Lucro do BB Seguridade sobe 42% e da ALL recua 78%; veja mais resultados

Ainda dentro do Ibovespa, Itaúsa marca lucro de R$ 1,8 bilhão; Triunfo viu seu lucro subir 760%, enquanto Anhanguera Educacional teve alta de 18%

Lara Rizério

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SÃO PAULO –  Diversas companhias divulgaram resultados entre a noite da véspera e esta terça-feira (6). A BB Seguridade (BBSE3), empresa de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil (BBAS3), foi um dos principais destaques ao marcar lucro líquido de R$ 648,7 milhões no 1º trimestre de 2014, alta de 42,6% em relação ao resultado líquido ajustado do mesmo período de 2013.

A cifra ficou acima de previsão média de quatro analistas consultados pela Reuters, que apontava para um lucro ajustado de R$ 633 milhões no trimestre. O retorno sobre seu patrimônio líquido médio chegou a 46,7% no período, durante o qual não houve o impacto de itens considerados extraordinários. No total, as receitas da companhia somaram R$ 922,4 milhões no primeiro trimestre, variação anual positiva de 36,3%.

“O desempenho neste trimestre, em relação ao mesmo período de 2013, foi impulsionado pelo crescimento do resultado operacional e pela forte recuperação do resultado financeiro”, disse a BB Seguridade. Todas as suas linhas de negócio mostraram crescimento no lucro, com destaque para a BB Mapfre SH2, responsável pelo segmento de patrimônio, cujo lucro líquido ajustado avançou 250,7% na comparação anual, chegando a R$ 86,2 milhões. Já a Brasilcap, do segmento de capitalização, viu alta de 147,6% na mesma linha, a R$ 63 milhões.

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ALL: queda de 78% no lucro
A empresa de ferrovias ALL (ALLL3) registrou um recuo de 78,1% no lucro líquido do primeiro trimestre ante igual período de 2013, totalizando R$ 7,4 milhões, informou a companhia nesta terça-feira.

Excluindo os efeitos da baixa contábil das operações na Argentina, cuja concessão da ALL foi retomada pelo governo do país, o lucro teria sido de R$ 7,7 milhões no período, queda de 83,7% na comparação anual.

Itaúsa registra lucro de R$ 1,784 bi
A Itaúsa (ITSA4) registrou um lucro consolidado de R$ 1,784 bilhão no primeiro trimestre deste ano, alta de 29,5% sobre igual período de 2013, informou a holding que controla o banco Itaú Unibanco (ITUB4) nesta terça-feira.

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A holding, que também controla a Duratex, Elekeiroz e Itautec, encerrou março com patrimônio líquido de R$ 36,7 bilhões, um aumento de 11,9% sobre igual período de 2013. A rentabilidade anualizada sobre patrimônio líquido médio ficou em 19,6% no fim de março, ante 16,8% no 1T13.

As receitas operacionais consolidadas da Itaúsa somaram R$ 2,891 bilhões no primeiro trimestre, em comparação com R$ 2,488 bilhões um ano antes.

Triunfo: lucro sobe 760%
A Triunfo (TPIS3) viu seu lucro líquido subir 760%, passando de R$ 18,1 milhões um ano atrás, para atuais R$ 156,4 milhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) passou de R$ 148,6 milhões para R$ 353,3, alta de 137%.

Enquanto isso, a receita líquida subiu 94,7%, atingindo R$ 474,2 milhões. Segundo comunicado, “o bom desempenho operacional dos outros segmentos também está refletido nos dados financeiros do trimestre: o tráfego das rodovias cresceu 5,6%, atingindo 23,2 milhões de veículos equivalentes, a movimentação de contêineres na Portonave alcançou 163,2 mil TEUs2 , aumento de 7,3% e o Aeroporto de Viracopos movimentou 2,4 milhões de passageiros e 52,5 mil toneladas de carga”.

A companhia destacou ainda que em janeiro foi aprovado pelo BNDES o financiamento de longo prazo no montante de R$1,5 bilhão. Além disso, no mesmo mês, a Triunfo assinou um contrato com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) de concessão para administrar as BRs 060, 153 e 262, pelo prazo de 30 anos.

Anhanguera tem alta de 18% no lucro
A Anhanguera Educacional (AEDU3) teve lucro líquido de R$ 99,4 milhões no primeiro trimestre, alta de 18%  sobre igual período do ano passado. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 20,3% na mesma base de comparação, a R$ 152,3 milhões.

Em comentário sobre o desempenho, a companhia afirmou que os resultados do primeiro trimestre mostram “um ponto de inflexão em relação a 2013”, sinalizando o começo de “uma fase bastante promissora”.

Entre janeiro e março, a receita líquida da companhia subiu 16,6% na comparação anual, a R$ 540,5 milhões, com alta de 12,6% no ticket médio e de 3,5% no número médio de alunos. Segundo a Anhanguera, o avanço dos preços “ocorreu por conta do repasse geral da inflação interna em todos os cursos e devido às novas políticas comerciais e de precificação da companhia”.

Enquanto isso, o custo dos serviços prestados cresceu 9,5%, a R$ 258,4 milhões, contribuindo para uma alta de 24% no lucro bruto sobre um ano antes.

Restoque reverte prejuízo
A varejista Restoque, dona da Le Lis Blanc (LLIS3), começou o ano com o pé direito ao reverter prejuízo em lucro no primeiro trimestre de 2014, marcando a cifra de R$ 1,22 milhão. No entanto, o resultado não foi suficiente para compensar as perdas registradas pela companhia no mesmo período do ano passado (R$ 2,78 milhões).

Já a receita da companhia mostrou crescimento de 11,3% no mesmo comparativo, acumulando R$ 172,69 milhões entre janeiro e março, enquanto o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 38,05 milhões – uma alta de 80,2%, com a margem Ebitda saltando de 10,8% para 21,9%.

BR Properties: lucro cai 35%
Outra empresa a divulgar resultado foi a BR Properties (BRPR3). A empresa de imóveis comerciais viu seu lucro líquido cair 35% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto vê uma melhora gradual da taxa de vacância e um ano de 2014 parecido com 2013. O lucro líquido da empresa que tem o BTG Pactual (BBTG11) como principal acionista foi de cerca de R$ 59,5 milhões, ante R$ 90,8 milhões um ano antes.

“O que pressionou no primeiro trimestre contra o primeiro trimestre do ano anterior foi uma subida da taxa de juros. É que naturalmente isso impacta o valor das propriedades. Na hora que você descontar o fluxo de caixa, há um desconto a uma taxa maior”, disse o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Pedro Daltro.

A companhia encerrou o trimestre com resultado financeiro negativo de R$ 134,6 milhões, 13% maior na comparação ano a ano. As despesas gerais e administrativas subiram 20%, encerrando o trimestre em R$ 25,9 milhões. A receita líquida cresceu 3% e marcou R$ 232,8 milhões, muito por conta da venda de propriedades ao longo do ano passado, o levou a empresa a ter R$ 14 milhões de receitas a menos entre janeiro e março, conforme explicou Daltro. O Ebitda ajustado teve leve queda de 1% na comparação anual, encerrando o trimestre em R$ 209,3 milhões.

“O primeiro trimestre foi bastante positivo seja para a BR Properties, seja para o mercado. A velocidade de locação não é a mesma que era em 2012, mas as coisas estão acontecendo. A tendência é a melhora continuar lentamente”, avaliou Daltro.

M. Dias Branco vê receita superar R$ 1 bilhão
A fabricante de biscoitos e massas M. Dias Branco (MDIA3) viu sua receita atingir o patamar de R$ 1,08 bilhão entre janeiro e março deste ano, o que corresponde a uma alta de 14% em comparação com o mesmo perído de 2013. Tal desempenho se deve muito ao aumento do volume de vendas em seus principais produtos em uma média de 5%.

O lucro líquido da companhia também chamou atenção ao registrar uma alta de 22,4% no mesmo período, marcando R$ 132,2 milhões, enquanto o Ebitda do primeiro trimestre foi de R$ 181,5 milhões – alta de 21,4% no mesmo comparativo. Tal desempenho fez com que a margem Ebitda da companhia saltasse de 15,8%, no primeiro trimestre, do ano passado para 16,8%.

Além dos resultados, a M. Dias Branco também comunicou que seu presidente Francisco Ivens de Sá Dias Branco renunciou ao cargo. A decisão ocorreu para cumprimento de obrigação prevista no Novo Mercado, que proíbe a acumulação dos cargos de presidente-executivo e do conselho pelo mesmo executivo. Com isso, o cargo fica para o filho dele, Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior, com mandato tendo início dia 9 de maio, temrinando em 25 de abril de 2015.

Valid tem lucro líquido de R$ 24,3 mi
Outra a divulgar seus resultados foi a Valid (VLID3), que registrou lucro líquido de R$ 24,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 15,3% ante os R$ 28,7 milhões apresentados um ano antes. Enquanto isso, a receita líquida subiu 12,3%, passando de R$ 267,3 milhões para R$ 300,1 milhões. Já o Ebitda ajustado fechou em R$ 56,5 milhões, alta de 13%.

Segundo comunicado, a companhia afirmou que o principal destaque do período foi a Divisão de Meios de Pagamentos no Brasil, que viu seu Ebitda crescer em 78,9% no primeiro trimestre, passando de R$ 7,1 milhões um ano antes para R$ 12,7 milhões, reflexo da estrutura de custos mais leve decorrentes do processo de reestruturação ocorrido em 2013.

Coelce reporta lucro de R$ 64 mi
A companhia de energia Coelce (COCE3) reportou um lucro líquido de R$ 64,64 milhões no primeiro trimestre, leve avanço de 3,2%, ante os R$ 62,64 milhões de um ano antes. Enquanto isso, a receita líquida da companhia subiu 7,2%, passando de R$ 659,9 milhões para R$ 707,3 milhões, sendo que o Ebitda fechou o período com queda de 40%, a R$ 76,7 milhões.

Vale lembrar que a companhia passou por um leilão de OPA no dia 17 de fevereiro, onde sua controladora chilena, a Enersis, adquiriu 2.964.650 de ações ordinárias, 8.818.006 de ações preferenciais Classe A e 424 de ações preferenciais Classe B. Em razão disso, a Enersis passou a deter, direta e indiretamente, 47.043.336 de ações da companhia. Vale lembrar que, por ter adiquirido mais de dois terços do total de ações ordinárias em circulação, a Enersis está obrigada o resto das ações ordinárias da companhia.

Banco Pan tem prejuízo de R$ 78,6 mi
O Banco Pan (BPNM4), ex-banco PanAmericano, encerrou o primeiro trimestre deste ano com prejuízo líquido de R$ 78,6 milhões, informou a instituição financeira na noite de segunda-feira. O valor representa uma reversão do lucro de R$ 39 milhões registrado em igual período do ano passado, mas redução ante a perda de R$ 182,9 milhões no quarto trimestre de 2013.

De acordo com o banco controlado pelo BTG Pactual (BBTG11), o resultado foi afetado pela queda da margem financeira líquida, que foi de 11,7% no primeiro trimestre de 2014, ante 18,7% em igual etapa de 2013.

“Este movimento está diretamente relacionado à elevação da estrutura a termo de taxa de juros”, disse o Pan. A carteira total de crédito somou R$ 16,2 bilhões, um aumento de 15,8% sobre os R$ 14 bilhões de igual período do ano passado. A despesa líquida de provisão para créditos de liquidação duvidosa foi de R$ 170,8 milhões no primeiro trimestre, 36,1% inferior à registrada um ano antes. O patrimônio líquido consolidado, por sua vez, chegou a R$ 2,226 bilhões no fim de março, e o Índice de Basileia alcançou 12,1%.

Daycoval aumenta em 25% carteira de crédito
O Banco Daycoval (DAYC4) apresentou uma margem financeira líquida anualizada de 13,4%, impulsionado principalmente pelo forte crescimento na carteira de crédito do banco. A carteira teve saldo de R$ 10,7 bilhões, crescimento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, a manutenção das margens financeiras e a alta da taxa Selic ajudaram o aumento da carteira. O banco apresentou um lucro líquido de R$ 66,6 no período, valor 1,4% maior do que nos três primeiros meses de 2013. 

(Com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.