Imobiliárias e B2W caem mais de 6%; apenas 1 ação sobe mais de 1% no Ibovespa

Vale recua com dados da China; Sabesp cai após 10 sessões de ganhos; HRT recua mais de 7% após conselheiros afastados encaminharem reclamações à CVM

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa figura no negativo no primeiro pregão de 2014. Às 15h08 (horário de Brasília), o índice registrava queda de 1,80%, a 50.580 pontos. Com esse desempenho, oito dos 72 papéis do Ibovespa recuam mais de 5%, com os papéis da Brookfield (BISA3, -9,57%, R$ 1,04), B2W (BTOW3, -7,53%, R$ 14,12), Eletropaulo (ELPL4, -6,52%, R$ 8,75) e Gafisa (GFSA3, -6,52%, R$ 3,30) liderando as perdas.

No caso da Brookfield e Gafisa, as ações das empresas sofrem influência da mudança da carteira do Ibovespa, já que terão suas participações reduzidas, de 1,768% para 0,6%, e de 0,418% para 0,246%, respectivamente. A carteira vigorará da próxima segunda-feira (6) até 2 de maio de 2014. Os papéis da B2W (BTOW3), que também recuam forte, sofrem do mesmo mal. As ações da varejista online deixarão o índice, assim como as ordinárias da Usiminas (USIM3, -4,64%, R$ 13,55), Oi (OIBR3, -1,66%, R$ 3,55), Vanguarda Agro (VAGR3, -2,04%, R$ 3,36) e as preferenciais da Transmissão Paulista (TRPL4, -2,82%, R$ 26,16). 

Pesadelo da ALL continua
Já a ALL vê suas ações caírem 5,18%, a R$ 6,22. A empresa passa por um pesadelo. A má fase teve seu ápice depois do descarrilamento de um trem em São José do Rio Preto (SP), que deixou um trágico saldo de oito mortos, no fim de novembro. Segundo reportagem do Valor, o governo vai realizar uma reunião na segunda-feira para discutir a complicada situação da companhia ferroviária. O encontro será na Casa Civil e contará com a participação de representantes do Ministério dos Transportes, Advocacia-Geral da União e ANTT. Além de discutir os novos investimentos que a empresa precisará fazer para evitar que toda a malha ferroviária do país fique comprometida, o governo também quer acelerar a realização dos leilões de concessão no setor. Nesta semana, reportagem do Valor informava que integrantes do governo irão discutir a situação da empresa em reunião na próxima semana.

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Suzano, Fibria e Embraer sobem com alta do dólar
Por outro lado, as ações da Suzano (SUZB5), Fibria (FIBR3) e Embraer (EMBR3) sobem 0,11%, 0,98% 1,54%, respectivamente, a R$ 9,25, R$ 27,92 e R$ 19,18, e se juntam ao time dos dez de 72 papéis do Ibovespa que operam no positivo nesta sessão. As empresas são beneficiada pela alta do dólar, já que têm 50% e 90% de suas receitas atreladas à moeda, nesta ordem. Hoje, o dólar opera com valorização ao redor de 2%, com a cotação no mercado à vista reavendo o patamar de R$ 2,40, o que não era observado desde meados de agosto do ano passado. Ainda sobre a Suzano, destaque ainda para o início das operações em sua nova unidade de produção de celulose em Imperatriz, no Maranhão. 
 

Vale recua com dados da China
Já a Vale (VALE3, -2,74%, R$ 34,73; VALE5, -2,38%, R$ 31,95) vê suas ações recuarem neste pregão, com dados fracos na China, um dos seus principais mercados. O índice de atividade dos gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do país, medido pelo banco HSBC, recuou para 50,5 na leitura final de dezembro, ante 50,8 em novembro. Acima de 50, a leitura indica retração. Embora a atividade industrial da China tenha se mantido em expansão em dezembro, os números mostram uma desaceleração sobre o mês anterior e desagradam os economistas.

Sabesp cai após 10 altas
As ações da Sabesp (SBSP3) registram seu primeiro pregão no negativo após dez altas seguidas, quando acumularam valorização de cerca de 18%. Nesta sessão, os papéis da empresa recuam 1,70%, a R$ 26,03. 

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HRT recua com indecisão no comando
Fora do Ibovespa, as ações da HRT recuam 7,69%, a R$ 0,84. A empresa inicia 2014 sem dar sinais de que conseguirá acalmar a situação em seu comando. No fim de 2013, quatro conselheiros, entre eles o fundador da petroleira, Marcio Mello, anularam a eleição do conselho fiscal, realizada em abril, e suspenderam outros dois conselheiros. As circunstâncias levaram os outros seis conselheiros da empresa a renunciarem. Dois deles, François Moreau e Charles Putz, além de um dos conselheiros fiscais afastados, Edmundo Falcão, encaminharam agora reclamações à CVM, que abriu dois processos para analisar o assunto. Nas queixas, eles afirmam que os antigos colegas de conselho tomaram decisões arbitrárias, que violaram a Lei das S.A. e o estatuto da companhia. Por conta disso, pedem que a CVM se manifeste urgentemente sobre o episódio.