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SÃO PAULO – Grandes companhias divulgaram seus números do primeiro trimestre entre a véspera e esta quarta-feira (7). Em destaque, o Banco do Brasil (BBAS3) reportou os seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2014, registrando um lucro líquido de R$ 2,68 bilhões no período, uma alta de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já o lucro ajustado da maior instituição financeira do país por ativos foi de R$ 2,436 bilhões no período, queda de 9,3% na comparação anual.
Os ativos do Banco do Brasil atingiram R$ 1,37 trilhão no final do trimestre, registrando uma expansão de 16,2% em 12 meses e 5,1% em relação ao trimestre anterior, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito, informou a instituição.
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A carteira de crédito ampliada, que inclui TVM privados e garantias prestadas, atingiu R$ 699,3 bilhões em março de 2014, crescimento de 18,0% em 12 meses e de 0,9% em relação ao trimestre anterior. A instituição destacou o financiamento imobiliário e crédito ao agronegócio, que registraram incrementos em 12 meses de 88,0% e 35,7%, respectivamente. No período, o BB manteve a sua liderança em crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), com 21,1% de participação de mercado.
CSN tem lucro líquido de R$ 52 milhões
A CSN (CSNA3) anunciou nesta quarta-feira lucro líquido de R$ 52 milhões para o primeiro trimestre ante R$ 16 milhões obtidos um ano antes.
O Ebitda (geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 1,44 bilhão crescimento de 59,6% na comparação anual.
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Pesquisa da Reuters indicava lucro líquido de R$ 218 milhões para a CSN nos três primeiros meses do ano e Ebitda de R$ 1,265 bilhão, segundo média de expectativas de cinco analistas.
Ambev: lucro sem minoritários atinge R$ 2,54 bi
A fabricante de bebidas Ambev (ABEV3) reportou um lucro líquido de R$ 2,546 bilhões no primeiro trimestre de 2014, valor que representa uma alta de 76,56% ante igual período do ano passado. Este resultado é o atribuído ao controlador, excluindo a participação dos acionistas minoritários da companhia.
Já o lucro consolidado, que inclui a fatia dos minoritários, registrou um crescimento de 9,42% na mesma base de comparação, alcançando R$ 2,597 bilhões no período. Em relatório de resultados divulgado há pouco, a administração da companhia também informou o lucro liquido ajustado, antes de receitas e despesas especiais, cuja cifra no primeiro trimestre somou R$ 2 603 bilhões, expansão de 9,7%.
A geração de caixa da Ambev medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 11,6%, totalizando R$ 4,044 bilhões ao longo dos três primeiros meses deste ano. A margem Ebitda de 44,7% ficou 1,6 ponto porcentual abaixo do índice de 46,3% observado no primeiro trimestre de 2013.
No critério “ajustado”, o Ebitda alcançou R$ 4,051 bilhões, número 11,8% superior em relação ao mesmo período do ano passado com margem Ebitda ajustada de 44,8%, 1,5 ponto porcentual menor do que a de 46,3% no primeiro trimestre de 2013.
De janeiro a março, a receita líquida da companhia somou R$ 9 045 bilhões, ganho de 15,5% na comparação anual.
Gerdau tem lucro de R$ 440 mi
A Gerdau (GGBR4) anunciou nesta quarta-feira lucro líquido de R$ 440 milhões para o primeiro trimestre ante R$ 160 milhões obtidos um ano antes.
O Ebitda somou R$ 1,196 bilhão, crescimento de 48,6% na comparação anual. Pesquisa da Reuters indicava lucro líquido de R$ 344,4 milhões para a companhia nos três primeiros meses do ano e Ebitda de R$ 1,114 bilhão.
Lucro da Smiles dobra
Smiles (SMLE3), que reportou um lucro líquido de R$ 78,3 milhões no período, mais que duas vezes o resultado positivo de R$ 29,8 milhões obtido um ano antes.
O resultado foi impulsionado em parte por salto de 61% na receita líquida, para R$ 188 milhões, com o lucro operacional crescendo 58,7% sobre o primeiro trimestre de 2013. A margem bruta, porém, encolheu 4,9 pontos percentuais, para 46,9% sobre um ano antes, caindo também na comparação com o quarto trimestre de 2013, quando havia sido de 51,8%.
O número de participantes nos programas de fidelidade da companhia controlada pela empresa aérea Gol teve alta de 7,4%, para 9,86 milhões, enquanto o volume de parcerias avançou no mesmo ritmo, a 218. O resgate de milhas subiu 6,1% no período. A Smiles afirmou que a taxa de milhas vencidas e não resgatadas, indicador conhecido como “breakage”, encerrou o primeiro trimestre em 16,9% ante 17,5% no mesmo período de 2013 e 15,5% na comparação com os quarto trimestre do ano passado.
Cielo tem lucro de R$ 802,7 mi
A Cielo (CIEL3) reportou lucro líquido de R$ 802,7 milhões no primeiro trimestre, o que representa uma alta de 27,4% ante o mesmo período de 2013. O volume financeiro de compras com cartão que passaram pelas máquinas da credenciadora foi de R$ 119,6 bilhões, com avanço de 22,5% na mesma comparação.
Já o volume de transações com cartão de crédito foi de R$ 73,1 bilhões, alta de 17,8% na comparação anual, enquanto no débito, o volume foi de R$ 46,5 milhões, com avanço de 30,7%. Esse desempenho foi favorecido pelas transações do Agrocard, voltadas para produtores rurais, que são consideradas débito.
A receita com antecipação de faturas de cartão praticamente dobrou, registrando R$ 410,2 milhões no trimestre, com avanço de 80,2%. Já o Ebitda ficou em R$ 1 bilhão no trimestre, com alta de 16,7% na comparação anual.
Multiplan lucra R$ 82,3 milhões
A administradora de shoppings centers Multiplan (MULT3) teve lucro líquido de R$ 82,3 milhões no primeiro trimestre, alta de 16,8% na comparação anual, informou a companhia nesta terça-feira. Segundo a companhia, o resultado foi impulsionado pelo crescimento orgânico e novas áreas inauguradas em 2013, além de itens não recorrentes.
No primeiro trimestre, a Multiplan reconheceu R$ 11,3 milhões no resultado, relativo a um acordo referente ao Royal Green Península, projeto imobiliário entregue em 2009. Também realizou venda de potencial construtivo de R$ 10,4 milhões, referente ao Shopping Vila Olímpia.
A receita líquida da Mutliplan subiu 15,1% e encerrou o trimestre em R$ 257,2 milhões. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 196,6 milhões, crescimento de 23,4%, na mesma base de comparação.
Copasa vê receita bater R$ 730,94 milhões
A companhia de saneamento mineira Copasa (CSMG3) viu sua receita bater a cifra de R$ 730,94 milhões no primeiro trimestre de 2014, alta de 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, enquanto seu lucro líquido apresentou um crescimento bem mais tímido: 0,2% no mesmo comparativo, com o montante de R$ 116,61 milhões.
Já o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre janeiro e março foi de R$ 310,32, 5,3% acima do visto no primeiro trimestre de 2013, fator que não foi suficiente para evitar uma queda de 1,8 ponto percentual na margem Ebitda, que passou a registrar 31,9%.
BR Malls vê lucro cair, mas está otimista
A BR Malls (BRML3) viu seu lucro cair e a receita desacelerar no primeiro trimestre na comparação anual, mas manteve a previsão otimista para o desempenho em 2014.
O lucro líquido foi de R$ 53,7 milhões entre janeiro e março, queda de 9,5% ante o mesmo período do ano passado.
O resultado teve impacto da provisão de imposto de renda não caixa da reversão de depreciação e amortização fiscal, reconhecido antecipadamente neste trimestre, disse a BR Malls nesta terça-feira.
A receita líquida avançou 11,2%, a R$ 322,4 milhões. No primeiro trimestre de 2013, a receita da companhia foi de R$ 290 milhões, um avanço de 19,1% sobre 2012.
Apesar da desaceleração, o resultado ficou acima do esperado. A média das estimativas obtidas pela Reuters apontava para um avanço da receita de 8,7% entre janeiro e março na comparação com o ano anterior.
O Ebitda ajustado subiu 14,4% na mesma base de comparação, a 254,3 milhões de reais.
“Mantemos o otimismo com o nosso desempenho para o ano de 2014, mesmo com as incertezas geradas pelos grandes eventos que teremos no ano”, disse a companhia em seu relatório de resultados.
BTG Pactual tem lucro líquido de R$ 832 mi no 1º trimestre
Pesados cortes de despesas com bônus levaram o BTG Pactual (BBTG11) a superar levemente a previsão de analistas para lucro no primeiro trimestre, mesmo com as fracas receitas.
O maior banco de investimentos da América Latina anunciou lucro líquido de R$ 832 milhões no período, alta de 35,9% ante igual etapa de 2013. A previsão média de três analistas ouvidos pela Reuters apontou R$ 797 milhões para o lucro recorrente.
As receitas totais do grupo liderado por André Esteves cresceram apenas 0,7% no comparativo anual e caíram 5,2% ante o trimestre imediatamente anterior, a R$ 1,706 bilhão, refletindo a frágil atividade do mercado de capitais brasileiro e o mau desempenho dos investimentos com recursos do próprio grupo.
As receitas com a área de banco de investimentos, por exemplo, caíram 32% em 12 meses, a R$ 70 milhões, embora tenham crescido 41% na base sequencial.
Já as receitas com gestão de recursos somaram R$ 350 milhões, subindo 38% no ano a ano, mas recuando 27% ante o quarto trimestre de 2013. O destaque positivo foram as receitas da tesouraria, com avanços de 30% e 158% nas comparações anual e trimestral, respectivamente, a 874 milhões de reais.
Por outro lado, o grupo reduziu em 26,5% suas despesas operacionais sobre a trimestre anterior (queda anual de 2,4%), a R$ 647 milhões, graças a uma redução de mais de 40% nos desembolsos com remuneração variável aos seus executivos.
Além disso, a carteira de crédito cresceu 6,7% no comparativo anual, R$ 39,44 bilhões. Assim, o BTG conseguiu elevar sua rentabilidade anualizada sobre o patrimônio, que foi a 20,2%, ante 19,3% no trimestre anterior e 16,9% um ano antes.
Bematech registra alta de 62% no lucro
A Bematech (BEMA3) registrou um lucro líquido de R$ 11,7 milhões no primeiro trimestre de 2014, alta de 62,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o Ebitda alcançou R$ 19,7 milhões, alta de 34,1% frente 2013.
Por outro lado, a companhia registrou um aumento de 20,7% nas despesas de vendas e administrativas, para R$ 29,3 milhões.
Já a receita líquida total da empresa no trimestre foi de R$ 95,5 milhões, um crescimento de 22,7% ante o ano anterior, considerando a consolidação da RJ Participações, empresa adquirida em janeiro desse ano. “Iniciamos 2014 focados em nosso novo posicionamento estratégico, e a prova de que estamos no caminho certo é que o primeiro trimestre de 2014 se consolidou como o 10º trimestre de crescimento consecutivo. Consolidamos nosso portfólio por verticais e reforçamos nossa política de canais, iniciativas que impactaram nossos números diretamente”, afirmou Cleber Morais, presidente da Bematech.
(Com Reuters e Agência Estado)
