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SÃO PAULO – Em relatório comentando o desempenho do fundo no mês de setembro, a Verde Asset mostrou uma preocupação com um “credit crunch”, ou crise de crédito no Brasil. “Nos preocupa sobremaneira um credit crunch que parece estar em curso no Brasil, e quais as consequências disso na atividade e emprego ao longo do próximo ano”, afirma a equipe da gestora de recursos, comandada por Luis Stuhlberger.
O Verde ressalta que, em setembro, teve perdas na estratégia de ações, especialmente na parcela global, e ganhos no livro de renda fixa, onde as posições em cupom cambial mais que compensaram as perdas com a exposição em juro real. No mês, o Verde teve um desempenho positivo de 1,38%, ante 1,11% do CDI. No acumulado do ano, o fundo bate o CDI por 22,32% a 9,55%.
A equipe da gestora destaca que o mês de setembro mostrou uma exacerbação das pressões nos ativos brasileiros. “Um círculo vicioso de risco Petrobras, risco soberano, moeda depreciada e taxas de juros em alta se estabeleceu e ganhou velocidade, fazendo com que um sentimento de pânico se espalhasse pelos mercados”, afirmou. Além disso, o noticiário de Brasília retroalimentava esse círculo vicioso, e não parecia haver nada que pudesse pará-lo.
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“A realidade é que se a Petrobras, que tem um endividamento bruto de R$ 550 bilhões em seu balanço, é precificada como se sua solvência estivesse em risco, todas as outras discussões sobre o fundamento de médio prazo do país deixam de fazer sentido”, afirmou a equipe da gestora.
A equipe ressalta que esta foi a força motriz no mês passado nos mercados brasileiros, e tal sentimento negativo o aparentemente chegou a um exagero em meados do mês. Ele foi revertido com uma pequena dose de medidas – intervenção do Banco Central no câmbio, alta dos combustíveis, revisão do plano de investimentos da Petrobras — mas ainda assim as incertezas permanecem e a melhora ainda parece frágil.
Essa foi a força motriz de setembro nos mercados brasileiros — chegando inclusive a contaminar o mercado global.
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Para a Verde Asset, tal sentimento negativo aparentemente chegou a um exagero em meados do mês, e reverteu com uma pequena dose de medidas. Entre elas, a intervenção do Banco Central no câmbio, alta dos combustíveis, revisão do plano de investimentos da Petrobras. Mas, ainda assim, as incertezas permanecem e a melhora ainda parece frágil.
“A reforma ministerial trouxe uma redução da volatilidade política, mas sem uma âncora fiscal consistente, essa redução pode não ser sustentável, nem resistir à renovada fraqueza econômica”, afirma a Verde. O portfólio da Verde continua comprado em juro real, com pequena alocação em dólar e em bolsa brasileira, e com posições relevantes nas bolsas dos países desenvolvidos.
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