Com Marfrig na ponta positiva, Ibovespa fecha sessão praticamente estável

Em dia morno para o mercado em função do feriado nos EUA e no Reino Unido, índice fechou em leve queda de 0,02%

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em movimento parecido com os dois últimos pregões, nos quais o Ibovespa fechou com pouca oscilação, o benchmark brasileiro abriu essa semana em um clima morno, fechando com leve queda de 0,02%, aos 56.395 pontos, perdendo forças nos minutos finais. O giro financeiro foi de R$ bilhões.

O dia contou com poucas referências no cenário internacional, uma vez que as bolsas nos Estados Unidos e no Reino Unido estiveram fechadas por conta do feriado, o que tira da bolsa local a participação dos investidores estrangeiros. Atualmente, eles são responsáveis por mais de 40% do volume médio diário movimentado na Bovespa em, segundo dados da BM&FBovespa com referência até o dia 23.

Entre as maiores altas, destaque para os frigoríficos e as imobiliárias, com a Marfrig (MRFG3, R$ 7,97, +3,37%) e a JBS (JBSS3, R$ 7,02, +1,74%) registrando ganhos. PDG Realty (PDGR3, R$ 2,70, +3,05%), Brookfield (BISA3, R$ 2,07, +2,99%) e Rossi Residencial (RSID3, R$ 4,00, +2,30%) também tiveram os maiores ganhos do índice. Já outra imobiliária esteve na ponta negativa: a MRV Engenharia (MRVE3, R$ 7,60, -2,81%). As ações PN da Eletrobras (ELET6, R$ 11,15, – 2,62%), LLX Logística (LLXL3, R$ 1,97, -2,48%) e OGX Petróleo (OGXP3, R$ 1,75, -2,23%) também tiveram queda superior a 2%. 

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As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:

 Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 MRFG3 MARFRIG ON 7,97 +3,37 -6,01 16,19M
 PDGR3 PDG REALT ON 2,70 +3,05 -18,43 95,46M
 BISA3 BROOKFIELD ON 2,07 +2,99 -39,47 10,74M
 RSID3 ROSSI RESID ON 4,00 +2,30 -12,09 14,68M
 MMXM3 MMX MINER ON 2,23 +2,29 -49,89 7,46M

As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:

 Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 MRVE3 MRV ON ED 7,60 -2,81 -34,08 19,58M
 ELET6 ELETROBRAS PNB EJ 11,15 -2,62 +26,11 12,31M
 LLXL3 LLX LOG ON 1,97 -2,48 -17,92 6,29M
 OGXP3 OGX PETROLEO ON 1,75 -2,23 -60,05 115,57M
 HGTX3 CIA HERING ON 42,30 -1,95 +2,57 24,01M

As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :

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 Código Ativo Cot R$ Var % Vol1 Neg 
 VALE5 VALE PNA 30,25 +0,33 161,05M 6.711 
 PETR4 PETROBRAS PN 19,94 -0,55 115,83M 9.001 
 OGXP3 OGX PETROLEO ON 1,75 -2,23 115,57M 18.782 
 ITUB4 ITAUUNIBANCO PN EB 32,74 -0,43 112,02M 4.417 
 BBDC4 BRADESCO PN 34,15 -0,58 102,16M 3.891 
 ITSA4 ITAUSA PN 9,47 -0,32 100,67M 8.391 
 PDGR3 PDG REALT ON 2,70 +3,05 95,46M 18.940 
 BVMF3 BMFBOVESPA ON EDJ 14,37 +0,49 55,48M 7.171 
 CIEL3 CIELO ON 54,50 +0,02 48,54M 3.855 
 HYPE3 HYPERMARCAS ON 17,60 +1,15 38,82M 3.293 

* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
 

Calmaria pode mudar nas próximas sessões
Contudo, toda essa tranquilidade pode mudar nas próximas sessões da semana, tendo importantes referências econômicas por aqui e na Ásia, além de discursos sobre autoridades dos EUA. Dando uma pitada a mais de volatilidade na Bovespa, teremos a atualização do índice MSCI Brazil, que passará a vigorar a partir de junho.

Brasil: Copom e PIB
No ambiente nacional, os investidores aguardam a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima quarta-feira (29), que pode sinalizar um avanço na meta da Selic para 7,75% ao ano, segundo mediana das projeções econômicas divulgadas no boletim Focus nesta segunda-feira. O aumento na taxa de juros torna o investimento em renda fixa mais atraente, o que pode provocar uma migração de investimentos da renda variável.

Ainda na quarta-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresenta o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, analisando como está o crescimento da economia brasileira.

Discursos de autoridades do Fed movimentam EUA
Nos EUA, chama a atenção dos investidores os discursos de membros do Federal Reserve. Desde a semana passada, o pronunciamento de autoridades norte-americanas têm alimentado a possibilidade do Fed iniciar a retirada de seu programa de compra de ativos, o Quantitative Easing 3.

A ata da última renião do Fomc (Federal Open Market Committee, na sigla em inglês), também divulgada na semana anterior, destacou a divisão entre os membros do comitê, com alguns expressando disposição em diminuir a quantidade de estímulo já em junho e outros achando melhor esperar a economia se firmar primeiro antes de retirar o programa.

O primeiro discurso será o de Eric Rosengren, presidente do Fed de Boston na quarta-feira, seguido pelos Feds de São Francisco, Kansas e Dallas. Ainda nesta semana, os norte-americanos estarão atentos às palavras de Paul Volcker, ex-presidente do Federal Reserve e conselheiro de Barack Obama.

Desaceleração chinesa ainda em foco
A China não entra no calendário de indicadores desta semana, mas continua em foco após assustar os mercados com produção industrial menor do que a esperada na última quinta-feira (23). Digerindo a sinalização de enfraquecimento do gigante asiático, o JP Morgan rebaixou sua estimativa de crescimento para o PIB chinês em 2013, de 7,8% para 7,6%.

Como a empresa com maior participação na composição do Ibovespa é a Vale (VALE3VALE5), qualquer sinalização da China – maior importadora de minério de ferro do mundo e principal cliente da mineradora – acaba tendo um impacto direto no desempenho do benckmark brasileiro.

Japão: Fim do rali?
Ainda na Ásia, a quinta-feira terá diversos indicadores econômicos japoneses, com dados de emprego e do setor industrial. O país chama atenção por ter alavancado seu principal índice acionário acima dos 15 mil pontos, nível não visto desde meados de 2008.

Após o forte rali, o índice Nikkei do Japão apresentou fortes quedas na última semana e desvalorizou mais de 3% nesta segunda-feira, voltando atualmente para perto dos 14 mil pontos.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.