Investigação na China é mais novo revés enfrentado pelo JPMorgan

SEC questiona presidente do banco sobre suborno com filhos de altos funcionários chineses

Reuters

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NOVA YORK – Uma investigação federal sobre suborno para verificar se o JPMorgan contratou filhos de altos funcionários chineses para ajudá-lo a fechar negócios é apenas a última de uma série de dores de cabeça legais e regulamentares para o presidente-executivo do banco, Jamie Dimon.

Dimon comandou o banco durante a crise financeira, mas agora enfrenta pelo menos uma dúzia de investigações de agências estatais e governos federais, incluindo acerca do escândalo de operações batizado de “London Whale”, que custou mais de 6,2 bilhões de dólares.

Na mais recente investigação, a reguladora de mercados dos Estados Unidos, a SEC, avalia se a unidade do banco em Hong Kong contratou filhos de chefes poderosos de empresas estatais na China com o propósito expresso de obter negócios de subscrição e outros contratos, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

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A SEC questiona as relações do JPMorgan com pelo menos duas famílias na China, disse a fonte.

As leis dos EUA não impedem as empresas de contratarem executivos politicamente bem relacionados. Mas a contratação de pessoas com o objetivo de ganhar um negócio de parentes pode ser interpretada como suborno.

A porta-voz da SEC, Florence Harmon, não quis comentar a investigação. Uma porta-voz da unidade de Hong Kong do banco também não quis comentar.

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Qualquer que seja o resultado da investigação, o tempo de Dimon está sendo cada vez mais gasto em assuntos regulatórios.

Procuradores federais nos EUA fizeram acusações na quarta-feira contra dois antigos operadores do JPMorgan, acusando a dupla de deliberadamente subestimar as perdas no escândalo “London Whale”.

A SEC está buscando uma admissão de irregularidades do banco em uma ação civil paralela, em um passo raro para a agência do governo.

No início do mês, o banco revelou que enfrentava acusações civil e criminal paralelas do Departamento de Justiça da Califórnia sobre títulos de hipoteca vendidos antes da crise financeira.

No mês passado, o banco concordou em pagar 285 milhões de dólares em multas e devolver 125 milhões de dólares em lucros com operações em um acordo com a Comissão Federal de Energia por acusações de manipulação do mercado de energia. O JPMorgan não negou nem admitiu as acusações.

(Por David Henry)