Sabesp dispara antes de revisão; BB Seguridade salta 4% com resultado; veja mais

Ainda entre os destaques, siderúrgicas voltam a cair antes de divulgação dos dados da China; TIM recua em meio à incerteza sobre seu futuro

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa começa a ganhar força nesta terça-feira (11) após zerar os ganhos da manhã com a fala da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. Pressionando o índice na hora do almoço, as ações das siderúrgicas viraram para o positivo e ajudaram o benchmark a ganhar força. Às 14h19 (horário de Brasília), o índice subia 1,56%, a 48.455 pontos, enquanto a ação da Usiminas (USIM5, +0,86%, R$ 11,79), CSN (CSNA3, +4,45%, R$ 11,74), Gerdau (GGBR4, +1,71%, R$ 16,69) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, +1,38%, R$ 20,64) subiam após chegarem a cair 1%.

Na ponta positiva, destaque para os papéis da Sabesp (SBSP3), que subiam 5,59%, a R$ 23,43, em meio à expectativa de divulgação sobre a revisão tarifária. O mercado espera que após o fechamento deste pregão a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) vai apresentar o preço máximo inicial (P0) e fator de eficiência (Fator X), que são a base para o cálculo dos novos preços de tarifas da companhia.

Também ganham força a ajudam a impulsionar o Ibovespa as ações “pesos-pesado” da Petrobras (PETR3, R$ 14,06, +3,23%; PETR4, R$ 15,00, +2,67%) e da Vale (VALE3, R$ 34,54, +2,68%; VALE5, R$ 30,90, +1,51%), que juntas representam aproximadamente 22% da carteira teórica do índice.

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TIM vira para positivo
Outro papel que esboça uma reação neste pregão é o da TIM (TIMP3, -2,83%, R$ 12,37) que virou para o positivo enquanto o índice ganhava força. A companhia reflete a notícia de um jornal italiano de que o destino da empresa ainda é incerto. Segundo o jornal Il Sole 24 Ore, o BTG Pactual, banco brasileiro que assessora a TIM, não recebeu ofertas maiores que € 6 bilhões (ou US$ 8,2 bilhões) pela unidade.

O investidor Marco Fossati tem pressionado por uma fusão entre TIM e a GVT, unidade brasileira da francesa Vivendi, e havia expectativa de que a TIM atrairia maiores ofertas. Diante das incertezas, as ações da Telecom Italia caem 2,06% nesta manhã na bolsa italiana, o que deixa uma expectativa de que os papéis da subsidiária brasileira devam acompanhar o movimento.

Após resultados: BB Seguridade sobe; Santos Brasil desaba
Duas empresas divulgaram seus números entre a noite da véspera e a manhã desta terça-feira. A reação na bolsa das ações das companhias, no entanto, divergem neste pregão: enquanto os papéis do BB Seguridade (BBSE3, +3,91%, R$ 24,42) avançam diante do otimismo do mercado com os números do quarto trimestre, as units da Santos Brasil (STBP11, -1,66%, R$ 14,80) são penalizadas por dados fracos no período.

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A empresa de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil (BBAS3) viu seu lucro líquido ajustado crescer 49,8% em 12 meses, indo para R$ 707,4 milhões no quarto trimestre de 2013. O resultado dos últimos três meses do ano passado foi impulsionado, segundo a empresa, pelo crescimento de 80,1% do resultado do segmento de vida, habitacional e rural (BB Mapfre SH1) e ainda pelo avanço de 39,9% da receita de comissões, em função da expansão do volume de negócio. Por outro lado, a Santos Brasil registrou receita líquida de R$ 355,7 milhões no quarto trimestre de 2014, crescimento de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido no trimestre caiu 8,7%, para R$ 78,8 milhões.  

Outros destaques:

ALL
Chama atenção também as ações da ALL (ALLL3), que tomam fôlego nesta sessão depois de nove quedas consecutivas, quando acumularam perdas de 15,6%. Nesta tarde, os papéis registram alta de 3,95%, sendo cotados a R$ 5,79. Na última sexta-feira, uma notícia de que a concessionária de ferrovias estava envolvida em mais uma ação judicial relacionada a carregamento de açúcar ajudou a pressionar ainda mais as ações. Conforme apurou o Valor, a Agrovia reivindica indenização e multas por não atendimento de contrato que podem chegar a R$ 580 milhões.  

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Dasa
As ações da Dasa (DASA3) exibem leve alta nesta terça-feira, depois da oferta pública voluntária em que o empresário Edson Bueno assumiu o controle da maior companhia de medicina diagnóstica do Brasil. Após chegar a subir 2,53%, para R$ 15,38, os papéis da companhia perderam força e operavam com leve alta de 0,27%, a R$ 15,04. A oferta pública de segunda-feira terminou com adesão de 38,34% dos acionistas da companhia, o que elevou a participação de Bueno e sua sócia, a esposa Dulce Pugliese de Godoy Bueno, para 61,92% do capital da Dasa.

Abril Educação
Fora do Ibovespa, as ações da Abril Educação (ABRE11) ganham destaque, com valorização de 6,63%, sendo cotadas a R$ 28,46, depois de terem atingido na máxima do dia alta de 7,49%, a R$ 28,69. Além do forte avanço, o volume financeiro também impressionava e alcançava R$ 13,625 milhões, contra média diária de R$ 4,679 milhões. Nesta manhã, a empresa esclareceu que está analisando oportunidades estratégicas relacionadas ao seu investimento na Abril Educação, o que poderá inclusive envolver a alteração na composição do controle da empresa. Os bancos Itaú BBA e BTG Pactual foram contratados pela Abrilpar, na qualidade de acionista controladora da companhia, para auxiliá-la na análise dessas potenciais oportunidades.