Ibovespa sobe mais de 3% com disparada de 9% da Petrobras por exterior; dólar cai forte

No cenário ganham força rumores da volta da CPMF, ideia que agrada à presidente Dilma; commodities sobem

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa dispara nesta quinta-feira (27) puxado por ações de empresas ligadas a commodities como Petrobras, Vale e siderúrgicas. O índice que começou a sessão seguindo o alívio das bolsas mundiais depois dos dias de pânico desta semana motivados pelas desconfianças com a economia da China. Por aqui, o mercado aguarda pelo resultado primário do Governo Central e reflete as falas do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em entrevista à GloboNews, de que é importante “a ficha cair” para todo mundo que está envolvido na transformação da economia em relação a “revisitar os gastos”. Ganham força as notícias de volta da CPMF, ideia bem recebida pela presidente Dilma Rousseff (PT) para o ajuste fiscal. 

Às 12h05 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira subia 3,23%, a 47.527 pontos. Já o dólar comercial tem baixa de 1,36% a R$ 3,5525. Ao mesmo tempo, os índices norte-americanos Dow Jones e S&P 500 sobem 1,77% a 16.573 pontos e 1,88% a 1.978 pontos respectivamente antes da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos. 

Foi divulgado pela manhã o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos, que subiu 3,7%, contra estimativas de 3,2% pela pesquisa Bloomberg. Os EUA também são agitados pelo Simpósio Anual de Jackson Hole, no estado de Wyoming, principal evento de política econômica do país cujo tema é a inflação. O evento conta com a presença do presidente do Banco Central brasileiro, Alexandre Tombini. 

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Na China ficam no ar rumores de que o Governo planja estabilizar o mercado de ações até quinta da próxima semana. O que o mercado esta comentando é que o Governo Chinês esta reduzindo sua posição em títulos do Governo Americano para financiar os programas de intervenção tanto na moeda quanto na Bolsa.

Destaques de ações
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 9,92, +8,65%; PETR4, R$ 8,65, +6,66%) operam em alta em meio à disparada do petróleo. O preço do barril de petróleo brent registra alta superior a 5,98%, a US$ 45,98 o barril. Segundo informação da coluna radar da revista Veja, a companhia quer adiar o IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) da BR Distribuidora. 

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

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Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 GOAU4 GERDAU MET PN ED 2,92 +9,77
 GGBR4 GERDAU PN EJ 5,32 +9,24
 PETR3 PETROBRAS ON 9,92 +8,65
 CSNA3 SID NACIONAL ON 3,38 +7,64
 PETR4 PETROBRAS PN 8,65 +6,66

Assim como a petroleira, a Vale (VALE3, R$ 16,93, +6,48%; VALE5, R$ 13,30, +5,30%) também registram ganhos. O minério de ferro spot no porto de Qingdao teve alta de 0,41% a US$ 53,67 a tonelada. Assim como ela, também subiam as ações de siderúrgicas CSN (CSNA3, R$ 3,38, +7,64%), Gerdau (GGBR4, R$ 5,32, +9,24%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,92, +9,77%) e Usiminas (USIM5, R$ 3,07, +6,23%)

As instituições financeiras registram ganhos  mantém o movimento de ontem, subindo depois da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) aceitar colocar o prazo de 1º de janeiro de 2019 para a vigência da nova alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) pela MP 675, que será de 20% sobre o lucro. Sobem Bradesco (BBDC3, R$ 27,02 +3,92%; BBDC4, R$ 24,87, +3,28%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 28,45, +3,95%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 19,32, +4,04%). 

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 EMBR3 EMBRAER ON EJ 22,81 -1,13
 SUZB5 SUZANO PAPEL PNA 16,63 -0,89

Na ponta negativa, as ações da Suzano (SUZB5, R$ 16,63, -0,89%) caem em meio à baixa do dólar ofuscando o anúncio de reajuste nos preços de celulose. Ontem, a companhia informou que vai aumentar em US$ 20,00 os preços da celulose de fibra curta para todos os mercados a partir de 1º de setembro, no terceiro aumento do ano. O preço da tonelada do insumo para a América do Norte passa a US$ 920, para Europa sobe a US$ 830 e para a Ásia vai a US$ 720, informou a companhia. O aumento foi anunciado na sequência do reajuste da Fibria (FIBR3, R$ 48,03, +1,07%), também de US$ 20 por tonelada de celulose de eucalipto.

Além disso, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou na quarta-feira a nota de crédito corporativa em escala global da Suzano de “BB” para “BB+”, com perspectiva estável. Com a alta, a fabricante de papel e celulose está agora apenas um degrau abaixo de obter o chamado grau de investimento, que permite à companhia captar recursos no mercado internacional sob condições mais favoráveis. 

Dia de rali no mercado externo
Os turbulentos mercados acionários da China fecharam com forte alta nesta quinta-feira, auxiliados pela forte recuperação em Wall Street diante de expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, adie o aumento dos juros em reação à volatilidade provocada por preocupações com a segunda maior economia do mundo. O índice de Xangai avançou 5,4%, a 3.085 pontos.

As ações chinesas haviam recuado na quarta-feira, acumulando perdas de mais de 20% em apenas cinco dias, ressaltando a fragilidade da confiança de investidores e as sérias dúvidas sobre se o afrouxamento monetário conduzido no dia anterior pelo Banco do Povo da China seria capaz de estabilizar a economia.

As preocupações sobre a desaceleração do crescimento chinês vêm aumentando durante todo o ano, com um fluxo constante de dados econômicos cada vez mais fracos. Na semana passada, pesquisa oficial do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) apontou que a atividade industrial encolheu neste mês no ritmo mais rápido em quase 6 anos e meio.

A inesperada desvalorização do yuan há duas semanas deu força às suspeitas de que Pequim está preocupada com os exportadores do país, que há décadas vêm encabeçando o crescimento econômico do país.

Destaque ainda para as commodities: o preço do barril de petróleo brent registra alta superior a 3,5%, a US$ 44,69 o barril. Já o minério de ferro spot no porto de Qingdao teve alta de 0,41% a US$ 53,67 a tonelada.