De política a inflação: os 7 eventos que vão agitar a próxima semana na Bolsa

Será que o PMDB ficou contente com os cargos recebidos e votará a favor do ajuste fiscal? Essa e outras respostas são mais do que aguardadas na semana que vem

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Esta semana foi de forte recuperação no mercado, com o Ibovespa subindo 7% nos últimos quatro dias em meio ao anúncio da reforma política do governo, que traz as expectativas de que o ajuste fiscal fique mais fácil de aprovar no Congresso. Nos próximos dias, a toada é a mesma, já que teremos a votação dos vetos presidenciais a pautas bombas, nos quais poderemos ver se o PMDB realmente está “110% satisfeito” com a nova alocação de ministros, como disse a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. 

A votação ocorrerá na terça-feira (6) e, para Cláudio Gonçalves, economista da Trevisan e Planning Consulting, espera-se que o PMDB aceite os vetos já que houve muitas concessões. “Eu acredito que é um tema que já vinha sendo trabalhado e como o processo foi muito bem negociado para atender a todas as exigências do PMDB, o cenário de crise política será minimizado e Câmara e Senado devem passar a trabalhar com o governo pelo Brasil, para a não perda do grau de investimento”, explica Gonçalves.

Neste ponto do grau de investimento, inclusive, ele não acredita em uma surpresa negativa vinda da Fitch, agência de classificação de risco que há algumas semanas já põe o mercado em alerta para um rebaixamento do rating soberano do Brasil. “Eu acho que a Fitch vai esperar o resultado das votações dos vetos. Eles devem ser cautelosos e esperar o comportamento do PMDB depois da reforma”, afirma.

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Entre outas questões políticas, o mercado deve ficar ligado nos julgamentos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) das supostas irregularidades na campanha de Dilma Rousseff na terça (6) em 2014 e no TCU (Tribunal de Contas da União) das chamadas “pedaladas fiscais” na quarta (7). Com isso, ficarão até um pouco ofuscados os indicadores macroeconômicos que saem na semana, como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) na quarta às 9h (horário de Brasília) e a ata do Fomc (Federal Open Market Committee), que será divulgada às 15h na quinta (8). 

Confira os principais destaques da agenda da próxima semana:

IPCA
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresentará o IPCA na quarta-feira (7) às 9h. O índice que é o balizador oficial das metas de inflação do governo não deve ter tanto impacto no mercado para o economista. “O resultado da inflação se encaminhando para os dois dígitos já está precificado. O grande problema é realmente a questão política”, diz. A expectativa mediana do mercado é de 0,51% de avanço da inflação em setembro, ante 0,22% registrados em agosto. 

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Ata do Fomc
Gonçalves acredita que o Federal Reserve deva continuar em cima do muro e enviar sinais dúbios ao mercado, já que os dados fracos no último relatório de emprego nos EUA deixaram a data do aumento de juros no país ainda mais incerto. Nesta sexta, o Departamento de Trabalho da maior economia do mundo mostrou que 142 mil vagas foram criadas nos EUA em setembro, ante 201 mil esperadas pela mediana dos economistas consultados pela pesquisa Bloomberg. 

Outros indicadores:

Discursos do Federal Reserve
Na terça-feira (6), e na quinta (8), o mercado será agitado pelas falas de diversos membros do Fed como John Williams, do Federal Reserve de São Francisco, James Bullard, do Fed de Saint Louis, Narayana Kocherlakota, do Fed de Minneapolis, além do discurso de Charles Evans, do Fed de Chicago. Os discursos devem dar indícios dos próximos passos do Fed com relação a juros. 

IC-Br
Na quarta-feira (7), às 12h30 (horário de Brasília) será divulgado o IC-Br (Índice de Commodities – Brasil) de setembro. Em agosto, o índice teve uma expansão de 4,43%. 

Para conferir todos os eventos da semana, veja a agenda InfoMoney clicando aqui.

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