Ibovespa cai puxado por blue chips e com corte de PIB do Brasil

OCDE prevê crescimento menor do PIB brasileiro em 2014 e 2015; 5 principais ações do índice - que respondem por 40% da carteira - caem cerca de 1%

Thiago Salomão

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SÃO PAULO – O Ibovespa abre em queda nesta terça-feira (6) após ter fechado na véspera no seu maior patamar desde 18 de novembro de 2013. Os investidores aproveitam o corte nas projeções para a economia brasileira anunciado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para realizar ganhos nesta sessão, marcada ainda por indicadores econômicos e uma movimentada agenda de resultados trimestrais.

Às 10h23 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira marcava queda de 0,55%, a 53.150 pontos, após fechar na véspera a 53.466 pontos, quando subiu pela 3ª vez em 4 pregões. Contribuem para o movimento negativo do dia as quedas de quase 1% das 5 ações com maior participação na carteira do Ibovespa: Bradesco PN (BBDC4, R$ 33,86, -1,31%), Petrobras PN (PETR4, R$ 17,36, -1,20%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 37,35, -1,32%), Vale PNA (VALE5, R$ 26,94, -0,77%) e Ambev (ABEV3, R$ 16,37, -0,79%). Juntos, estes 5 papéis representam quase 40% do Ibovespa.

Do lado positivo, aparecem duas empresas que divulgaram resultados antes da abertura do pregão: BB Seguridade (BBSE3, R$ 27,33, +1,04%) e Anhanguera Educacional (AEDU3, R$ 14,77, +1,16%). A empresa de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil (BBAS3), encerrou o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 648,7 milhões, alta de 42,6% em relação ao mesmo período de 2013, superando as expectativas; já a empresa de educação marcou lucro líquido de R$ 99,4 milhões no 1º trimestre, alta de 18% sobre igual período do ano passado.

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OCDE corta Brasil
A OCDE cortou a projeção de crescimento do Brasil em 2014 e 2015. A expectativa de expansão do PIB nacional caiu de 2,2% para 1,8% em 2014 e de 2,5% para 2,2% em 2015. Com os novos números previstos para o Brasil, a organização acredita que a economia nacional crescerá mais lentamente do que a média observada nos países ricos e também na média mundial – o crescimento médio previsto para 2014 para as 34 economias da OCDE é de de 2,2% e 3,4% para o biênio.

O documento “Economic Outlook”, divulgado pela organização nesta terça-feira em Paris, prevê que a inflação terminará o ano de 2014 em 5,9% no Brasil. A expectativa é maior do que citada em novembro do ano passado, quando a OCDE apostava em alta de 5%. Para 2015, a OCDE também elevou sua estimativa para a inflação, de 5,1% para 5,5%.

Pra piorar, PMI marca contração
Na pauta econômica, o PMI (Índice de Gerente de Compras) de serviços foi de de 51,0 para 50,4 entre março e abril, menor patamar desde janeiro. Ele permanece acima da marca de 50 que divide crescimento de contração há 10 meses.

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Na zona do euro, o mesmo indicador mostrou recuperação na região, marcando 54,0 em abril, como esperado por economistas, ante 53,1 em março. 

A noite será divulgado o PMI da China, tendo influência apenas no pregão de amanhã.

Nos EUA, a balança comercial de abril mostrou redução no déficit, de US$ 41,9 bilhões para US$ 40,4 bilhões, em linha com as expectativas. A economia norte-americano vem trazendo bons números aos investidores desde o final da semana passada, quando a taxa de desemprego voltou aos níveis pré-crise de 2008 e a geração de empregos ficou muito acima da expectativa para o mês anterior.

Thiago Salomão

Idealizador e apresentador do canal Stock Pickers