Ibovespa sobe 1% e busca 3º dia de alta; apenas 7 ações operam em queda

Empresas do grupo X, B2W, Light e Gerdau operam entre as maiores altas do índice; BC corta projeção do PIB e eleva estimativa de inflação para 2013

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – O Ibovespa sobe e tenta registrar seu terceiro pregão consecutivo em alta. Na cotação das 10h32 (horário de Brasília), o principal índice de ações da bolsa brasileira registrava alta de 1,13%, a 47.705 pontos. O movimento intensifica os ganhos da véspera, quando o benchmark da bolsa brasileira subiu 0,59%, a 47.171 pontos.

O movimento altista acompanha a trajetória das bolsas internacionais e “ignora” o noticiário desfavorável no front doméstico. Por aqui, o Banco Central divulgou seu relatório trimestral de inflação, apontando menor projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Para o BC, a economia nacional deve crescer 2,7% neste ano, ante estimativa anterior de 3%. Já a inflação deve acelerar para 6% ao final do ano, ante expectativa anterior de 5,7%.

Entre os destaques de desempenho desta sessão, mais uma vez figuram as ações do Grupo EBX, de Eike Batista. Com notícias sobre a EBX não ser mais holding após a reestruturação da dívida das empresas e as negociações para venda da MMX Mineração (MMXM3, R$ 1,72, +2,99%), os ativos apresentam alta, com LLX Logística (LLXL3) em destaque, subindo 4,80% a R$ 1,31. Na sessão anterior a ação valorizou 25%. A OGX Petróleo (OGXP3, R$ 0,95, +2,15%) também sobe após forte alta na véspera (+12,05%).

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Ainda entre as maiores altas, estão a Light (LIGT3, R$ 15,65, +4,26%), B2W (BTOW3, R$ 7,00, +3,09%), Gerdau (GGBR4, R$ 12,38, +3,00%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 15,54, +2,91%). As blue chips Vale (VALE3, R$ 28,84, +1,37%; VALE5, R$ 27,07, +1,20%) e Petrobras (PETR3, R$ 14,91, +0,74%; PETR4, R$ 16,23, +0,50%) também colaboram para um movimento positivo do índice – juntas, as duas empresas respondem por mais de 20% de participação no índice.

No lado negativo, apenas 7 das 71 ações do Ibovespa operam no vermelho na cotação atual. As maiores quedas ficam novamente com as empresas mais voltadas à exportação, como Marfrig (MRFG3, R$ 7,27, -2,15%), Fibria (FIBR3, R$ 23,84, -0,96%) e JBS (JBSS3, R$ 6,18, -0,80%). Todas elas ainda acumulam ganhos significativos em junho, repercutindo a disparada do dólar no período.

Temores perdem força
Os mercados internacionais que ganham forças à medida que os temores acerca da retirada de estímulos nos Estados Unidos vão perdendo forças e o Ibovespa acompanha o movimento, apesar das referências negativas no país.

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Além disso, a China, que veio assombrando os investidores nos últimos dias, trouxe um sinal positivo para o mercado, com o lucro das indústrias do país tendo registrado alta de 15% na comparação entre maio de 2012 e de 2013.

Indicadores dos EUA
Nos EUA, o Initial Claims registrou 346 mil pedidos de auxílio-desemprego. O resultado veio levemente pior que o esperado, já que a expectativa era de 345 mil pedidos. Na semana anterior, foram feitos 355 mil solicitações.

Já o Personal Income, que mostra a renda das famílias norte-americanas, subiu 0,5% em maio, número maior do que o esperado (0,2%) e do que o registrado no mês anterior (0,1%). O Personal Spending, que registra os gastos das famílias subiu pouco menos do que a expectativa, com 0,3%, ante projeções de 0,4% e queda de 0,3% em abril.

Nesta manhã, também foi divulgado o Núcleo do PCE (Personal Consumption Expenditures), considerada uma das medidas de inflação preferidas do Fed. O indicador registrou alta de 0,1% em maio, em linha com as expectativas.

Referências internacionais
Nas bolsas internacionais, o índice Nikkei do Japão fechou o pregão em alta de 2,96%, registrando maior variação positiva em 13 sessões. Na Europa, o dia é de leve alta. No velho continente, União Europeia aprovou plano que estipula que acionistas, detentores de títulos e depositantes com mais de 100 mil euros dividam o fardo de salvar um banco em condições problemáticas. Ainda por lá, o índice de confiança econômica da Comissão Europeia subiu para 91,3 pontos em junho – maior nível desde maio de 2012 – contra expectativas do mercado de melhora para 90,3.

Índice de preços no Brasil
Pela manhã, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercados) de junho, que registrou avanço de 0,75%, após estabilidade no mês anterior e em linha com as expectativas de 0,76% de alta.

Já o IPP (Índice de Preços ao Produtor) desacelerou a alta para 0,28% em maio, ante avanço de 0,40% no mês anterior. No acumulado do ano o indicador apresenta alta de 0,27%.

No Brasil, ainda serão divulgados o Resultado do Governo Central, divulgado pelo Tesouro Nacional e o indicador de Perspectiva de Crescimento do Serasa.