“Carteira CBF” bate o Ibovespa em 2014, mas sofre na Copa; você seguiria este índice?

Ações de patrocinadoras da seleção estão tendo um bom desempenho no ano, mas movimento não está sendo positivo durante o evento; será que elas se recuperarão até a final?

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Ter um referencial no mercado de ações é fundamental para saber como está sendo o seu desempenho na Bolsa. No Brasil, o “benchmark” mais importante do mercado é o Ibovespa, que contempla atualmente 71 ações das empresas mais representativas do mercado brasileiro.

Aproveitando o clima de Copa do Mundo, o InfoMoney levantou a performance de um novo índice: a “Carteira CBF”. O Índice é formado por ações das empresas que patrocinam a seleção brasileira, sendo todas elas integrantes do famoso Ibovespa. O portfólio é composto por: Itaú Unibanco (ITUB4), Telefônica Brasil/Vivo (VIVT4), Ambev (ABEV3) – via Guaraná Antártica -, BRF (BRFS3) – via Sadia – , Pão de Açúcar (PCAR4) – via Extra -, JBS (JBSS3) – via Seara – e Gol (GOLL4). 

A nossa metodologia leva em conta participações iguais dos papéis na carteira, de cerca de 14,28% para cada ação. Porém, se até antes de começar a Copa do Mundo, o índice CBF estava registrando ganhos de 7,40%, enquanto o Ibovespa subia cerca de 7%, o desempenho piorou durante a primeira fase do evento. Enquanto o benchmark da bolsa brasileira passou para alta de apenas 3% no ano, o índice CBF acompanhou o movimento, passando para alta de apenas 3,2%, mas ainda batendo o Ibovespa. Desde o fechamento do último dia 11 até o fechamento da última quinta-feira, todas as ações do índice CBF registraram queda. 

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Contudo, ponderando a participação das ações pelo valor de mercado das companhias na Bovespa, a carteira CBF teria rendido 6,5% no ano até a data da Copa e não superaria o Ibovespa, isso porque as ações da Ambev e do Itaú corresponderiam por cerca de 75% da carteira. Apenas os papéis da Ambev, que estão no negativo no ano, responderiam por 46,7% do índice. E, contando somente a primeira fase do evento, o índice ponderado teria rendido 3,89% negativos, levando assim o desempenho anual a ficar positivo em 3,21%. Ou seja, as ações que compõe o ICBF não parecem ter repercutido bem o evento. 

Vale ressaltar que a performance do ICBF ainda reflete a alta dos papéis da Gol (+17,46%), Itaú Unibanco (+15,28%), Telefônica Brasil (+4,33%), BRF (+6,86%). Do lado negativo, JBS e Ambev acumulam perdas anuais de 13,62% e -6,67%, respectivamente, além do Pão de Açúcar (-1,19%), que virou para o negativo durante a Copa.

Assim, a Copa não parece estar sendo boa para as patrocinadoras da seleção, assim como para o Ibovespa como um todo. Será que esta tendência continuará até o final da Copa ou o índice terá a sua virada? Assim como com os jogos do Brasil, vale torcer e esperar para ver. 

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Confira a composição do ICBF, o índice de ações da CBF:

Empresas Ticker Desempenho
no ano até a Copa
Desempenho no ano até a 1ª fase
da Copa (encerrada dia 26) 

Desempenho durante a 1ª fase (dia 11 a dia 26)

Ambev ABEV3  – 2,80% -6,67% -2,48%
BRF  BRFS3  +7,86% +6,86%  -1,17%
Itaú Unibanco  ITUB4  +20,90% +15,28%  -6,58%
Gol  GOLL4  +23,66% +17,46%  -5,89%
JBS  JBSS3  -9,59% -13,62%  -4,7%
Pão de Açúcar  PCAR4  +4,70% -1,19%  -5,38%
Vivo  VIVT4  +7,08% +4,33%  -2,56%
Desempenho do ICBF +7,40% +3,21%  -4,11%

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.