Ibovespa Futuro sobe seguindo exterior e expectativas sobre eventuais medidas de Temer

Mercado reflete bom humor internacional e notícias do lado político em começo de semana agitada por indicadores e grandes eventos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta segunda-feira (2), acompanhando o desempenho das bolsas internacionais. Também faz preço o noticiário doméstico, com o vice-presidente, Michel Temer, dizendo que Henrique Meirelles, seu possível ministro da Fazenda, será âncora da economia. As informações recentes são de que Temer, em uma eventual Presidência, privilegiará as medidas de corte de juros. Ainda no ambiente político, a percepção de alguns analistas é de que a ausência do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, nos atos de 1º de maio, mostra fragilidade do governo. 

Às 9h24 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para junho subia 0,69%, a 54.930 pontos. O dólar futuro para o mesmo mês tem alta de 0,63% a R$ 3,490. Sobre o câmbio vale lembrar que o Banco Central anunciou que ofertará 40.000 swaps reversos a partir das 9h30. Volume é maior do que tudo o que foi anunciado na sexta, quando o dólar caiu apesar do BC voltar a vender os swaps. 

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 recua 2 pontos-base a 13,60%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 opera estável a 12,38%. 

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Pacote Temer
Um eventual governo de Michel Temer vai concentrar esforços em um conjunto pequeno de iniciativas na área econômica que busca rever a estrutura dos gastos e, no médio prazo, conter e até reverter o aumento da dívida, recuperando a confiança dos investidores na capacidade de o País pagar as suas contas. A mudança de percepção, acredita-se, ainda pode abrir espaço, no curto prazo, para uma queda mais rápida da taxa de juros que a esperada pelo mercado.

Logo de saída, a prioridade é aprovar duas medidas no Congresso: a fixação de um teto para as despesas e a desvinculação de gastos sociais, em particular a de benefícios ao salário mínimo. Mais à frente, podem sugerir reformas na Previdência.

Neste contexto, a queda dos juros entraria como fator de equilíbrio fiscal, com gastos menores para o pagamento do serviço da dívida, já que a arrecadação não deve melhorar até uma reação do quadro recessivo da economia. 

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Relatório Focus
Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2016 caiu de 3,88% para 3,89% de retração este ano, mas foi elevada para 2017 de um avanço de 0,30% para 0,40%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções são de que haja um avanço de 6,94% este ano, contra 6,98% projetados anteriormente.

Cenário externo
Na Europa, o FTSE está fechado por conta de feriado em Londres, enquanto o DAX, o CAC 40 registram altas respectivas de 1,03% e 0,63%. Vale destacar que, às 11h (horário de Brasília), o presidente do BCE (Banco Central Europeu) Mario Draghi fala em Frankfurt.

Já as bolsas asiáticas recuaram nesta segunda-feira, pressionadas pelo tombo do índice Nikkei do Japão após o dólar atingir uma nova mínima de 18 meses frente o iene. 

Somando-se à confiança fraca, uma pesquisa divulgada no domingo mostrou que a atividade do setor industrial da China expandiu pelo segundo mês seguido em abril, mas apenas marginalmente, levantando dúvidas sobre a sustentabilidade da recente melhora da economia. Os mercados de Hong Kong, China, Taiwan, Malásia e Cingapura permaneceram fechados nesta segunda-feira. O índice Nikkei recuou 3,1%, com a reação dos investidores aos ganhos do iene.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

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