Nikkei sobe 4,8%, no maior nível desde novembro de 2007, após surpresa do BC; Europa em alta

Banco central do Japão surpreendeu os mercados com novas medidas de afrouxamento que chamou de preventivas para estimular a inflação; Europa sobe com dados dos EUA

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O dia é de forte alta nas bolsas mundiais nesta sexta-feira (31). As ações europeias sobem forte com dados da economia norte-americana mais fortes do que o esperado, com o PIB do terceiro trimestre subindo 3,5% na taxa anual e batendo as expectativas.

Mas o grande destaque fica para as bolsas japonesas. O índice Nikkei fechou com alta de 4,8%, o maior nível desde novembro de 2007, e o iene caiu a mínimas em quase de sete anos ante o dólar nesta sexta-feira, depois que o banco central do Japão surpreendeu os mercados com novas medidas de afrouxamento que chamou de preventivas para estimular a inflação.

 

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O índice Nikkei marcou seu maior ganho em um dia desde junho de 2013 após o banco central japonês anunciar que irá comprar mais fundos de índices e fundos imobiliários, que ampliará a duração de seu portfólio de títulos do governo japonês, e que aumentará o ritmo no qual amplia a base monetária para “prevenir a manifestação” de riscos.

   

“Foi uma surpresa total que o banco central do Japão afrouxou mais (a política monetária) neste momento, dado que as autoridades do BC japonês não expressaram visões tão pessimistas recentemente. As medidas foram tomadas aparentemente em resposta às fraquezas fundamentais nos preços”, disse a economista-chefe do RBS Securities Japan, Junko Nishioka.

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“Acredito que a decisão será eficaz pois provocou uma forte queda no iene. Isso ajudará a impulsionar os preços de importação, que por sua vez ajudarão a trazer a inflação para perto da meta do banco central do Japão”, disse ela.

O banco central japonês cortou pela metade sua previsão econômica para o ano fiscal,  depois que a demanda enfraqueceu na esteira da elevação do imposto sobre vendas em abril.

   

(Com Reuters)

   

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.