Usiminas e Braskem despencam; Gafisa sobe mais de 4%; empresas “X” viram para alta

Ações da Usiminas lideram as perdas do Ibovespa, seguidas por Petrobras e Vale; Eletropaulo sobe com "short squeeze"

Paula Barra

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SÃO PAULO – Após “suspiro” dado na sessão anterior, o Ibovespa volta a cair nesta sexta-feira, figurando pela quinta vez no negativo em seis sessões. Às 12h44 (horário de Brasília), o índice registrava queda de 0,66%, a 45.460 pontos. 

Colaboram para o movimento negativo algumas blue chips com forte participação no índice. É o caso da siderúrgica Usiminas (USIM3, -7,07%, R$ 7,10; USIM5, -7,64%, R$ 6,77), Vale (VALE3, -3,97%, R$ 28,30; VALE5, -3,52%, R$ 26,02) e Petrobras (PETR3, -5,63%, R$ 13,75; PETR4, -4,76%, R$ 15,20). Juntas, essas seis ações respondem por quase 25% do Ibovespa.

Também entre as maiores baixas, as ações da Braskem (BRKM5) despencam 7,12%, sendo cotadas a R$ 15,79. Papéis reagem a notícia divulgada por O Estado de S. Paulo, informando que o governo deve cortar as alíquotas do imposto de importações para aço, resinas, vidro, painéis de parade, borracha, plásticos, alumínio e outros insumos industriais. 

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Empresas “X” viram para positivo
As ações do Grupo EBX voltam a chamar atenção neste pregão, com destaque para as da OGX Petróleo, que após caírem 8,51%, a R$ 0,43, passaram para alta de 6,38%, a R$ 0,50 – a maior do Ibovespa. 

Mesmo movimento foi visto com os papéis da MMX Mineração (MMXM3), que após caírem 10,0%, sendo cotadas a R$ 1,26, sobem 0,71%, a R$ 1,41, assim como os da LLX Logística, que depois de despencarem 7,14%, operam próximos a estabilidade. 

Já fora do Ibovespa, os papéis da CCX Carvão (CCXC3) e MPX Energia (MPXE3) registram altas de 1,49% e 4,08%, respectivamente, a R$ 0,68 e R$ 7,40. A exceção fica com as ações da OSX Brasil (OSXB3), que caem 2,86%, a R$ 1,02.

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Entre as notícias, a mineradora de Eike Batista informou na noite da véspera que está suspendendo por seis meses, com início em julho de 2013, a produção de minério de ferro da Unidade de Corumbá. A medida, segundo comunicado, decorre da estratégia da empresa de otimizar a alocação de capital e maximizar o valor para seus acionistas. 

Já a OSX esclareceu ao mercado que segue trabalhando de modo firme na implementação de seu plano de negócio, exatamente na forma como foi detalhado em 17 de maio. Diante disso, a empresa afirmou que as obras do estaleiro não estão e nem serão paralisadas, enquanto descartou a possibilidade de recuperação judicial da subsidiária OSX Construção Naval, empreendedora do estaleiro.

Gafisa sobe mais de 3% após BTG recomendar compra
Do lado positivo, as ações da Gafisa lideram os ganhos do Ibovespa, com alta de 3,77%, a R$ 2,75, após ter atingido valorização máxima de 7,17%, sendo cotadas a R$ 2,84.

Os papéis refletem a elevação da recomendação do BTG Pactual para os papéis da construtora, de neutra para compra, assim como o preço-alvo, que passou de R$ 4,40 para R$ 4,60 – configurando um potencial de valorização de 73,58% para os próximos doze meses em relação ao fechamento da véspera.

Em relatório, os analistas Marcello Milman e Gustavo Cambauva disseram que desde do anúncio, no último mês, da venda da Alphaville, as ações da Gafisa já caíram mais de 35%, mais do que seus pares, o que as deixa numa posição interessante de compra.

Eletropaulo atinge alta superior a 5%
As ações da Eletropaulo (ELPL4) chegaram a subir 5,17% nesta sessão, sendo cotadas a R$ 6,10 no patamar máximo do dia. Por volta das 11h40 (horário de Brasília), as ações mostravam valorização de 3,79%, a R$ 6,02. 

Segundo operador de mercado consultado pelo InfoMoney, essa alta “exagerada” para o papel deve-se ao movimento conhecido como “short squeeze”, que ocorre quando há escassez de determinada ação no mercado para ser alugada, o que faz com que os investidores que estão posicionados vendidos no papel busquem fechar suas posições (ou seja, comprar essas ações), provocando uma alta no preço desses ativos. 

De acordo com os dados da BM&FBovespa, atualizado no fechamento da véspera, o número de aluguel de Eletropaulo atingiu 37.151.466 ações, patamar bem próximo ao limite estabelecido pela bolsa, de 37.321.872 ações, o que representa cerca de 35% dos papéis em circulação em mercado.