Toque extra de volatilidade: Petrobras e Vale “dançaram” mais de 1% toda a semana

Entre adiamento de divulgação de resultados e elevação de recomendação, as duas empresas caminham para seu quinto pregão de forte oscilação

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – As duas empresas com maior participação do Ibovespa, Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3; VALE5) apresentaram em todos os pregões desta semana uma oscilação maior que 1% na Bovespa, colaborando para o momento de forte volatilidade visto no mercado brasileiro. Juntas, as quatro ações das duas empresas representam 23,5% da composição do principal índice de ações da BM&FBovespa.

Por normalmente serem responsáveis pelo maior giro financeiro da Bovespa, o normal é que esses papéis não tenham oscilações tão grandes no dia-a-dia, já que a grande quantidade de ofertas de compra e venda acabam “equilibrando” a oscilação de preços no pregão – se a ação subir muito, logo haverá muitos vendedores; se cair muito, surgirá mais compradores. No entanto, a efervescência dos investidores com os mercados emergentes tem colaborado para reações mais enérgicas tanto no lado da compra quanto na venda, colaborando para oscilações mais bruscas.

Colaborando para um toque de volatilidade: as ações da Petrobras chegaram a bater seus menores patamares desde 2005; já a Vale viu seus papéis recuarem 8,5% em janeiro e atingirem seu menor patamar desde agosto do ano passado.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Porém, as projeções para as duas empresas seguem em rumos opostos. Mesmo com quedas, analistas ainda apostam no papel da Vale, acreditando que a empresa tem uma sólida geração de caixa e que seus projetos de desinvestimentos tem dado resultados e mostrado o comprometimento da companhia em reduzir seus custos. Na última quarta-feira (5), o Morgan Stanley elevou sua recomendação para a Vale para compra, afirmando que os ativos da companhia estão bastante descontados.

Enquanto isso, a Petrobras gerando cada vez mais temores nos investidores. Durante esta semana, analistas chegaram a apontar que as ações da petrolífera devem atingir patamares abaixo de R$ 2,13, mostrando um forte pessimismo com a companhia. Além disso, a notícia de que a estatal adiou a apresentação de seus resultados de 2013 criaram uma especulação sobre a divulgação do Plano Estratégico da companhia e novos temores em relação ao momento da companhia.

Caminhando para mais um dia de forte oscilação, às 12h30 (horário de Brasília), as ações ordinárias da Petrobras registravam alta de 2,11%, para R$ 13,58, enquanto as preferenciais tinham alta de 1,83%, a R$ 14,47. Por outro lado, após chegarem a subir mais de 1%, os ativos ordinários da Vale operavam estáveis a R$ 34,26, enquanto os preferenciais tinham desvalorização de 0,26%, cotados a R$ 30,72. Veja abaixo o desempenho das ações das duas empresas durante esta semana:

Continua depois da publicidade

Dia Vale ON Vale PN Petrobras ON Petrobras PN
03/02 -2,78% -3,00% -4,86% -5,78%
04/02 +1,68% +1,64% +1,29% +1,73%
05/02 +2,54% +1,21% -2,33% -1,84%
06/02 +2,26% +2,87% +2,62% +2,74%

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.