OGX atinge alta de 135% em 2 dias; Localiza e Sabesp ganham força; imobiliárias caem

OGX dispara com rumor de venda de controle; Localiza sobe após ver lucro crescer 43% no terceiro trimestre; Sabesp sobe com revisão tarifária mais próxima

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa sobe pelo sexto pregão consecutivo nesta quarta-feira (16). Às 12h45 (horário de Brasília), o índice registrava alta de 1,29%, a 55.616 pontos, impulsionado principalmente pela disparada da OGX Petróleo (OGXP3) e com investidores na expectativa de um acordo de última hora em Washington para evitar que o país declare default. 

A notícia do dia é que a gestora Vinci Partners deve assumir o controle da OGX, afirmou uma fonte próxima ao caso que não quis se identificar ao InfoMoney nesta manhã. A operação, que prevê a injeção de US$ 220 milhões, será suficiente para a empresa dar início à exploração do campo de Tubarão Martelo e para o desenvolvimento do campo BS-4, comprado da Petrobras. Procuradas, a OGX e a Vinci negaram a informação. 

Com a transação, Eike Batista será fortemente diluído do capital da empresa e deixará o controle, assim como já aconteceu com outras companhias vendidas, como a Eneva, ex-MPX Energia (MPXE3), e a LLX Logística (LLXL3). Com a notícia, as ações da petrolífera avançam 35,29%, a R$ 0,46. Nos últimos dois dias, a alta acumulada do papel chegou a 135%. O rumor puxa também as ações da OSX Brasil (OSXB3), que avançam 15,07%, a R$ 0,84.

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Localiza sobe após ver lucro crescer 43%
Também chama atenção nesta sessão as ações da Localiza (RENT3), que sobem 2,50%, a R$ 36,03. O desempenho reflete a divulgação do resultado do terceiro trimestre. A maior locadora de veículos do país mostrou lucro líquido de R$ 102,1 milhões, que foi 43% maior que no mesmo período do ano passado, mas 1,3% menor que o trimestre anterior. A receita líquida foi de R$ 935,9 milhões, avanço de 16%.

Em levantamento junto a quatro instituições financeiras, Itaú BBA, Santander, JP Morgan e Bank of America Merrill Lynch, a média de receita líquida ficou em R$ 903,1 milhões, enquanto de lucro líquido foi de R$ 93,35 milhões. 

Sabesp sobe com revisão tarifária mais próxima
Na sequência, aparecem as ações da Sabesp (SBSP3), que registram valorização de 1,97%, a R$ 23,25, após atingir na máxima do dia alta de 2,46%, a R$ 23,36.

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O papel reflete a notícia de que a Assembleia Legislativa aprovou a indicação de José Bonifácio de Souza Amaral para integrar a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) no cargo de diretor de Regulação Econômico-Financeira e de Mercados, o que abre espaço para a revisão tarifária da Sabesp. A votação aconteceu ontem à noite. 

Com a aprovação, José Bonifácio está apto a assumir seu posto na agência reguladora, que voltará a ter quorum mínimo para realizar deliberações. A Arsesp está paralisada desde a metade de agosto, quando a então presidente e diretora da área de gás deixou o cargo. A recomposição do quadro permitirá que a Arsesp retome o processo de revisão tarifária da Sabesp. 

ALL sobe apesar de prévia operacional fraca
Apesar do imbróglio com a Rumo, as ações da ALL (ALLL3) operam em alta nesta sessão. Os papéis sobem 2,17%, a R$ 8,48, depois de reportar a prévia operacional do terceiro trimestre. Essa é a primeira alta depois de três quedas seguidas. 

Embora o desempenho seja positivo, para a equipe de análise da XP Investimentos, os números do período foram aparentemente fracos, com crescimento modesto do Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) na ordem de 3,3% em termos agregados. Os volumes voltaram a cair, o que é ruim, mas, em contrapartida, o yield melhorou. Segundo a corretora, “a empresa foi afetada por alguns eventos pontuais o que acabou gerando esse fraco crescimento de Ebitda”.  

Imobiliárias caem após prévia operacional decepcionar
Por outro lado, as ações da Gafisa (GFSA3) e Tecnisa (TCSA3) caem após os números operacionais do terceiro trimestre decepcionarem. Os papéis registram desvalorizações de 2,55% e 1,74%, respectivamente, a R$ 3,44 e R$ 9,58. Os dados ruins levam para baixo também os papéis da PDG Realty (PDGR3, -3,13%, R$ 2,17).

Na sequência do que foi visto com a Cyrela (CYRE3, +0,06%, R$ 16,83) na véspera, as empresas decepcionaram, principalmente, na linha de VSO (Velocidade de Vendas sobre Oferta), disse a equipe de análise da XP Investimentos. 

Os lançamentos da Tecnisa no período foram de R$ 397 milhões, volume praticamente estável em relação aos R$ 396 milhões registrado no mesmo período do ano passado, enquanto o VSO atingiu apenas 13%, bem abaixo do apresentado no terceiro trimestre de 2012, de 22%.

Já os lançamentos totalizaram R$ 498,3 milhões, uma expansão de 10,3% ante o mesmo período do ano passado. Esse volume representa 42% do ponto médio do guidance de lançamentos para o ano, de R$ 2,7 bilhões a R$ 3,3 bilhões, ou seja, mais de 50% dos lançamentos estão concentrados no último trimestre do ano, o que na visão da XP, não deve ser alcançado. O VSO alcançou 10,6% no período, contra 13,4% no segundo trimestre.

Forjas Taurus cai após resultado
Fora do Ibovespa, ganha holofote do mercado as ações da Forjas Taurus (FJTA4), que caem 2,91%, a R$ 2,00, depois de divulgar, com grande atraso, os resultados referentes ao segundo trimestre deste ano. A empresa mostrou prejuízo de R$ 101,3 milhões, ante lucro líquido de R$ 9,5 milhões no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, a companhia reportou prejuízo de R$ 89,4 milhões também revertendo o lucro de R$ 21,7 milhões de um ano antes.

Segundo a companhia, a divulgação tardia do balanço, antes previsto para 14 de agosto, ocorreu em função da Taurus ter recebido, em 12 de agosto, notificação extrajudicial com pedido de repactuação das cláusulas da negociação do contrato de compra e venda de quotas e outras avenças, relativo à alienação da controlada Taurus Máquinas Ferramenta, ocorrida em 21 de junho de 2012, face condições materiais adversas para o comprador após 14 meses de aquisição.