Cielo vê lucro saltar 17% e ALL lucra 43% menos; veja resultados de mais 8 empresas

Câmbio afeta lucro da BR Malls, enquanto BR Properties vê receita crescer 41% entre os meses de julho e setembro

Paula Barra

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SÃO PAULO – A temporada de resultados corporativos ganha força no início desta semana. Entre a noite da véspera até a abertura do pregão desta terça-feira, dez empresas divulgarão seus balanços trimestrais. 

Entre as empresas do Ibovespa, a Cielo (CIEL3) viu seu lucro líquido (atribuído a acionistas) crescer 17% entre os meses de julho e setembro, para R$ 689,2 milhões, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado consolidado total foi de R$ 691,2 milhões, também com avanço de 17%. A receita operacional líquida saltou 31,6%, para R$ 1,738 bilhão.

O volume financeiro de transações da empresa de meios de pagamentos, no critério mercado, totalizou R$ 113,2 bilhões, crescimento de 17,6% na mesma base de comparação. A geração de caixa da Cielo medida pelo Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 929,7 milhões no terceiro trimestre, aumento de 19%, enquanto a margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) recuou 5,6 pontos percentuais e ficou em 53,5%. 

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ALL vê lucro líquido cair 43,2%
A ALL (ALLL3) reportou um lucro líquido de R$ 60,3 milhões, uma queda de 43,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Enquanto isso, o lucro das operações ferroviárias teve queda de 48,3%, para R$ 52,1 milhões.

Enquanto isso, o Ebitda da ALL somou R$ 503,6 milhões, 3,3% superior ao mesmo período de 2012. Já a margem Ebitda consolidada ficou em 53,4%, uma leve queda em relação aos 53,8% em igual trimestre de 2012. Já a receita líquida consolidada somou R$ 934,1 milhões, alta de 4,1%. Já o resultado financeiro ficou negativo em R$ 242,2 milhões, uma alta de 8,5%. 

Câmbio afeta lucro da BR Malls
Já a BR Malls (BRML3) viu seu lucro cair quase 10% no terceiro trimestre, impactado por efeitos não caixa com câmbio e efeitos de reavaliação de propriedades de investimentos. O lucro líquido da administradora de shopping centers no período ficou em R$ 90,8 milhões, queda de 9,8% na comparação anual. Desconsiderando efeitos considerados não recorrentes, o lucro líquido ajustado foi de R$ 128,4 milhões, alta de 32,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A média das projeções obtidas pela Reuters apontava lucro de R$ 109,4 milhões de reais.

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Do lado operacional, a receita líquida cresceu 15,8%, para R$ 322,4 milhões, em linha com as estimativas de analistas. Por outro lado, os custos e despesas da companhia cresceram 30,1%, para R$ 75,1 milhões de reais.

BR Properties vê receita saltar 41%
A investidora em imóveis comerciais BR Properties (BRPR3) viu seu lucro líquido cair 65%, para R$ 89,555 milhões entre os meses de julho e setembro na comparação com o mesmo período de 2012. A empresa explica que no ano passado o lucro líquido foi impactado pelo ganho não caixa na reavaliação das propriedades em carteira. A receita líquida saltou 41%, para R$ 236,575 milhões.

O Ebitda ajustado subiu 47% no período, indo de R$ 148,297 milhões para R$ 218,151 milhões. A margem Ebitda ajustada ficou em 92%, contra 88% no mesmo trimestre do ano passado. A ABL (Área Bruta Locável) do portfólio atual da empresa cresceu 12% na mesma base de comparação. A maior parcela da carteira da empresa (63%) é destinada aos escritórios “AAA”. 

Itaúsa tem lucro de R$ 1,631 bi
A holding Itaúsa (ITSA4) divulgou lucro líquido de R$ 1,631 bilhão no terceiro trimestre, alta de 26,6% sobre o mesmo período do ano passado. A companhia, que além do banco Itaú Unibanco (ITUB4) controla as empresas Duratex (DTEX3), Elekeiroz e Itautec, informou que o resultado de julho a setembro considerou o método de equivalência patrimonial, em vez de consolidação de resultados proporcionalmente à participação detida das controladas em conjunto.

O resultado foi divulgado depois que o Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, informou lucro líquido para o terceiro trimestre de cerca de R$ 4 bilhões.  

Lucro da Even recua no 3º trimestre
Fora do Ibovespa, a construtora e incorporadora Even (EVEN3) informou que teve lucro líquido ajustado de R$ 67,4 milhões no terceiro trimestre, queda de 13,5% na comparação com o segundo trimestre. No período, o resultado operacional ajustado da companhia, medido pelo Ebitda ajustado ficou em R$ 112,2 milhões, recuo de 15,1%. 

No terceiro trimestre, a receita líquida de vendas e serviços somou R$ 566,664 milhões, o que representa uma baixa de 19,8% em relação ao segundo trimestre. Os lançamentos totalizaram R$ 393 milhões no período. A VSO (Velocidade de Vendas) foi de 16%. Nos 9 primeiros meses do ano, a empresa entregou 25 projetos que somam VGV (Valor Geral de Vendas) equivalente a 82% da expectativa para o ano.

Aumento das vendas impulsiona balanço da Marcopolo
A fabricante de ônibus Marcopolo (POMO4) registrou lucro líquido de R$ 86,9 milhões no terceiro trimestre, alta de 25,6% na comparação anual. O resultado foi “decorrente do maior volume de vendas, melhores margens, câmbio mais favorável e resultado financeiro positivo”, informou a companhia. 

Desta forma, a receita líquida consolidada da companhia alcançou R$ 975,8 milhões entre julho e setembro, 16,1% superior ao resultado um ano antes, impulsionado por um crescimento de 9,7% no volume de vendas no período. A companhia encerrou o trimestre com Ebitda de R$ 127,7 milhões, alta de 28,3% na mesma base de comparação.

Lucro da Cremer cair 46,9%
A fornecedora de produtos para cuidados com a saúde Cremer (CREM3) viu seu lucro líquido recuar 46,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 7,363 milhões. A receita líquida ficou em R$ 152,655 milhões, crescimento de 12% na mesma base de comparação.

O Ebitda totalizou R$ 20,845 milhões, avanço de 6,1%, enquando a margem Ebitda caiu 0,8 ponto percentual, para R$ 13,7%. Assim como no primeiro semestre, a empresa destacou que continuou a observar um trimestre desafiador no setor hospitalar público.

Lucro do Banco Pine atinge R$ 40 mi
O Banco Pine (PINE4) registrou lucro líquido de R$ 40 milhões no terceiro trimestre, contra R$ 47 milhões no mesmo período de 2012. A receita de prestações de serviços subiu de R$ 28 milhões para R$ 33 milhões no período.

A carteira de crédito expandida atingiu R$ 9,537 bilhões, acima dos R$ 7,444 bilhões vistos no terceiro trimestre do ano passado. Nos nove primeiros meses de 2013, o destaque foi o crescimento de 23,8% nas operações de repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de 80,9% nas operações de Fianças, comentou o banco. O ROAE (Retorno Anualizado sobre o Patrimônio Líquido Médio, na sigla em inglês) atingiu 13,4% no período, aumento de 0,5 ponto percentual sobre o ano anterior. 

Banco Pan tem prejuízo de R$ 20,5 mi
O Banco Pan (BPNM4), antigo Panamericano, registrou prejuízo de R$ 20,5 milhões no terceiro trimestre, contra lucro líquido de R$ 12,7 milhões nos três meses anteriores, mas recuo quando comparado ao prejuízo de R$ 198 milhões no mesmo período de 2012. A carteira total de crédito somou R$ 14,9 milhões, 13,2% maior do que no ano passado.

A despesa líquida de provisão para créditos de liquidação duvidosa foi 60,4% menor do que no terceiro trimestre do ano passado, para R$ 153,7 milhões. A margem financeira mostrou queda de 1,3 ponto percentual na mesma base de comparação, ficando em 12,9% no período.