Plano de recuperação da OSX, suspensão da OPA da Cremer e resultados agitam a noite

S&P eleva rating da Hypermarcas para "BB"; lucro da Qualicorp mais que dobra no primeiro trimestre

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A noite desta terça-feira (13) foi agitada em relação ao noticiário corporativo. Entre os destaques está a Cremer (CREM3) que informou o mercado que teve sua OPA (Oferta pública de aquisição) temporariamente suspendida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

De acordo com o comunicado da companhia, a autarquia pediu à Arapaima Participações – grupo ofertante do suposto fechamento de capital – informações mais detalhadas sobre “caso ocorra a aceitação por titulares de mais de um terço e menos de dois terços das ações em circulação”, uma determinação prevista no artigo 5º da Instrução CVM nº 361.

Ainda de acordo com as normas da CVM, o grupo ofertante teria duas opções neste tipo de situação: a desistência da OPA ou a compra de até 1/3 “das ações em circulação da mesma espécie e classe, procedendo-se ao rateio entre os aceitantes”.

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No comunicado, a Cremer diz ainda que a Arapaima já informou interesse em prosseguir a operação no menor prazo possível, em acordo com a segunda opção prevista na instrução da autarquia, e pediu o fim de sua suspensão. A empresa informou ainda que não houve alteração na data do edital de convocação da Assembleia Geral Extraordinária marcada para a próxima segunda-feira (19) e que manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o assunto.

OSX
Em meio a um processo de recuperação judicial, a OSX Brasil (OSXB3) pretende divulgar seu plano até sexta-feira (16), segundo informações do Estadão. De acordo com o jornal, o objetivo é fazer como a OGPar, antiga OGX (OGXP3), fechando uma acordo prévio com seus principais credores, garantindo a aprovação do plano.

A dívida total da companhia é de R$ 4,5 bilhões e a lista de credores é liderada por bancos como Santander e Votorantim, que garantem os empréstimos da Caixa Econômica e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A companhia tem até o dia 19 de maio para entregar seu plano de recuperação à Justiça.

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Segundo as informações do jornal, um financiamento DIP (debtor-in-possesion, para viabilizar empresas em recuperação) de US$ 100 milhões está sendo negociado. Além disso, as negociações com o fundo Cerberus Capital Management para a concessão do empréstimo não avançaram.

Qualicorp
Dando continuidade à temporada de resultados, a Qualicorp (QUAL3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 58,6 milhões ao final do primeiro trimestre de 2014, o que representou um aumento de 105,8% na comparação com 2013. O Ebitda ajustado foi de R$ 131,6 milhões, aumento de 40,8% ante o primeiro trimestre do ano passado.

Na mesma base de comparação, a receita líquida evoluiu 22,6%, de R$ 266,8 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 327,1 milhões nos três primeiros meses de 2014.

Hypermarcas
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou nesta terça-feira a nota da empresa de bens de consumo Hypermarcas (HYPE3) de “BB-” para “BB” na escala global, mantendo a perspectiva em “estável”.

Em comunicado, a S&P afirma que a melhora “reflete a melhora na eficiência operacional e na rentabilidade da Hypermarcas por meio da consolidação de suas plantas industriais e da reestruturação das operações” após aquisições.

A agência citou ainda que a Hypermarcas reduziu sua exposição cambial com recompra de parte de bônus no final de 2013. “Essas melhorias se traduziram em uma maior geração de fluxo de caixa e, como resultado, em métricas de alavancagem mais baixas”, afirmou a S&P.

Indusval
O Banco Indusval (IDVL3) registrou prejuízo líquido de R$ 9,9 milhões, um recuo de 89,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi reportado prejuízo de R$ 91,4 milhões. Enquanto isso, os ativos totais somaram R$ 5,032 bilhões, alta de 18,2%. No primeiro trimestre, a carteira de crédito expandida atingiu R$ 3,926 bilhões, alta de 28,8%.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.