Pivô, volume e “zeragem” de estrangeiros: é hora de ir às compras na bolsa?

Analista técnico destaca a confirmação de um pivô de alta no gráfico diário do Ibovespa, o que abre perspectivas para que o índice busque os 52.400 pontos

Paula Barra

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SÃO PAULO – A arrancada do Ibovespa nos últimos dias foi recebida com bons olhos pelos analistas. A expectativa é que o mercado comece a trilhar dias melhores daqui para frente. A compreensão de uma reversão da tendência negativa, após acumular queda de 18,17% no ano, é baseada em três frentes: um pivô de alta no Ibovespa, forte volume e a zeragem de contratos futuros por parte dos estrangeiros. 

A primeira delas deve-se ao fechamento do pregão desta sexta-feira (9). Com alta de 1,93%, o índice conseguiu ultrapassar um importante patamar e encerrar a 49.874 pontos. Esse “empurrão”, que levou o índice a registrar seu terceiro pregão no positivo, foi visto como decisivo. Isso porque a região dos 49.700 pontos era tida como relevante para determinar o caminho do Ibovespa nos próximos dias.

Com base na análise técnica, o índice rompeu um pivô de alta, sinalizando uma clara reversão da tendência baixista. “Isso abriu um caminho livre do Ibovespa até a região dos 52.400 pontos. Patamar que serviu de suporte para o índice em julho de 2012 e em abril deste ano”, explicou o analista gráfico Fábio Figueiredo, escola de grafistas Leandro & Stormer. 

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Segundo ele, não apenas o índice que sinaliza dias melhores. As ações da Vale (VALE3; VALE5) reverteram a tendência nos últimos dias e a Petrobras (PETR3; PETR4) está na iminência de seguir o mesmo movimento.

O segundo ponto que ajuda a fortalecer a crença de dias melhores é o forte volume que o Ibovespa vem registrando nos últimos dias, comenta Figueredo. Neste pregão, por exemplo, o índice encerrou com um giro diário de R$ 8 bilhões, bem acima da média dos últimos 21 pregões, de R$ 5,75 bilhões.

Por fim, o terceiro ponto é a sinalização de que os investidores estrangeiros “zeraram” suas posições vendidas em contratos futuros de Ibovespa. A posição vendida, que chegou a ser mais de 165.559 mil contratos no fim do mês passado, chegou a apenas 518 contratos na última quinta-feira, última atualização da BM&FBovespa. Esse tipo de contrato funciona como uma aposta sobre a pontuação futura do índice: quem está comprado ganha dinheiro conforme ele sobe e quem está vendido recebe por perdas, no ajuste diário.

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Com isso, fica cada vez mais claro a mudança de percepção dos investidores estrangeiros, que estão diminuindo suas apostas em quedas na Bovespa. Essa percepção é importante para a tomada de decisão de investimentos pela forte participação que os “gringos” possuem na Bovespa: segundo os dados mais recentes da bolsa, os estrangeiros responderam por 44% do fluxo negociado na Bovespa em julho – prontificando os investidores a acreditarem que suas apostas são “profecias autorealizáveis”. 

Gráfico do Ibovespa em 2013; destacado em azul o momento da confirmação do pivô de alta.

Ibovespa 9 de agosto