Petrobras é alvo de investigação do MP; Bradesco e Telefônica pagam proventos

Também em destaque, Moody's altera perspectiva de rating da Brookfield para negativa; CVM pede mais documentos para IPO de holding da Gradiente

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após registrar a melhor sequência em três anos, o noticiário corporativo deve movimentar o Ibovespa nesta terça-feira (20). Em destaque, o Ministério Público está realizando investigações junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre irregularidades envolvendo quatro negócios da Petrobras (PETR3;PETR4), que poderiam ter causado danos aos cofres públicos.

Foi encaminhado ofício à presidente da companhia, Graça Foster, requerindo documentação sobre a compra de Pasadena, que foi adquirida por US$ 1,8 bilhão, além de um contrato com a Odebrecht. A venda da refinaria de San Lorenzo, na Argentina, e o contrato de aluguel com a Vantage Drilling Company relativo ao navio-sonda Titanium Explorer, também são alvos de investigações. O MP pediu atas e gravações de reuniões e os contratos destas negociações, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo. 

Moody’s altera perspectiva de rating da Brookfield para negativa
A agência de classificação de risco Moody’s revisou a perspectiva dos ratings da Brookfield (BISA3) para negativa, ante perspectiva estável. A agência, por sua vez, afirmou todos os ratings em Ba3 na escala global e A3.br na escala nacional.

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Segundo a agência, a alteração na perspectiva reflete os resultados operacionais da empresa abaixo do esperado durante o primeiro semestre de 2013, provocando alavancagem maior, liquidez mais apertada e métricas de crédito mais fracas, que “podem levar tempo para melhorar dado o atual ambiente de negócios desafiador para construtoras residenciais no Brasil”.

A Moody’s destaca também que o rating Ba3 continua refletindo a posição da Brookfield como uma das cinco maiores construtoras residenciais no Brasil, “com forte marca, longo histórico em incorporação imobiliária e boa diversidade em termos de oferta de produtos, que inclui apartamentos residenciais de alta e baixa renda e edifícios corporativos. O rating também considera os padrões de governança corporativa adequados da empresa e o benefício de ter a Brookfield Asset Management como o maior acionista individual”.

Por outro lado, a alta alavancagem elevada e os riscos de execução da empresa restringem os ratings, informou a agência, também restritos pelo grande banco de terrenos, que não é totalmente adequado à sua estratégia de negócios atual, e sua posição de liquidez relativamente apertada.

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A mudança da perspectiva para negativa foi provocada pelo fraco desempenho operacional da empresa durante o primeiro semestre de 2013, principalmente em função do impacto do aumento de custos e ajustes de processos internos. Esses ajustes levaram a uma alavancagem maior do que a esperada e impediram uma melhora antecipada nas métricas de crédito, as quais permanecem fracas no geral para a categoria de rating Ba3. A perspectiva negativa reflete os desafios da empresa para melhorar a rentabilidade e desalavancar o balanço rapidamente, em meio a crescentes preocupações relacionadas aos fundamentos do setor.

Com relação à dívida da construtora, a Moody’s destaca que a Brookfield possui liquidez adequada para cumprir seus compromissos operacionais, mas existe um montante significativo de vencimentos de dívida corporativa para ser refinanciado em 2014. Além disso, um rebaixamento dos ratings poderia acionar cláusulas de vencimento antecipado em contratos de dívida pública que poderiam criar pressão adicional sobre o perfil de liquidez da companhia.

CVM pede mais documentos sobre IPO de holding da Gradiente
A IGB Eletrônica (IGBR3), dona da Gradiente, informou ao mercado que o pedido de registro de companhia aberta da HAG Participações continua em processamento, tendo a companhia recebido no dia 16 de agosto novo ofício para que sejam complementadas as informações e documentos apresentados em 31 de julho. 

A HAG está envidando esforços para entregar tempestivamente a documentação solicitada”, destaca a IGB, que prestou esclarecimento ao mercado em cumprimento à publicação do DOE emitida no processo de sua recuperação extrajudicial.  

Lupatech presta esclarecimentos à BM&FBovespa
A Lupatech (LUPA3) informou, em complemento à resposta ao ofício em referência publicado em 2 de agosto, que a Allitex Comercial de Peças para Tratores, 
apresentou à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Capital, em 07 de agosto de 2013, pedido de desistência da ação de falência por ela ajuizada, em razão da assinatura de acordo extrajudicial para a regularização do débito.

Fama Investimentos diminui participação na Portobello
A Portobello (PTBL3) informou ao mercado que a Fama Investimentos, por meio dos seus fundos de investimento, diminuiu a participação na companhia para 21,46% do total das ações ordinárias, o que corresponde a 34,13 milhões de papéis.

Telefônica comunica pagamento de juros sobre capital próprio
A Telefônica Brasil (VIVT4) comunicou que o seu Conselho de Administração, em reunião realizada em 19 de agosto de 2013, deliberou, o crédito de juros sobre capital próprio relativos ao exercício social de 2013 no montante bruto de R$ 220 milhões. 

O valor corresponde a R$ 0,183721812907 por ação ordinária e de R$ 0,202093994198 por papel preferencial. O crédito dos juros sobre capital próprio será realizado de forma individualizada a cada acionista, com base na posição acionária constante nos registros da Companhia ao final do dia 30 de agosto de 2013, inclusive. Após esta data as ações serão consideradas “ex-juros”. O pagamento desse provento será iniciado em data a ser definida pela Diretoria da Companhia.

Bradesco também anuncia pagamento de juros
O Bradesco (BBDC4) anunciou os valores de pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao mês de setembro de 2013. O valor será de R$0,018817992 por ação ordinária e R$0,020699791 por ação preferencial, àqueles acionistas inscritos nos registros da sociedade em 2 de setembro de 2013. Assim, os papéis passarão a ser negociados ex-direito a juros a partir de 3 de setembro. O pagamento será realizado em 1 de outubro. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.