Gafisa tem novo diretor-presidente e Oi conclui oferta; Petrobras e mais 6 no radar

Ainda no radar, Petrobras rebateu críticas de que leilão A-0 foi mau negócio; Abril Educação vende Escola Satélite

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além da temporada de resultados, o noticiário corporativo nacional segue bastante movimentado, com blue chips no radar e com mudanças em cargos de administração de algumas empresas. 

Em destaque, a Gafisa (GFSA3) elegeu Sandro Gamba como diretor presidente, conforme aprovação pelo conselho de administração da companhia na última segunda-feira. 

Sandro Gamba, 38 anos, sucede Alceu Duilio Calciolari, 51 anos, conforme previamente informado ao mercado, em linha com a intenção de separar as unidades de negócio Gafisa e Tenda em duas empresas independentes de capital aberto, destacou a companhia.

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Até então, Gamba era diretor-presidente da unidade de negócios Gafisa, tendo ocupado uma série de cargos de liderança, em diversas áreas do ciclo de negócios da companhia durante 15 anos. André Bergstein permanecerá como diretor financeiro e Rodrigo Osmo como diretor presidente da Tenda. 

Oi conclui oferta de ações
A operadora de telecomunicações Oi (OIBR4) informou ter exercido o lote suplementar de R$ 742 milhões de sua oferta de ações, em meio a seu processo de fusão com a Portugal Telecom. 

Na véspera, o banco BTG Pactual (BBTG11), agente estabilizador da oferta, exerceu parcialmente a opção de distribuição de 120.265.046 ações ordinárias e 240.530.092 ações preferenciais de emissão da Oi, acréscimo de 6,27% no total de ações de emissão da companhia distribuídas na oferta pública, disse a companhia em fato relevante.

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Considerando as ações inicialmente ofertadas no dia 29 de abril, assim como o lote suplementar, foram distribuídas 1.865.954.588 ações ON e 3.696.207.346 ações PN na operação local e 396.589.982 ações ordinárias e 828.881.795 ações preferenciais no exterior, informou a empresa.

A captação final bruta foi de R$ 13,96 bilhões, sendo R$ 8,25 bilhões em dinheiro e R$ 5,71 bilhões em ativos aportados pela Portugal Telecom.

A quantia representa a maior oferta subsequente no mercado brasileiro desde que a Petrobras levantou R$ 120 bilhões em um aumento de capital em setembro de 2010, segundo dados da Thomson Reuters. A transação também foi a primeira venda de ações concluída no Brasil desde meados de dezembro.

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Abril Educação conclui venda de fatia da Escola Satélite
Em destaque, a Abril Educação (ABRE11) informou na última segunda-feira assinatura de contrato para venda de 51% da Escola Satélite por R$ 5,1 milhões.

Ivan Caiafa Farias, fundador e dono de 49% da escola, vai comprar os 51% que ainda não possui, em um prazo de até cinco anos, disse a Abril Educação em fato relevante.

A companhia disse que ao longo dos dois anos de sociedade com Farias “não encontramos como viabilizar um modelo de negócio rentável e de tamanho suficiente para a companhia que justificasse sua manutenção no portfolio de empresas investidas”.

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A Abril Educação decidiu, no entanto, estabelecer uma parceria de longo prazo como cliente da Escola Satélite, por meio de acordos comerciais, além de se tornar provedora exclusiva de materiais didáticos para alunos e professores.

Petrobras: energia no leilão tem preço maior que expectativa futura
A Petrobras (PETR3;PETR4) disse na última segunda-feira que o valor da energia que vendeu no leilão A-0, realizado no último dia 30, é superior à expectativa de preço futuro da energia, rebatendo críticas que apontavam que a estatal teria prejuízo com o negócio.

Segundo a companhia, a expectativa de preços futuros de energia no mercado livre para o período de contratação do leilão é de, em média, R$ 233,50 por megawatt-hora (MWh), 10 por cento inferior ao preço da energia vendido pela Petrobras no certame.

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“A Petrobras discorda de algumas análises que, sem embasamento técnico, comparam os preços praticados no leilão com o preço do mercado de curto prazo que, hoje, é de R$ 822,23 por MWh, o qual infere que a Petrobras teria um prejuízo mensal de R$ 230 milhões de reais e anual de R$ 2,8 bilhões”, informou a companhia em nota à imprensa.

A empresa disse que as estimativas “tecnicamente incorretas” partem da premissa inadequada de que o preço da energia ficará no seu patamar mais elevado nos próximos cinco anos. Para isso, segundo a empresa, teria que chover um volume abaixo da média histórica (MLT) dos últimos 50 anos seguidamente todas as semanas do ano, por cinco anos.

“O histórico não reflete essa premissa, pois nos últimos 10 anos o valor do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) ficou, em média, em R$ 121,40 por MWh, sendo que o maior valor registrado nesse período foi em 2013 (R$ 262,84 por MWh) e o menor em 2005 (R$ 28,88 por MWh).”

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A empresa acrescentou que, nos momentos em que as usinas termelétricas estiverem despachadas, como agora, elas recebem o Custo Variável Unitário (CVU) de geração, atualmente de R$ 342,15 por MWh, além da Receita Fixa, que, nesse leilão, ficou próxima a R$ 133 por MWh. Quando as usinas não estiverem acionadas, receberão apenas a Receita Fixa.

A Petrobras vendeu energia de quatro termelétricas no leilão, no total de cerca de 574 MW médios de energia.

Petrobras ouvirá acionistas
A Petrobras dará a chance a alguns acionistas que forem escolhidos para a Pesquisa de Monitoramento da Imagem, realizada a cada dois anos pela estatal, para ouvir o que os investidores pensam dela. 

O comunicado enviado pela petrolífera na noite desta segunda-feira (5) explica que a coleta de opiniões será feita entre 9 de maio e 6 de junho. Um grupo de acionistas será escolhido para participar desta pesquisa por meio de sorteio. O objetivo básico da pesquisa é acompanhar a evolução da imagem da empresa junto aos seus acionistas.

S&P revisa perspectiva de rating da Sabesp de positiva para estável
A Standard & Poor’s revisou a perspectiva do rating da Sabesp (SBSP3) para estável, de positiva. Ao mesmo tempo, a agência de classificação de risco reafirmou a nota BB+ em escala global e a nota brAA+ em escala nacional. O perfil de crédito individual é bb+.

“A perspectiva estável reflete nossa expectativa de que a performance financeira da Sabesp será abaixo das nossas expectativas prévias em 2014, como resultado de uma geração Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) menor devido à severa seca em curso”, afirmou a S&P em comunicado.

O nível dos reservatórios no Sistema Cantareira, o principal da Sabesp, caiu para 10% nesta segunda-feira, 5, um recorde negativo de capacidade. 

Para a equipe da S&P, o rating da empresa incorpora a visão de que há uma probabilidade “moderadamente alta” de um apoio extraordinário do Estado de São Paulo, se necessário. A agência de classificação de risco explicou que aplica o critério de empresas relacionadas ao governo na análise da Sabesp, uma vez que o Estado de São Paulo detém 50,3% das ações da empresa. Além da participação acionária do Estado na companhia, a S&P lembrou que a Sabesp possui um papel importante para o governo, “porque fornece serviços essenciais à população do Estado”.

Lopes Brasil anuncia novo presidente do conselho
A Lopes Brasil (LPSB3) anunciou a eleição de Edward Jorge Christianini para presidente do conselho de administração da companhia. A empresa ainda informou que Marcos Bulle Lopes permanecerá ocupando o cargo de diretor presidente e de membro do conselho.

“Edward ingressou na Lopes em 1975 e acumula quase quatro décadas de experiência no mercado imobiliário brasileiro. É membro efetivo do conselho de administração da companhia desde 2006, tendo atuado também como diretor jurídico”, informou a companhia. 

Renner vê incertezas quanto a feriados da Copa
A indefinição em relação ao número de dias úteis do segundo trimestre, em função da realização da Copa do Mundo no Brasil, cria um ambiente de incertezas, na visão do presidente da Lojas Renner (LREN3), José Galló.

“Não sabemos ainda quantos dias de feriado teremos. Essa é uma questão municipal, e precisamos aguardar o comportamento das prefeituras. Diria que o segundo trimestre será um trimestre de dúvidas. O que determinará será o número de dias úteis”, destacou o executivo, que participa segunda-feira de evento realizado pelo jornal “Valor Econômico”.

Outra preocupação demonstrada pelo executivo está na possibilidade de o governo elevar os impostos, conforme citado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista recente. “Todos os impostos brasileiros são embutidos. Se aumentar os impostos, vai aumentar o preço”, disse Galló.

Renova anuncia desistência de pedido de análise
A Renova Energia (RNEW11) informou a desistência do pedido de análise prévia para registro de oferta pública de distribuição secundária de units, que foi apresentado em 18 de fevereiro de 2014.

A solicitação foi protocolada na Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) pelos acionistas vendedores – Santander, Infrabrasil Fundo de Investimento em Participações (FIP), FIP Caixa Ambiental, Ricardo Lopes Delneri e Renato do Amaral Figueiredo – em conjunto com o coordenador líder da oferta, o Bank of America Merrill Lynch.

Wilson Sons construirá duas plataformas para a Petrobras
A subsidiária da Wilson Sons (WSON11), a Wilson Sons Ultratug Offshore (WSUT), foi informada pela Petrobras que, como resultado da sexta rodada do Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo, obteve contratos de afretamento de dois PSVs (Platform Supply Vessels), com deadweight de 4.500 toneladas. O contrato vigorará por um período de seis anos, com possibilidade de renovação por igual período.

As embarcações serão construídas no estaleiro da Wilson Sons, no Guarujá (SP), e têm a data limite de entrega até o ano de 2017. Além destas, a Wilson Sons, em conjunto com seu parceiro Remolcadores Ultratug, tem encomendado outros três PSVs junto a um estaleiro no exterior.

Estes contratos solidificam a estratégia da Companhia em atender a demanda impulsionada pelo crescimento da indústria de óleo e gás no Brasil. Atualmente, a frota operada pela Wilson Sons Ultratug Offshore é composta por dezenove embarcações de apoio offshore, todas em contratos com a Petrobras”, destacou a companhia. 

(Com Reuters e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.