Após máximas em 2013, rali em Wall Street chegou ao fim, acreditam americanos

Pesquisa da Associated Press mostra que 79% dos entrevistados esperam que a bolsa norte-americana fique entre estável e queda em 2014

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Apesar dos indícios de que a economia americana está avançando em sua recuperação pós-crise do subprime ocorrida em 2008, os investidores não parecem estar muito confiantes com o desempenho das bolsas do país no ano que vem, sobretudo após as sucessivas renovações das máximas históricas nos principais índices acionários locais.

Segundo pesquisa da Associated Press-GfK, divulgada recentemente na imprensa internacional, 40% dos entrevistados acreditam que o mercado acionário deverá ficar estável nos atuais números ao final de 2014, com 39% esperando por uma queda, mas não tão preocupante. Apenas 14% apostam em crescimento acumulado no ano que vem, enquanto outros 5% mais pessimistas acreditam em um “crash” no mercado em geral.

A pesquisa mostrou ainda que investidores comuns estão menos otimistas que os profissionais do mercado entrevistados. Enquanto alguns estrategistas do mercado esperam que as ações continuam a subir no mesmo ritmo, muitos veem um aumento nos ganhos, porém, em ritmo mais moderado. Analistas do Bank of America Merrill Lynch, por exemplo, acreditam que o índice S&P500 terminará o ano que vem aproximadamente 13% acima dos níveis atuais. Já a equipe do Wells Fargo estima alta de 7% para o índice no mesmo período. Vale destacar que o índice caminha para seu melhor desempenho anual na década, o que reforça a expectativa do mercado por um movimento de correção – até a última terça-feira (24), o S&P500 renovou seu maior patamar da história por 44 vezes ao longo de 2013.

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Em oposição ao rali que levou o principal índice da bolsa de tecnologia de Wall Street a uma alta de 162% desde seu menor patamar em março de 2009, o levantamento da Associated Press-Gfk apontou para a persistência do nervosismo dos investidores americanos em comprar e manter suas ações na carteira. Dos entrevistados, 71% consideram investir no mercado acionário arriscado, uma leve queda ante pesquisa anterior que marcou 75%, mas ainda uma nível elevado.

Sem riscos, sem ganhos
No entanto, com o baixo nível da taxa de juros no país, o que reduz os ganhos em investimentos tidos como mais seguros, muitos consideram a opção de investir na bolsa em 2014. De acordo com a pesquisa da Associated Press, 20% dos investidores dizem que planejam investir de maneira mais pesada no ano que vem, enquanto 22% devem “tirar o pé” e 57% planejam investir quantias semelhantes que as usadas em 2013.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.