Usiminas e Gafisa sobem 7%; Mais 19 ações pegam carona no repique do Ibovespa

Siderúrgica mineira avança com possível reajuste de preços; varejistas e imobiliárias subiram mais de 4%, enquanto Petrobras e Vale tiveram alta superior a 1%

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após três quedas consecutivas, o Ibovespa conseguiu fechar em alta nesta quinta-feira (5), avançando 1,14%, aos 50.787 pontos. Na ponta positiva, foram 6 ações encerrando com alta maior que 4%, com destaque para as siderúrgicas e as imobiliárias, que lideraram os ganhos da sessão.

Por outro lado, apenas 2 das 72 ações do índice caíram mais de 2% nesta quinta, com destaque para os papéis da BM&FBovespa (BVMF3, R$ 10,66, -4,57%). Vale ainda destacar, o desempenho dos ativos da TIM (TIMP3), que viraram para alta durante o dia após chegarem a recuar 3,43%, após a notícia de que o Cade determinou que a Telefónica se desfaça da sua posição direta ou indireta na companhia ou que busque um sócio para compartilhar o controle da Vivo.

Dentre os destaques positivos, as siderúrgicas ficaram com os maiores ganhos da sessão após um bom fluxo de notícias. Os papéis da Usiminas (USIM3, +4,03%, R$ 11,61; USIM5, +6,33%, R$ 13,27) ficaram na liderança do Ibovespa, diante da expectativa de aumento em torno de 12% a partir de 2014 no preço do aço para montadoras de veículos – linha que responde por cerca de 30% da receita da Usiminas. Logo atrás, aparece CSN (CSNA3, +4,40%, R$ 12,57) que ganhou impulso após ela anunciar que celebrou acordo judicial no valor de US$ 168 milhões na ação de indenização contra a SulAmérica e IRB Brasil Resseguros. O objetivo da ação era o pedido de indenização decorrente de sinistro no sistema de correias do Tecar e o colapso estrutural da Retomadora R3 e consequentes prejuízos causados. Um pouco mais distante aparecem as ações da Gerdau (GGBR4, +2,25%, R$ 18,21) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, +1,75%, R$ 22,69).

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Imobiliárias avançam após ata do Copom 
Após seguidas sessões de queda, as ações das imobiliárias voltaram a registrar alta neste pregão. Nesta manhã, o Banco Central voltou a sinalizar que o ciclo de altas na taxa Selic, atualmente em 10% ao ano, pode estar chegando ao seu final, segundo ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O setor foi bastante prejudicado durante essas altas, já que com juros maiores o consumidor tem maior dificuldade de crédito, podendo prejudicar as vendas das empresas.

Além disso, o setor é considerado mais suscetível à variações do índice, ou seja, possui um beta maior. Com isso, em sessões de queda mais forte do Ibovespa, essas ações tendem a recuar mais forte, enquanto em dias de repique, elas também acabam tendo altas mais fortes.

Entre os maiores ganhoes desta quinta, as ações da Gafisa (GFSA3) se valorizaram 7,03%, atingindo R$ 3,35. Com menos força, mas também no positivo ficaram os ativos da Rossi (RSID3, R$ 2,01, +1,01%), MRV Engenharia (MRVE3, R$ 8,79, +1,15%) e a Cyrela (CYRE3, R$ 15,27, +0,93%). 

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Varejistas também avançam
Outro setor que chamou atenção com esta alta do Ibovespa foi o varejista. Em destaque, as ações da Lojas Renner (LREN3), que apresentaram valorização de 4,17%, cotados a R$ 62,50. Na véspera, o Banco Espírito Santo iniciou cobertura da ação, com recomendação de compra. Além disso, há expectativa de que as vendas de Natal sejam um pouco melhores do que as esperadas anteriormente.

Com essa expectativa positiva para o setor neste final de ano, as ações da Cia. Hering (HGTX3, +1,84%, R$ 31,50), da Natura (NATU3, +0,24%, R$ 42,00) e Hypermarcas (HYPE3, +0,49%, R$ 18,50) também avançaram. Fora do índice, destaque ainda para a Lojas Marisa (AMAR3, +1,36%, R$ 19,31), que também ganhou força.

Petrobras e Vale sobem mais de 1%
Uma das empresas de maior participação no benchmark, a Vale (VALE3; VALE5) foi mais uma que avançou nesta sessão, ajudando o índice a subir. Os ativos ordinários da companhia subiram 1,16%, para R$ 35,63, enquanto os preferenciais avançaram 1,42%, a R$ 32,85. Nesta manhã, a mineradora realizou encontro com investidores para comentar seu programa de investimentos para o próximo ano. Enquanto isso, nesta manhã, o jornal Estado de S. Paulo afirmou que o código de mineração deverá ser votado apenas no ano que vem. Em estudo há dois anos, o código já foi enviado ao Congresso.

Outra companhia com forte participação no índice também aproveitou o dia de repique e avançou mais de 1%. A Petrobras (PETR3, R$ 16,50, +0,49%; PETR4, R$ 17,63, +1,32%) teve um dia positivo após um reflexo bastante negativo em relação ao ajuste dos combustíveis anunciados na última sexta-feira. Na semana, os papéis da companhia acumulam perdas de 9,93% para os ordinários e 7,79% para os preferenciais. Na véspera, a companhia explicou sobre sua nova política de preços e confirmou que esse reajuste não será automático.

Eletrobras esclarece sobre fim de crédito e ações sobem
Já a Eletrobras (ELET3, R$ 5,82, +2,28%; ELET6, R$ 10,24, +1,39%) prestou esclarecimentos sobre a linha de crédito com a Caixa Econômica Federal, que foi cancelada na última segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

De acordo com a companhia, a referida Linha de crédito aprovada pela Caixa apresentava condições atraentes para Eletrobras, o que permitiria uma melhor gestão dos passivos das empresas controladas pela companhia, com consequente alongamento do perfil das suas dívidas e melhoria do desempenho econômico e financeiro dessas empresas.

“Contudo, conforme informado nos comunicados ao mercado de 22 de novembro de 2013 e 02 de dezembro de 2013, a operação estava condicionada ao atendimento de condições contratuais de eficácia, cujas providências de atendimento foram interrompidas em razão da informação de cancelamento da linha de crédito”, informou a companhia.

Gradiente sobe com lançamento do novo IPHONE
As ações da Gradiente (IGBR3) registraram valorização de 1,23% nesta sessão, a R$ 4,93 – após chegar a subir 7,39% na máxima do dia. Nesta data ocorreu o lançamento oficial do seu IPHONE C600. O aparelho estava em pré-venda desde o dia 22 de novembro exclusivamente para os consumidores que se cadastravam no site da empresa.

O smartphone custa R$ 1.499, R$ 350 a mais do que a pré-venda, e conta com o sistema operacional Android 4.2.2 (Jelly Bean), tecnologia de dois chips ativos, que permite fazer ligação simultânea, tela de 5 polegadas, processador Qualcomm Snapdragon S4 Dual Core 1.4 GHz, memória interna de 8GB e câmera traseira de 13 megapixels  e frontal de 2 megapixels.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.