“Dança das cadeiras” em 2 empresas; Petrobras e mais 10 destaques no radar

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário segue movimentado nesta terça-feira (17), apesar do refresco com o fim da temporada de balanços corporativos no Brasil. Nos destaques, o fim da pior greve dos funcionários da Petrobras (PETR3;PETR4) em 20 anos, com expressivos impactos na produção, está encontrando resistência de diversos sindicatos, inclusive do responsável pela Bacia de Campos, apesar do indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) pela interrupção da paralisação.

Sindipetro Norte Fluminense (Sindipetro NF), que representa funcionários da Bacia de Campos, afirmou nesta segunda-feira que permanece em greve para garantir o pagamento dos salários dos funcionários referente aos dias de paralisação e contra o plano de venda de ativos da petroleira. Campos é responsável atualmente pela produção de mais de 60% da produção brasileira de petróleo.

Os 12 sindicatos filiados à FUP entraram em greve em 1º de novembro, em um esforço para reverter os planos da Petrobras de cortar investimentos e vender mais de 15 bilhões de ativos até o fim de 2016. A Petrobras chegou a admitir perdas diárias com redução da produção de até 13% em relação aos níveis pré-greve, tornando o movimento o pior desde 1995.

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Além disso, a Petrobras disse que buscará compensações por Pasadena e que está solicitando mais informações à Polícia Federal para que possa continuar colaborando com as autoridades, em comunicado por e-mail sobre a nova fase da Operação Lava Jato. Ontem, o Ministério Público Federal disse encontraram indícios de recebimento de propina por parte de ex-funcionários da Petrobras em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que poderia resultar no cancelamento do negócio. 

Magazine Luiza
O Conselho de Administração da varejista Magazine Luiza (MGLU3) aprovou submeter a assembleia geral da companhia proposta de alteração de cargos para que Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, atual vice-presidente do Conselho, passe a ocupar a presidência do mesmo.  

O Conselho também aprovou submeter a assembleia a proposta de que Marcelo José Ferreira e Silva, atual diretor Superintendente (presidente-executivo), passe a vice-presidente do Conselho, segundo fato relevante divulgado na noite de segunda-feira.

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Frederico Trajano Inácio Rodrigues, atualmente diretor executivo de operações, deve ocupar o cargo de presidente-executivo da empresa a partir de 1o de janeiro de 2016.

Segundo o BTG Pactual, a notícia já era esperada e não muda a visão mais cautelosa sobre o case. 

Usiminas
O empresário Lírio Parisotto pediu licença do conselho de administração da Usiminas (USIM5), companhia da qual é acionista desde 1997 por meio do fundo L. Par, segundo consta na ata do conselho de administração, realizada no dia 5 de novembro. O fundo de Parisotto tem cerca de 1% das ações ordinárias e 5% das preferenciais da Usiminas.

Segundo a ata, o pedido foi feito por e-mail em 28 de outubro. Com a licença de Parisotto, assume seu lugar Mauro Cunha, presidente da Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais). Em março, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que Mauro Cunha era um nome forte para ocupar a cadeira que cabia ao L. Par no conselho, mas ele acabou eleito como suplente de Parisotto. 

A licença de Parisotto é mais um capítulo nos problemas que envolvem os acionistas da Usiminas. À época da eleição do novo conselho, em abril, um dos acionistas do grupo controlador, o grupo ítalo-argentino Ternium/Techint, entrou com uma ação na Justiça contra o resultado, que também elegeu Marcelo Gasparino para a presidência do conselho. 

O fundo L. Par, que é gerido pela Geração Futuro, foi o responsável em agrupar minoritários que correspondem a 5% do capital social da siderúrgica mineira para fazer o pleito para a chamada da assembleia geral extraordinária (AGE) em abril, com o intuito de tentar recompor o conselho da companhia, que tinha um assento vago desde outubro de 2014. Depois do desfecho da AGE, a Usiminas voltou a ter em seu quadro dez conselheiros.

Eletrobras
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou a Eletrobras (ELET3; ELET6) a captar R$ 1,25 bilhão para as distribuidoras de energia controladas pela estatal e com atuação nos Estados do Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Alagoas e Piauí. A maior parte dos recursos, no total de R$ 1 bilhão, será proveniente de um FIDC. Outros R$ 250 milhões também serão captados a partir do fundo, mas via emissão de debêntures. A garantia da operação virá de recebíveis das distribuidoras. 

Eike Batista
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito)) que investiga supostas irregularidades na gestão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) realiza audiência pública para ouvir o empresário Eike Batista, fundador do Grupo EBX, nesta terça-feira (17), às 9h30 (horário de Brasília).  

A reunião será realizada a pedido dos deputados Miguel Haddad (PSDB –SP); Carlos Melles (DEM-MG) ; Sérgio Vidigal (PDT-ES) e Arnaldo Jordy (PPS-PA) que querem informações sobre os investimentos feitos pelo BNDES nas empresas de Eike Batista, que enfrentam uma crise financeira. 

Banco do Brasil
O conselho de administração do Banco do Brasil (BBAS3) elegeu Júlio Cezar de Oliveira como vice-presidente de governo. 

Embraer
A fabricante de aviões Embraer (EMBR3) estimou na segunda-feira uma demanda global por 9.100 novas aeronaves executivas nos próximos 10 anos, com potencial de negócios de US$ 259 bilhões. A companhia afirmou que a previsão reflete uma “alta potencial de demanda nos Estados Unidos e uma redução da atividade em países emergentes”. 

Segundo a Embraer, a projeção de demanda implica em uma taxa composta de crescimento anual de 3% nos próximos 10 anos.

Profarma
A distribuidora de produtos farmacêuticos Profarma (PFRM3) anunciou na segunda-feira a aquisição da parcela remanescente de 50% da rede Drogarias Tamoio por R$ 130 milhões.

A Profarma disse em comunicado que a aquisição da totalidade da rede Tamoio consolida sua posição como a segunda maior rede do varejo farmacêutico no Estado do Rio de Janeiro. A empresa, que controla as redes Drogasmil e Farmalife, passará a ter 129 farmácias no Estado. 

A Profarma havia adquirido 50% do capital total da Drogarias Tamoio no início de 2013, e era detentora de uma opção de compra da totalidade das ações remanescentes ao preço de 7,5 vezes do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) acumulado dos últimos doze meses da Drogarias Tamoio. O pagamento será feito em quatro vezes, acrescidas de CDI, sendo que até 75% do saldo das duas últimas parcelas poderão ser entregues em ações ordinárias.

Sanepar
A Sanepar (SAPR4) será julgada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por uso de informação privilegiada. A sessão de julgamento de processo administrativo sancionador é marcada para em 18 de dezembro, segundo publicação no Diário Oficial. O processo apura uso de informação relevante ainda não divulgada “com a finalidade de auferir vantagem”, segundo a CVM. 

B2W
A B2W (BTOW3) concluiu a venda da Ingresso.com para a Fandango Media por R$ 280 milhões. 

MRV Engenharia 
A Log Commercial Properties, da MRV Engenharia (MRVE3), aprovou a emissão de R$ 100 milhões em debêntures.  

Arteris
O BNP Paribas avaliou a ação da Arteris (ARTR3), em função da OPA (Oferta Pública de Aquisição) para fechamento de capital, entre R$ 8,31 e R$ 9,00, em novo laudo divulgado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na última segunda-feira. O valor anterior, divulgado em setembro, estipulava uma faixa entre R$ 8,74 e R$ 9,55. 

Triunfo
Dando fim oficial à temporada de balanços do 3° trimestre, a Triunfo (TPIS3) informou na noite de ontem prejuízo líquido de R$ 9,5 milhões no período, ante lucro de R$ 4,8 milhões no mesmo trimestre do ano passado. A receita líquida da companhia avançou 10% no trimestre, para R$ 556 milhões, frente os R$ 505 milhões do mesmo período do ano passado. 

(Com Reuters e Agência Estado)

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