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SÃO PAULO – Duas empresas que compõem o Ibovespa divulgarão resultados entre a noite da véspera e a manhã desta quinta-feira (25), reportando números que surpreenderam de forma positiva, ainda que ligeiramente, as projeções do mercado: a Klabin (KLBN4) e a Natura (NATU3).
Na véspera, a Natura comunicou ter lucrado mais que o esperado pelo mercado no segundo trimestre, com seus resultados internacionais compensando vendas decepcionantes no Brasil.
A empresa teve um lucro líquido de R$ 240,2 milhões entre abril e junho, alta de 11,7% ante os R$ 215,1 milhões apurados um ano antes. O resultado ficou acima da média das expectativas de analistas obtidas pela Reuters, que apontava lucro de 213,7 milhões de reais no período.
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A receita líquida total da companhia cresceu 6,7% no trimestre, a R$ 1,715 bilhão em linha com as previsões, apoiada no avanço de 36 por cento nas vendas líquidas das operações internacionais. No Brasil, a receita líquida subiu apenas 1,1%, a R$ 2,28 bilhões.
Com isso, o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), somou R$ 409,9 milhões, avanço anual 4,7%, mas também acima da previsão média de analistas, de R$ 391,3 milhões. No Brasil, o Ebitda proforma caiu 1,6%.
Segundo a companhia, a menor frequência de pedidos das consultoras, especialmente em junho, prejudicou o resultado.
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No exterior, por outro lado, a Natura viu continuidade do crescimento acelerado, em meio à expansão da base de consultoras e do aumento da frequência de compra. A fatia das operações internacionais da receita líquida do grupo aumentou de 10,8 para 14 por cento na comparação anual.
Segundo a companhia, o resultado mais fraco no país no trimestre deve ser revertido na segunda metade do ano. “Teremos uma aceleração no segundo semestre. Além de lançamentos, que serão relevantes para a cesta de compra de nossos consumidores e para aumentar a frequência das nossas consultoras, vamos intensificar os investimentos em marketing”, disse a jornalistas o vice-presidente de Finanças e Relações Institucionais, Roberto Pedote.
Klabin: prejuízo menor do que o esperado
Já a fabricante de papel Klabin encerrou o segundo trimestre com um prejuízo líquido de R$ 130 milhões, devido aos impactos da valorização do dólar ante o real em sua dívida, informou a empresa nesta quinta-feira.
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Ainda assim, o valor representa uma redução ante as perdas de R$ 184 milhões registradas em igual período de 2012 e veio melhor que a expectativa de prejuízo de R$ 187 milhões calculada pela média de estimativas de três analistas do setor.
Segundo a Klabin, a dívida líquida consolidada totalizou R$ 3,437 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 3,136 bilhões no primeiro e R$ 3,014 bilhões no período de abril a junho de 2012.
“A variação da taxa de câmbio elevou a dívida em moeda estrangeira”, afirmou a maior produtora de papel para embalagens do Brasil no balanço. “Com a alta volatilidade do dólar durante o trimestre, as variações cambiais líquidas foram negativas em 354 milhões de reais”, acrescentou a companhia, citando efeitos contábeis e sem efeito caixa significativo no curto prazo.
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O Ebitda ajustado, por sua vez, cresceu 10% na mesma base de comparação, totalizando R$ 309 milhões, enquanto a margem passou de 27 para 28%. Na comparação com os três primeiros meses de 2013 houve queda de quase 20% no Ebitda. Já a receita líquida somou R$ 1,094 bilhão no segundo trimestre, uma alta de 6% sobre igual período de 2012.
(com Agência Reuters)