Ibovespa inicia sessão entre leves perdas e ganhos, repercutindo Focus e China

Mercado repercute dados do relatório Focus, que diminuiu projeção para o PIB e elevou para o IPCA, enquanto China desanimou com dados do setor imobiliário

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em uma semana que promete ser bastante agitada, o Ibovespa inicia a sessão desta segunda-feira (24) alternando entre leves perdas e ganhos, repercutindo os noticiários econômico brasileiro e chinês. Às 10h23 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira registrava alta de 0,17%, a 47.461 pontos, após abrir em queda de 0,28%, a 47.274 pontos. 

Nesta data, o destaque fica com o relatório Focus, que diminuiu a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,79% para 1,67% em 2014 enquanto que, para 2015, passou de 2,10% para 2%. Em relação à inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2014, os economistas aumentaram a expectativa, para 6,00% ante 5,93%, enquanto para o próximo ano a projeção continuou para 5,70%. Já a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 11,25% para o final de 2014 e de 12% para 2015. E o mercado também fica de olho na fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini na reunião do G-20, destacando que a percepção sobre o Brasil na cena internacional melhorou 

Ainda nesta data, chama a atenção o noticiário corporativo, com destaque para o balanço da Hypermarcas (HYPE3), que mostrou queda no lucro líquido de 55,9% no quarto trimestre, para R$ 54,9 milhões, impactado por maiores despesas financeiras relacionado a recompra parcial de um bônus de dívida da companhia. As ações da companhia registram leves perdas, mas uma das maiores do índice, com baixa de 0,86%, a R$ 14,99.

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Além disso, no noticiário corporativo, chama a atenção a confirmação, pela ALL (ALLL3), de que recebeu proposta para combinar suas atividades com a Rumo Logística. Os ativos da ALL estão suspensos, enquanto os da Cosan (CSAN3) registram alta de 4,36%, a 36,90, os maiores ganhos do índice.

Vale ressaltar que esta semana pré-carnaval promete ser bastante agitada. Em cinco dias, quarenta companhias divulgarão resultados, com destaque para Petrobras (PETR3PETR4) e Vale (VALE3VALE5) como os destaques, além da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) de 2013, o resultado primário do governo em janeiro, além da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que deve elevar a taxa de juros mais uma vez.

China preocupa
Vale ressaltar ainda a queda das bolsas chinesas, em meio aos rumores de que os bancos do gigante asiático pararam de estender empréstimos para companhias do setor imobiliário.  Dados publicados nesta segunda-feira mostraram que o ritmo de crescimento dos preços imobiliários na China desaceleraram em janeiro pela primeira vez em 14 meses, sugerindo que os esforços do governo para esfriar o mercado estão tendo efeito. O dado abaixo do esperado, aliado aos rumores de um corte dos créditos pelos bancos chineses, fez com que as ações despencassem no continente. 

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Com os dados do setor imobiliário desanimadores, o índice Xangai Composto estendeu as perdas dos últimos dois pregões e fechou a segunda-feira com desvalorização de 1,7%, maior queda em sete semanas. Enquanto isso, o Hang Seng terminou o dia com perdas de 0,8%. Já no Japão, o Nikkei, após iniciar 3 semanas em alta, encerrou o primeiro dia da semana com perdas de 0,2%.

Enquanto isso na Europa, na reunião de ministros das Finanças do G-20, pela primeira vez, o grupo reportou que pretende impulsionar um crescimento global na faixa dos dois pontos percentuais para os próximos cinco anos. 

Dados econômicos divulgados pelo Ifo, na Alemanha, mostraram que o índice de negócios no país subiu para 111,3 no mês de fevereiro, superando as expectativas, e atingiu seu maior nível desde julho de 2011.

Mesmo com a visão do G-20 e com dados econômicos divulgados na Alemanha, os investidores seguem cautelosos com o crescente risco no setor imobiário na China e as bolsas europeias seguem sem uma direção única. 

Os índices de Londres, o FTSE, e o da Alemanha, o DAX, seguem com perdas de 0,37% e 0,16%, respectivamente, neste inicio de pregão. Já o CAC, de Paris, e o IBEX, de Madrid, têm leves ganhos de 0,01% e 0,2%, respectivamente. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.