Petrobras diz que não há decisão sobre BR Distribuidora; veja mais 10 notícias no radar

Confira aqui os principais destaques corporativos após o fechamento do pregão desta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário foi bastante movimento na noite desta quinta-feira (28). Nos destaques aparece a Petrobras dizendo que não há qualquer decisão sobre desinvestimento envolvendo sua subsidiária BR Distribuidora, possível novidade amanhã sobre a renovação de contratos das distribuidoras, esclarecimento da Prumo após disparada de 18% das ações neste pregão, notícias sobre o setor de construção civil, além do grupamento das ações da Rumo. Confira abaixo as notícias que movimentaram o pós-fechamento da Bovespa:  

Petrobras 
Respondendo ao pedido de esclarecimento da BM&FBovespa, a Petrobras (PETR3, PETR4) afirmou que não há qualquer decisão de desinvestimento envolvendo a BR Distribuidora. “”Fatos julgados relevantes sobre este tema serão tempestivamente comunicados ao mercado””, disse a estatal em comunicado enviado à imprensa. A consulta da Bovespa vem logo após as notícias indicarem a possibilidade da Petrobras realizar a abertura de capital da da BR Distribuidora no 2º semestre deste ano, como forma de captar recursos para equilibrar seu preocupante endividamento.

Em outro comunicado, a companhia disse, também nesta noite, que usará os R$ 4 bilhões que serão captados com a emissão de debêntures para bancar o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), uma das principais obras investigadas pela Operação Lava Jato. Orçado em US$ 13,5 bilhões, o projeto foi suspenso sem a conclusão da primeira fase, em janeiro, diante da escassez de recursos da companhia. Agora, a estatal quer levantar mais recursos, com rentabilidade “incentivada”, para cobrir custos já executados e outros investimentos estratégicos.

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Além disso, foi informado nesta noite que o Grupo Schahin, uma das companhias investigadas pela Operação Lava Jato, que está em recuperação judicial, irá ingressar imediatamente com ações nos tribunais brasileiros contra decisão da Petrobras de encerrar contratos de afretamento e serviços de cinco navios/plataformas.

A companhia comunicou também, em carta aos distribuidores de gás natural, que irá encerrar, até o fim deste ano, uma política de descontos vigente desde 2011, disse à Reuters nesta quinta-feira a Associação das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). A política de incentivo ao consumo do gás produzido no país evita a escalada de preços do combustível ao dar descontos nos contratos de venda às distribuidoras. Os reajustes, de acordo com a assessoria de imprensa da Abegás, em tese permanecerão trimestrais e os descontos serão zerados até dezembro.

Elétricas
Distribuidores de energia aguardam para sexta-feira a publicação de decreto do governo federal que trata da renovação de concessões do setor, para que o texto possa ser debatido antes do fim da concessão de algumas empresas, afirmou nesta sexta-feira o presidente da entidade que representa o segmento, Abradee, Nelson Leite. A partir de julho começam a vencer as concessões de distribuidoras dos grupos Eletrobras (ELET3; ELET6), Energisa (ENGI3; ENGI4), CPFL Energia (CPFE3) e de empresas estaduais como CEB, Celesc (CLSC4), Copel (CPEL6) e outras.

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A renovação das concessões é um debate que vem sendo travado pelo governo federal e setor há alguns anos. Na quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o decreto sairia nos próximos dias.

Eletrobras – parte 2
Além disso, entra no radar da Eletrobras a notícia de que o governo pretende se desfazer de participações da empresa em Sociedades de Propósito Específico (SPE), que, embora tenham a estatal como sócia, funcionam como empresas privadas. Por serem independentes, são menos sujeitas ao controle financeiro, mas, ainda assim, estão no foco do Tribunal de Contas da União (TCU), que, em acórdão, destacou “a má gestão dos recursos públicos aplicados por meio das SPEs”, conforme publicou o jornal O Estado de S. Paulo, em dezembro. 

secretário de Planejamento e Desenvolvimento do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, disse que a venda dos ativos está sendo tratada pelo ministro Eduardo Braga e deve ser acompanhada de perto pela presidente da República, Dilma Rousseff. Braga já havia anunciado, na quarta-feira, 27, a intenção de promover um plano de venda de ativos na Eletrobras, para melhorar as condições financeiras da empresa, principalmente depois da redução da tarifa de energia, em 2012, como efeito da Medida Provisória 579.

Educação
Segundo a coluna Radar, da Veja, o Ministério da Educação vai liberar R$ 1,1 bilhão para quitar débitos do Fies. 

Prumo
Após disparar 18% “misteriosamente” no pregão desta quinta-feira, a Prumo Logística (PRML3) revelou que está em negociações avançadas com potenciais parceiros societários e comerciais, envolvendo o seu terminal de movimentação de petróleo e multiuso. Com a alta, os papéis da companhia bateram hoje o maior patamar de fechamento desde dezembro de 2014, a R$ 0,51. 
No comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a companhia esclarece, no entanto, que não tem conhecimento de ato ou fato relevante que possa justificar essa disparada dos papéis neste pregão.  

A companhia disse que ainda que, conforme informado em 10 de abril, continua em negociações avançadas com os bancos credores para alongar o perfil da dívida da companhia. Além disso, ela comunicou que estuda outras formas de obtenção de recursos para implementação do seu plano de negócios.

Usiminas
A Usiminas (USIM5) vai iniciar negociação com sindicatos para reduzir a jornada de trabalho de funcionários administrativos do grupo siderúrgico em um dia por semana, em uma medida inédita na história da empresa tomada para preservação de postos de trabalho e após decisão de desligamento de dois altos-fornos a partir do final deste mês. A proposta envolve 3.000 funcionários administrativos na Usiminas, Usiminas Mecânica, Soluções Usiminas e Mineração Usiminas. A empresa emprega no total 20 mil trabalhadores. A empresa não soube informar por quanto tempo a medida será necessária.

Construção civil
A indústria da construção civil vê a terceira fase do Minha Casa Minha Vida como capaz de trazer algum alívio para as empresas do setor que passa por milhares de demissões e queda de vendas e lançamentos, mas quase um ano depois do anúncio da nova edição, os detalhes do programa habitacional federal ainda não foram definidos. 

Entre as construtoras e incorporadoras, os lançamentos do primeiro trimestre dentro do Minha Casa Minha Vida foi o “menor de todos os tempos”, segundo o presidente do Conselho de Administração da MRV Engenharia (MRVE3) e presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Rubens Menin. Na MRV, cuja maioria dos empreendimentos se aplica ao programa, os lançamentos caíram 19 por cento na comparação anual, a 937 milhões de reais. Entre janeiro e março, a Cyrela (CYRE3) não assinou nenhum contrato de MCMV Faixa 1, assim como no ano passado. Já na Direcional Engenharia (DIRR3), o volume lançado na Faixa 1 caiu 96,4 por cento no período.

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Rumo Logística
A Rumo Logística (RUMO3) aprovou hoje o grupamento de suas ações na proporção de 10 para uma, com o objetivo de adequar a faixa de preços das ações da companhia, em alinhamento com as recomendações da Bovespa. A medida visa reduzir a volatilidade das ações da companhia dado o baixo preço dos papéis. A proposta da administração será apresentada em assembleia geral extraordinária da companhia a ser realizada no dia 12 de junho. 

Triunfo
A Triunfo (TPIS3) comunicou ao mercado que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, em sede de Agravo de Instrumento, conferiu efeito suspensivo ativo à decisão liminar proferida em Ação Civil Pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal, que determinava a redução da tarifa de pedágio de R$9,00 para R$8,00, em sua controlada Concer. Desta forma, a partir das 16h20 desta quinta, a tarifa de pedágio da Concer voltou para o seu valor legal de R$ 9,00. 
A Triunfo disse que manterá seus acionistas e o mercado informados sobre qualquer outro fato acerca do processo.

Paranapanema 
A Paranapanema (PMAM3) anunciou a contratação da Brasil Plural Corretora para exercer a função de formador de mercado de suas ações. O contrato terá duração de um ano, podendo ser prorrogado automaticamente por mais um ano caso não haja manifestação contrária de qualquer das partes, informa a a produtora de cobre refinado em fato relevante divulgado nesta quinta-feira (28).

Banpará
O Banpará (BPAR3) informou nesta noite que seu presidente do conselho de administração, José Barroso Tostes Neto, renunciou ao cargo.  

(Com Reuters)