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SÃO PAULO – Ter um referencial no mercado de ações é fundamental para saber como está sendo o seu desempenho na Bolsa. No Brasil, o “benchmark” mais importante do mercado é o Ibovespa, que contempla atualmente 71 ações das empresas mais representativas do mercado brasileiro.
Aproveitando o clima de Copa do Mundo, o InfoMoney levantou a performance de um novo índice: a “Carteira CBF”. O Índice é formado por ações das empresas que patrocinam a seleção brasileira, sendo todas elas integrantes do famoso Ibovespa. O portfólio é composto por: Itaú Unibanco (ITUB4), Telefônica Brasil/Vivo (VIVT4), Ambev (ABEV3) – via Guaraná Antártica -, BRF (BRFS3) – via Sadia – , Pão de Açúcar (PCAR4) – via Extra -, JBS (JBSS3) – via Seara – e Gol (GOLL4).
A nossa metodologia leva em conta participações iguais dos papéis na carteira, de cerca de 14,28% para cada ação. Porém, se até antes de começar a Copa do Mundo, o índice CBF estava registrando ganhos de 7,40%, enquanto o Ibovespa subia cerca de 7%, o desempenho piorou durante a primeira fase do evento. Enquanto o benchmark da bolsa brasileira passou para alta de apenas 3% no ano, o índice CBF acompanhou o movimento, passando para alta de apenas 3,2%, mas ainda batendo o Ibovespa. Desde o fechamento do último dia 11 até o fechamento da última quinta-feira, todas as ações do índice CBF registraram queda.
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Contudo, ponderando a participação das ações pelo valor de mercado das companhias na Bovespa, a carteira CBF teria rendido 6,5% no ano até a data da Copa e não superaria o Ibovespa, isso porque as ações da Ambev e do Itaú corresponderiam por cerca de 75% da carteira. Apenas os papéis da Ambev, que estão no negativo no ano, responderiam por 46,7% do índice. E, contando somente a primeira fase do evento, o índice ponderado teria rendido 3,89% negativos, levando assim o desempenho anual a ficar positivo em 3,21%. Ou seja, as ações que compõe o ICBF não parecem ter repercutido bem o evento.
Vale ressaltar que a performance do ICBF ainda reflete a alta dos papéis da Gol (+17,46%), Itaú Unibanco (+15,28%), Telefônica Brasil (+4,33%), BRF (+6,86%). Do lado negativo, JBS e Ambev acumulam perdas anuais de 13,62% e -6,67%, respectivamente, além do Pão de Açúcar (-1,19%), que virou para o negativo durante a Copa.
Assim, a Copa não parece estar sendo boa para as patrocinadoras da seleção, assim como para o Ibovespa como um todo. Será que esta tendência continuará até o final da Copa ou o índice terá a sua virada? Assim como com os jogos do Brasil, vale torcer e esperar para ver.
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Confira a composição do ICBF, o índice de ações da CBF:
Empresas | Ticker | Desempenho no ano até a Copa |
Desempenho no ano até a 1ª fase da Copa (encerrada dia 26) |
Desempenho durante a 1ª fase (dia 11 a dia 26) |
Ambev | ABEV3 | – 2,80% | -6,67% | -2,48% |
BRF | BRFS3 | +7,86% | +6,86% | -1,17% |
Itaú Unibanco | ITUB4 | +20,90% | +15,28% | -6,58% |
Gol | GOLL4 | +23,66% | +17,46% | -5,89% |
JBS | JBSS3 | -9,59% | -13,62% | -4,7% |
Pão de Açúcar | PCAR4 | +4,70% | -1,19% | -5,38% |
Vivo | VIVT4 | +7,08% | +4,33% | -2,56% |
Desempenho do ICBF | +7,40% | +3,21% | -4,11% |