Bank of America vê Ibovespa subindo 17% até o fim de 2016 em cenário base

Incertezas políticas persistentes com poucos sinais de melhora, na visão da equipe do BofA, indicam que não há gatilho para uma recuperação dos níveis de confiança

Reuters

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SÃO PAULO – Estrategistas do Bank of America Merrill Lynch estimam o Ibovespa em 54 mil pontos no fim do próximo ano, de acordo com cenário base, em que veem a recessão se intensificando e se estendendo por mais tempo, sem sinais de retomada da atividade até o fim de 2016.

Incertezas políticas persistentes com poucos sinais de melhora, na visão da equipe do BofA ML, indicam que não há gatilho para uma recuperação dos níveis de confiança, que devem continuar afetando o consumo privado e investimento, mostrou relatório enviado a clientes nesta quarta-feira.

Para tal ambiente, eles selecionaram os papéis de companhias sem endividamento elevado, com exposição ao dólar e/ou com preços atrativos, como BR Malls, Embraer, Itaú Unibanco, São Martinho, Suzano Papel e Celulose e WEG.

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O cenário mais pessimista, em que o BofA ML vislumbra o índice de referência do mercado acionário brasileiro em 43 mil pontos no fim de 2016, contempla nova deterioração da cena política, impedindo a aprovação de medidas fiscais adicionais e piorando as perspectivas fiscais, com consumo e investimento mais fracos. Os estrategistas avaliam que políticas heterodoxas poderiam levar à deterioração da dinâmica da dívida pública e a uma inflação mais alta, com o PIB podendo recuar 4,4 por cento.

Nesse contexto, teriam desempenho acima da média ações de exportadoras e setores defensivos a preços razoáveis, como BB Seguridade, CPFL Energia, Energias do Brasil, Hypermarcas, Lojas Renner, Suzano Papel e Celulose, Tractebel e WEG.

No prognóstico mais otimista, com melhora no cenário político que facilitaria a aprovação de medidas fiscais, o Ibovespa subiria até o fim do ano a 63 mil, uma alta de quase 40 por cento ante os níveis atuais, segundo a avaliação do BofA ML. Neste panorama, os estrategistas selecionaram os papéis do Banco do Brasil, BM&FBovespa, BR Malls, Bradesco, Grupo Pão de Açúcar, CCR, Cyrela, Itaú Unibanco, Smiles e Cteep.

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(Por Paula Arend Laier)