Ibovespa opera com grande instabilidade no aguardo de ata do Fomc

Índice alterna entre perdas e ganhos desde o início do pregão; ata será divulgada às 15h

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – Em uma sessão altamente instável, o Ibovespa zerou seus ganhos e chegou a operar no negativo no início da tarde, mas voltou a se segurar no positivo e vem mostrando alta de 0,07%, aos 50.544 pontos, por volta das das 13h10 (horário de Brasília) – na expectativa pela divulgação da ata da última reunião do Fomc (Federal Open Market Comittee). Na véspera, o índice fechou com queda de 2,07%, interrompendo um rali de 9 pregões positivos – a maior sequência de ganhos desde agosto de 2010.

Enquanto isso, os principais índices acionários do exterior operam em queda, com investidores apreensivos sobre o que pode ser revelado sobre o destíno dos estímulos monetários nos EUA. Por aqui, dividem a atenção dos investidores também as medidas do Banco Central para conter a valorização do dólar, indicadores negativos e o noticiário corporativo

Às 15h, as atenções dos mercados voltarão-se para os EUA, onde o Fomc divulga a ata de sua última reunião, ocorrida no final de julho. Na ocasião, o comitê indicou que o início da retirada do Quantitative Easing III, programa de estímulo monetário norte-americano que visa injetar dinheiro na economia através da compra mensal de até US$ 85 bilhões em títulos de dívida por parte da autoridade monetária, deve ocorrer ainda neste ano, uma vez que o mercado de trabalho tem mostrado melhora e que a inflação parecia estar seguindo rumo à meta. Entre as apostas sobre quando a retirada começará, grande parte do mercado acredita que será em setembro.

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Por aqui, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) mostrou avanço de 0,16% em agosto, acima da expectativa de 0,15% compilada pela Bloomberg. Contudo, o resultado acumulado em 12 meses manteve-se abaixo do teto da meta estipulada pelo governo, com inflação de 6,15% – o governo trabalha com a meta de inflação em 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Além disso, o Banco Central realizou um leilão para renovar vencimentos de contratos de swap cambial, rolando o vencimento de 20 mil contratos de 2 de setembro para 1º de abril de 2014, totalizando US$ 987,9 milhões.

Eletropaulo lidera ganhos e JBS, perdas
Entre as ações que operam em alta, MMX Mineração (MMXM3, R$ 2,32, +2,20%), Ultrapar (UGPA3, R$ 52,89, +2,98%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 22,36, +0,27%) são as únicas a operarem no positivo por toda a sessão. A MMX apresenta alta com indicações de que o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Development, estaria interessado na companhia, assim como a CSN (CSNA3, R$ 8,59, +0,23%).

Também apresentam fortes ganhos OGX Petróleo (OGXP3, R$ 0,71, +4,41%), Eletropaulo (ELPL4, R$ 7,44, +2,67%), Marfrig (MRFG3, R$ 5,98, +2,40%), BM&FBovespa (BVMF3, R$ 11,50, +1,95%), que sobem mais de 2%. A Petrobras (PETR3, R$ 16,41, +0,55%; PETR4, R$ 17,22, +0,53%) também colabora com o movimento – a companhia detém mais de 10% de participação na composição do índice.

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No lado negativo, 15 ações caem mais de 1%, com a JBS (JBSS3, R$ 7,36, -5,03%) liderando as perdas e a Vale (VALE3, R$ 35,16, -0,62%; VALE5, R$ 31,20, -0,76%)

Mais resgate na Grécia e violência no Egito
Na Europa, o noticiário local também ganha destaque sobre países em crise, com o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schaeuble afirmando, em uma palestra eleitoral, que a Grécia precisará de mais uma parcela de resgate para recuperar sua economia e a União Europeia iniciando uma reunião para discutir a violência nos protestos egípcios, que pode levar os chanceleres a decidirem pelo fim da ajuda financeira ao país, em um apelo pelo fim da violência.

Ainda sobre o Egito, na véspera o presidente norte-americano Barack Obama disse que pode suspender o repasse financeiro que faz ao país. Os EUA repassam anualmente US$ 1,3 bilhão para o setor militar egípcio. Em resposta ao presidente, o primeiro-ministro interino do país, Hazem Beblawi, disse que a suspensão será um erro que prejudicará o exército do Egito.

Nos Estados Unidos, a agenda de indicadores mostrou que o número de pedidos de hipotecas até 16 de agosto caiu 4,6%. Já a quantidade de vendas de moradias usadas em julho subiu de 5,06 milhões para 5,39 milhões, superando as expectativas do mercado, que trabalhava com um total de 5,10 milhões de casas vendidas.