanho das perdas com propinas de empreiteiras em construção de Angra 3, segundo duas pessoas familiarizadas com assunto. O prazo estipulado pela Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA para empresa é dia 18 de maio. A Eletrobras já havia adiado divulgação três vezes desde abril de 2015. A empresa se viu envolvida no maior escândalo de corrupção no Brasil em julho de 2015, quando a PF prendeu antigo diretor de sua unidade nuclear – a Eletronuclear; ao longo das investigações internas, ao menos seis executivos já foram afastados da empresa.

Eletropaulo (ELPL4)
A distribuidora Eletropaulo informou que planeja investir R$ 3,56 bilhões no período entre 2016 e 2020, sendo R$ 3,17 bilhões com recursos próprios e R$ 390 milhões financiados pelo cliente.

A companhia acrescentou que considera estimativa de retração de cerca de 4% da demanda de energia pelo seu mercado consumidor em 2016 na comparação com 2015, segundo fato relevante divulgado na noite de sexta-feira.

Já a AES Tietê (TIET11) planeja investir R$ 402,5 milhões, principalmente em seus programas de modernização e manutenção de suas plantas hidrelétricas, disse a companhia também em comunicado. A AES Sul Distribuidora planeja investir R$ 1,65 bilhão entre 2016-2020.

TIM (TIMP3)
Telecom Italia, controladora da TIM Participações, está próxima de escolher presidente no Brasil, segundo disseram três fontes à Bloomberg. A companhia está perto de nomear um executivo veterano como CEO da unidade brasileira, um movimento destinado a aumentar a eficiência e obter maior controle direto da Itália em seu segundo maior mercado. 

Stefano De Angelis, 48, que atualmente dirige a unidade de negócios de consumo da Telecom Italia, é o principal candidato para substituir Rodrigo Abreu como presidente da TIM Participações, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. A Telecom Italia estaria ainda considerando nomear Abreu como presidente do conselho da TIM Brasil. As nomeações podem ser anunciadas nesta semana.

Segundo a agência, a decisão final ainda não foi tomada e outro nome pode ser escolhido. Um porta-voz da empresa não quis comentar.

Vale (VALE3;VALE5)
As ações da Vale foram elevadas de manutenção para compra pelo BB&T.

 CCX (CCXC3)
CCX Carvão Colômbia elegeu Fábio Gianni Malensek como presidente do Conselho de Administração da companhia. 

BTG Pactual (BBTG11)
Em Assembleia Geral Extraordinária, o BTG Pactual informou ter criado o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração. Persio Arida foi confirmado como presidente do banco. 

Gerdau (GGBR4)
A Gerdau anunciou nesta sexta-feira que concluiu a transferência de 30 milhões de suas ações preferenciais que estavam em tesouraria para a ArcelorMittal.

Segundo a Gerdau, a medida faz parte do processo de simplificação e unificação de participações em subsidiárias no Brasil, que incluiu a compra de participações minoritárias nas empresas Gerdau Aços Longos, Gerdau Açominas, Gerdau Aços Especiais e Gerdau América Latina Participações, anunciado no ano passado.

Renova Energia (RNEW11)
As chinesas State Grid e Three Gorges e a italiana Enel apresentaram propostas competindo por uma fatia de 16 por cento na Renova Energia, empresa de geração renovável controlada pela Cemig que tem buscado recursos para tocar investimentos após o fracasso de uma operação de parceria e venda de ativos com a norte-americana SunEdison.

As companhias orientais e a italiana estão entre um grupo de interessados no negócio, que envolveria a compra da parcela da Light na Renova, segundo três fontes com conhecimento direto do assunto que falaram sob a condição de anonimato à Reuters.

A Light passou a buscar compradores para sua fatia na companhia renovável após a SunEdison desistir da aquisição do ativo alegando condições desfavoráveis de mercado. O negócio com os norte-americanos envolveria 250 milhões de dólares.

As firmas de investimentos TPG Capital e Brookfield também estão entre os interessados que apresentaram propostas, disseram duas das fontes.

A fatia da Renova ofertada pela Light é um dos muitos ativos colocados à venda no setor elétrico do Brasil após uma elevação do endividamento das elétricas locais e uma recessão que reduziu a capacidade de investimento das empresas.

PetroRio (PRIO3)
A PetroRio aprovou o grupamento de ações na razão de 5 para 1. Além disso, a companhia aprovou a proposta de implementação de um programa de recompra de até 16.500.000 ações ordinárias no prazo de 18 meses, sem redução de capital social, para manutenção em tesouraria, cancelamento e/ou posterior alienação. 

BM&FBovespa (BVMF3)
A Standard & Poor’s rebaixou o rating da BM&FBovespa de “BB+” para “BB”, com perspectiva é negativa. A alteração segue a avaliação da agência sobre potencial resiliência da companhia em caso de hipotético default do Brasil. 

“Em nossa opinião, a BM&FBovespa não passa no novo teste de estresse acima do rating soberano, o qual mede a resiliência a um cenário hipotético de default em moeda local e estrangeira do governo soberano. Além disso, como parte da combinação de negócios planejada com a CETIP S.A.- Mercados Organizados (não avaliada), a BM&FBovespa vendeu seus investimentos denominados em dólares no CME Group Inc. (AA-/Estável/A-1+), que representavam um importante ativo em moeda estrangeira anticíclico contra os desdobramentos do Brasil”, destaca a S&P.

Cremer (CREM3)
A Cremer anunciou que Gustavo Wigman é o novo presidente do Conselho de Administração da companhia. 

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

Especiais InfoMoney:

Carteira InfoMoney rende 17% no 1º trimestre; CLIQUE AQUI e baixe!

Trader que perdeu R$ 285.000 com Telebras conta como deu a volta por cima

André Moraes diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.