Temendo corte de rating, Ibovespa cai mais de 1%, com 60 ações do índice em queda

Perspectiva negativa anunciada pela S&P faz índice brasileiro ir na contramão das bolsas internacionais, que sobem com relatório de emprego melhor que o esperado

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – O Ibovespa inicia o pregão desta sexta-feira (7) em queda, impulsionado pelo pessimismo do mercado após o Standard&Poor’s revisar a perspectiva para o rating do Brasil para negativa. Às 10h32 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira apresentava queda de 1,19%, a 52.254 pontos, após cair 1,62% a 52.029 pontos na mínima do dia. O principal índice acionário brasileiro destoa dos mercados internacionais, que apresentam alta após o relatório de emprego norte-americano indicar melhora no mercado de trabalho.

O rebaixamento feito pelo S&P também afeta as estatais, como Petrobras (PETR3, R$ 17,93, -1,05%PETR4, R$ 19,14, -1,64%) e Eletrobras (ELET3, R$ 5,17, -4,08%; ELET6, R$ 9,18, -3,37%) – que também tiveram a perspectiva revisada para negativa.

Neste momento, mais de 60 das 71 ações do índice operam no vermelho. Destaque para Cetip (CTIP3, R$ 23,15, -3,26%), Rossi Residencial (RSID3, R$ 3,45, -3,09%) e Oi (OIBR3, R$ 5,11, -2,67%).

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Relatório de emprego dos EUA
Nos EUA, o relatório de emprego trouxe ânimo para os investidores. O país criou 175 mil postos de trabalho em maio, quantidade acima dos 159 mil projetados pelo mercado, e dos 149 mil vistos no mês anterior, segundo dados revisados. Já a taxa de desemprego subiu para 7,6% na passagem mensal, enquanto a expectativa era de que a taxa permanecesse em 7,5%, revela o Relatório de Emprego. Com o indicador positivo, os contratos futuros norte-americanos operam em alta.

O documento possui tamanha importância no mercado uma vez que os indicadores de trabalho são a base para o Federal Reserve avaliar a economia local. Com o resultado, crescem as expectativas sobre o início de retirada do programa de compra de títulos do Fed, o Quantitative Easing 3.

Europa vira com relatório de emprego
Após operarem no território negativo por boa parte da manhã, as ações europeias viraram e registram ganhos após o relatório de emprego norte-americano apontar dados melhores do que o esperado.

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No Velho Continente, a sessão era marcada pelo pessimismo com indicadores. Na Alemanha, a produção industrial subiu mais do que o esperado, com 1,8% e a balança comercial ficou positiva em € 17,7 bilhões. Por outro lado, o Budensbank diminuiu sua projeção para a economia alemã. O Banco Central espera crescimento de 0,3% em 2013, ante expectativa anterior de 0,4%. Para 2014, a projeção caiu de 1,9% para 1,5%.

IPCA desacelera em maio
Nesta manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) referente a maio, com resultado em linha com as expectativas do mercado. O índice desacelerou a alta de 0,55% vista em abril para 0,37%. No acumulado do ano, a inflação acumula 2,88% e nos últimos 12 meses, 6,50%, exatamente o teto da meta estipulada pelo governo.