Prévia de carteira do Ibovespa leva 10 ações para queda; 16 papéis são destaque

MMX cai 3% após apresentar resultados atrasados do terceiro trimestre, enquanto Rossi cai 6% e atinge seu pior patamar desde 2005

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Ibovespa voltou a ter um dia negativo nesta segunda-feira (2), encerrando com queda de 2,36%, aos 51.244 pontos. Enquanto na ponta positiva apenas 2 das 72 ações do índice avançaram mais de 1%, do outro lado foram 7 ativos com queda maior do que 4%. Em destaque ficaram os papéis da Petrobras (PETR3, -10,37%, R$ 16,42; PETR4, -9,21%, R$ 17,36), que amargaram forte queda depois do anúncio abaixo do esperado do reajuste dos preços dos combustíveis.

Outra ação que ajudou na queda do benchmark foi a Vale (VALE3, -1,28%, R$ 35,41; VALE5, -0,34%, R$ 32,68), que encerraram no negativo, após o Vale Investor Day, em Nova York, onde a companhia divulgou suas perspectivas para o próximo ano, e da divulgação da nova carteira do Ibovespa.

A mineradora reduziu a produção estimada de minério de ferro para 312 milhões de toneladas e, além de aprovar um orçamento para investimentos para 2014, incluindo dispêndios de US$ 9,3 bilhões para a execução de projetos e US$ 4,5 bilhões dedicados à manutenção das operações existentes, bem como US$ 900 milhões para pesquisa e desenvolvimento. No total, os investimentos somam US$ 14,8 bilhões. O montante próximo ao estimado pela XP Investimentos, na ordem de US$ 14,5 bilhões, e 11% abaixo do anunciado em 2013, de US$ 16,3 bilhões. 

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MMX recua 3% após resultado
Já as ações da MMX Mineração (MMXM3) registraram queda 2,99%, sendo cotadas a R$ 0,65, após atingirem desvalorização mínima de 4,48% no dia, a R$ 0,64. A mineradora revelou na última sexta-feira crescimento de 1100% do prejuízo líquido no terceiro trimestre, atingindo R$ 1,21 bilhão. A companhia foi a última do Ibovespa a divulgar seu balanço.

A empresa viu uma queda de 30% no patrimônio líquido, que caiu de R$ 2,5 bilhões para R$ 1,75 bilhão. A MMX atingiu receita líquida de R$ 339 milhões, alta de 38% se comparado com o mesmo período do ano passado. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 69,8 milhões, levando a margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) para 20,6% negativos.

Nova carteira do Ibovespa mexe com ações
Em destaque nesta sessão também ficou o reflexo em relação à primeira prévia da nova carteira do Ibovespa. Chamaram atenção as ações ordinárias da Oi (OIBR3), que recuaram 4,13%, cotadas a R$ 3,71. 
Os papéis ONs da empresa de telefonia fixa e móvel foram retirados do Ibovespa, na carteira que vigorará entre janeiro e abril, enquanto os ativos preferenciais (OIBR4), que tiveram sua participação cortada de 1,282% para 0,772% no Ibovespa, registraram queda de 1,96% neste pregão, a R$ 3,50.

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Também saíram do Ibovespa as ações da B2W (BTOW3, -5,55%, R$ 13,27), Transmissão Paulista (TRPL4, -0,69%, R$ 28,80), Vanguarda Agro (VAGR3, -0,58%, R$ 3,40) e os ativos preferenciais da Usiminas (USIM3, -2,81%, R$ 11,08). Todas essas ações fecharam no negativo nesta sessão.

Por outro lado, as ações que entrarão na nova carteira do Ibovespa, a partir de janeiro, fecharam o dia com movimentos opostos. São elas: Ecorodovias (ECOR3-1,36%, R$ 14,53), Qualicorp (QUAL3-0,92%, R$ 21,59), BB Seguridade (BBSE3-0,08%, R$ 25,38), Estácio (ESTC3-0,55%, R$ 19,90) e Even (EVEN3-2,07%, R$ 8,05).

No caso da BB Seguridade, o papel também reflete o anúncio de que a empresa irá aderir ao Refis. O pagamento será à vista e permitirá redução de 100% dos juros de mora e de 100% sobre o valor do encargo legal. O montante do desembolso será de R$ 780,3 milhões e o impacto líquido no resultado será de R$ 335,6 milhões.

Rossi bate mínima de 2005
Na ponta negativa também chamaram atenção as ações da Rossi (RSID3). Os papéis caíram 6,02%, cotados a R$ 2,03, figurando entre os piores desempenhos do índice. Com essa queda, os ativos da construtora encontram-se no patamar mais baixo desde setembro de 2005. 

De 15 de outubro para cá, os papéis já recuaram aproximadamente 40%. Em 32 pregões, foram 5 altas, três dias de estabilidade e 24 quedas. 

Mesmo com maior participação, Ambev fecha em queda 
Enquanto isso, as ações da Ambev (ABEV3), que tiveram sua participação mais do que dobrada no índice, também encerraram no positivo após operarem praticamente todo o dia em alta. Os papéis registraram leve queda de 0,11%, a R$ 17,54 – após chegar a subir 0,97%, para R$ 17,73. A Ambev viu seu peso passar de 1,673% para 3,792% no índice. 

CSN sobe após perder competição por ativos da ThyssenKrupp
Ainda entre os ganhos, os papéis da CSN (CSNA3) subiram 0,42%, a R$ 11,96. A empresa perdeu a competição pelos ativos da ThyssenKrupp, que eram vistos com certa cautela pelos analistas do mercado. Além disso, a CSN anunciou adesão ao Refis.

A ThyssenKrupp vendeu a fábrica de aço para a ArcelorMittal e a Nippon Steel & Sumitomo Metal por US$ 1,55 bilhão. A ThyssenKrupp também planeja emitir ações e irá recomprar os ativos da finlandesa Outokumpu Oyi na Itália, em troca da devolução da nota de empréstimo de € 1,27 bilhões.

Kepler Weber sobe em 24 dos últimos 26 pregões
Entre as small caps, as ações da Kepler Weber (KEPL3) chamaram atenção. Os papéis subiram 0,93%, cotados a R$ 42,51.

Do dia 28 de outubro para cá, a ação caiu apenas uma vez. Foram 26 pregões, com uma queda, um dia de estabilidade e 24 altas, com ganhos superando 63% no período.  

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.