CPI do BNDES ‘pegará pesado’ com JBS e Petrobras prepara demissão voluntária; veja mais

Confira os principais destaque do noticiário corporativo desta terça-feira

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Após um começo de semana de natal bastante agitado no mercado, esta terça-feira (22) pode ser mais tranquila para os investidores, principalmente por conta do recesso parlamentar que tem início hoje. Apesar disso, declarações de políticos podem trazer impactos na Bolsa. Entre os destaques, atenção especial para a JBS (JBSS3), que segundo matéria da coluna Painel da Folha de S. Paulo pode ser bastante prejudicada na CPI do BNDES.

De acordo com a publicação, o relatório final da CPI do BNDES, em especial a parte que tratará da área de “contratos internos” do banco de fomento, pegará pesado com o frigorífico. A matéria destaca ainda que o sub-relator do parecer, o deputado tucano Alexandre Baldy (GO), afirmou que “tinha um diretor da empresa que vivia fazendo lobby no Congresso e, após o início da comissão, simplesmente desapareceu”.

Petrobras (PETR3; PETR4)
Segundo matéria do jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras prepara um novo plano de demissão voluntária para 2016, desta vez focado nos empregados concursados e não nos terceirizados, que foram desligados em massa ao longo deste ano. A empresa abriu mais uma oportunidade para 610 funcionários que chegaram a se inscrever no Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) lançado há dois anos, porém, desistiram.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Esse grupo de empregados desistentes é o atual foco da companhia. Para eles, foi lançada uma segunda fase do PIDV de 2014, aberta até ontem. Apenas quem já havia se inscrito podia se candidatar. Os demais vão ter que esperar pelo lançamento do segundo plano de desligamento. Segundo a Petrobrás, 7.634 empregados aderiram ao programa, dos quais 5.674 já deixaram a empresa e 1.350 vão sair até junho de 2017.

Oficialmente, a Petrobrás nega que esteja previsto um segundo PIDV para o ano que vem. Mas, segundo uma fonte do jornal, como não há como reduzir mais o quadro de terceirizados, no ano que vem, a direção da empresa vai trabalhar para diminuir o número de concursados.

Cemig (CMIG4)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli concedeu ontem liminar que autoriza a mineira Cemig a continuar operando a hidrelétrica de Jaguara, cuja concessão está vencida, segundo nota publicada no site da corte. A União pretende retomar a concessão da usina, seguindo entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a Cemig alega que teria direito por contrato a uma renovação da concessão por um período extra de 20 anos.

Continua depois da publicidade

A decisão de Toffoli baseou-se na existência de tratativas de conciliação em andamento, que poderiam ser impedidas por eventual cumprimento de decisão do STJ, datada de junho. “Essa composição… seria, dada a magnitude da causa, o meio ideal de resolução do conflito”, disse Toffoli, segundo nota do STF.

Em audiência em 15 de dezembro, havia ficado acertada a realização de nova reunião para tentativa de conciliação em 16 de fevereiro. O Ministério de Minas e Energia, no entanto, disse à Reuters que, ao ser questionado sobre o assunto pela Advocacia-Geral da União, posicionou-se favorável ao cumprimento da sentença dada pelo STJ, segundo a qual a Cemig não teria direito a prorrogar a concessão.

O governo federal ofereceu à Cemig no final de 2012 a possibilidade de renovar antecipadamente o contrato da usina, sob a condição de ter uma remuneração menor, no âmbito de um programa para reduzir as contas de luz, mas a companhia negou a oferta e foi à Justiça. A hidrelétrica Jaguara, com 424 megawatts em capacidade instalada, é uma das maiores da Cemig.

Embraer (EMBR3)
A fabricante de aeronaves comerciais entregou primeiro Legacy 450 na LMG Show Technology de Orlando, além de entregar o primeiro lote de dois jatos E195 para a China Tianjin Airlines como parte de um acordo de venda assinado em 2014.

O acordo envolveu o fornecimento de 20 jatos E195 e E190 20-E2. Atualmente, a Tianjin Airlines é a maior operadora da frota Embraer E190 na China, com 45 aeronaves. Eles pretendem ampliar sua frota de E-Jets incentivados pela economia operacionais superiores deste último.

Eletrobras (ELET3; ELET6)
A unidade da Eletrobras de Furnas foi autorizada a obter uma indenização de R$ 9 bilhões por renovação de contratos de transmissão de energia, de acordo com a Aneel. Além disso, a companhia disse que garantirá a renovação por mais 30 anos das concessões de suas distribuidoras de energia que atendem Piauí e Amazonas após obter autorização para parcelar dívidas.

As concessões das duas empresas estão vencidas desde julho deste ano. O Ministério de Minas e Energia havia dito repetidas vezes que não prorrogaria os contratos de empresas inadimplentes.

Itaú Unibanco (ITUB4)
O Itaú BBA International, braço com sede em Londres do banco de atacado do Itaú Unibanco, nomeou Renato Lulia nesta segunda-feira como novo presidente-executivo.

Lulia substitui Charles Stewart, que se juntou ao Itaú BBA International em março de 2013, oriundo do Morgan Stanley.

Lulia disse à Reuters que a turbulência política e econômica no Brasil está criando oportunidades de entrada no país para investidores na Europa e na Ásia, diante de preços atrativos de ativos, quer nos mercados de capitais ou através de fusões e aquisições.

Natura (NATU3)
A companhia de cosméticos Natura informou que terá como nova vice-presidente de marketing Andrea Figueiredo Teixeira Álvares, a partir de 11 de janeiro de 2016, de acordo com comunicado divulgado na noite de segunda-feira.

A executiva liderava anteriormente uma divisão da PepsiCo na América Latina, empresa na qual trabalhou por quinze anos e atuou também por sete anos na Procter&Gamble.

QGEP (QGEP3)
A petroleira brasileira Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) informou nesta segunda-feira a devolução do bloco BM-J-2, na Bacia de Jequitinhonha, no Estado da Bahia, detido 100 por cento pela companhia, à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“A decisão da devolução do Bloco foi tomada com base nos resultados das análises técnica e econômica, que indicaram baixa qualidade dos reservatórios e volumes antieconômicos, além dos desafios ambientais para as operações na área”, informou.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.