OGX opera no vermelho; Petrobras PN recua 1,5%; Oi sobe 21% em 6 pregões

Ainda entre os destaques, papéis de construção civil operam em queda depois de dados ruins do mês de agosto

Paula Barra

Ocean Lexington

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SÃO PAULO – Após abrir o pregão em queda e anular as perdas logo em seguida, o Ibovespa volta cair nesta sexta-feira (20), com empresas com forte participação no índice pesando sobre o seu desempenho. Às 13h07 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira recuava 1,22%, a 54.5420 pontos.

Chama atenção novamente na bolsa as ações da OGX Petróleo (OGXP3), que recuam 5,0% neste pregão, cotadas a R$ 0,38 – patamar mínimo do dia.

A empresa informou nesta manhã que o Roberto Monteiro foi destituído dos cargos de diretor financeiro e de Relações com Investidores da petroleira. Os lugares ficarão vagos até convocação de reunião do conselho de administração da empresa. 

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Segundo a coluna Radar, da Veja, a demissão foi feita depois que Monteiro bateu de frente com Ricardo K, novo comandante-chefe da EBX. A publicação aponta ainda que o momento não é bom para brigas internas, mencionando que a OGX está perto de concluir uma importante negociação de venda de 40% de participação de dois blocos de exploração da petroleira de Eike Batista. Uma operação de US$ 850 milhões. 

Do outro lado do índice, figuram as demais ações do Grupo EBX: LLX Logística e MMX Mineração. Fora do Ibovespa, as ações da OSX Brasil (OSXB3, -2,5%, R$ 0,78), CCX Carvão (CCXC3, -0,0%, R$ 1,55) e Eneva, ex-MPX Energia, (MPXE3, +1,90%, R$ 5,91) operam com sinais opostos. 

Em relação à OSX, informação da Folha de S. Paulo apontam que Eike teria pedido mais um ano para pagar os cerca de R$ 1 bilhão em empréstimo da empresa que foram tomados através dos bancos públicos Caixa e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O vencimento das dívidas ocorre em outubro, mas a empresa já teria informado que não poderia honrar os pagamentos. 

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Petrobras PN cai mais de 1%
Ajuda a puxar o desempenho negativo do índice as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que possuem cerca de 10% de participação no Ibovespa. Os papéis ordinários recuaram 2,40%, a R$ 17,52, enquanto os preferenciais registram queda de 1,30%, a R$ 18,91.

O movimento ocorre após alta na véspera, quando especulava-se que, com a decisão do Federal Reserve em adiar o Quantitative Easing 3, abriu uma fresta para que o governo de Dilma Rousseff corrigisse o preço da gasolina e do diesel. O que se comentava era que o reajuste fosse de 6% a 8% no preço da gasolina para outubro. 

Por sua vez, na noite de ontem, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgou que 11 empresas se inscreveram para o leilão do pré-sal no Campo de Libra, um número bem abaixo do esperado pelo governo. Dentre as desistências, estiveram as gigantes britânicas BP e BG, além das norte-americanas Exxon Mobil e Chevron. 

Em relatório, o Bank of America Merrill Lynch disse que há alguns fatores a serem monitorados: um dos principais é a formação de consórcios que farão parte do leilão e a participação da Petrobras no consórcio do pré-sal. 

Construção em queda
Ainda no sentido negativo, as ações do setor de construção civil operam em queda, com Even (EVEN3, -2,89%, R$ 8,39), MRV Engenharia (MRVE3, -2,67%, R$ 9,12), PDG Realty (PDGR3, -1,95%, R$ 2,52), Brookfield (BISA3, -1,72%, R$ 1,71) e Cyrela (CYRE3, -1,56%, R$ 17,03). 

Os papéis refletem os dados de construção civil em agosto, de acordo com levantamento divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O indicador relativo à atividade no setor foi de 47 pontos no mês. Na pesquisa, os resultados variam de zero a cem pontos, sendo que valores abaixo de 50 pontos indicam retração da atividade em relação ao mês anterior.  

Entretanto, segundo a equipe de análise da XP Investimentos, mesmo com a desaceleração do setor, a notícia não é tão negativa, pois agosto, historicamente, não é muito importante em termos de resultados. 

Oi PN atinge alta de 21% em 6° pregão
Já na ponta positiva do Ibovespa operam as ações da Oi (OIBR3, +2,14%, R$ 5,26; OIBR4, +2,51%, R$ 4,91) – que estão cotadas no momento próximas ao patamar mais alto do dia.

Os papéis ordinários da operadora de telefonia sobem pelo 7° pregão consecutivo e acumulam no período ganhos de 21,4%, ao passo que os preferenciais – os mais negociados na bolsa – registram alta pela 6ª sessão e registram valorização de 21,9%.