Ibovespa abre em queda, em dia agitado para os mercados acionários

Situação política na Itália pressiona, enquanto investidores ainda esperam por discurso de Bernanke e resultados de empresas brasileiras

Fernando Ladeira

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SÃO PAULO – Em uma terça-feira (26) agitada, quando os mercados europeus são pressionados pelas eleições na Itália e os investidores ainda aguardam pelo discurso de Ben Bernanke e resultados de grandes empresas brasileiras, o Ibovespa inicia o pregão em queda.

Segundo cotação das 10h04 (horário de Brasília), o principal índice acionário da bolsa registra perdas de 1,01%, aos 56.047 pontos. Mais uma vez, as ações da OGX Petróleo (OGXP3), entre as quatro mais relevantes do índice, voltam a pressionar.

Depois da forte queda de quase 9% na véspera, o papel abre com perdas de 3,06%, aos R$ 3,17. A MMX (MMXM3), outra empresa do grupo de Eike Batista, aparece como a maior queda do índce: recuo de 3,23%, aos R$ 3,30.

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Completam a lista de maiores perdas do índice nesta manhã as ações da Gafisa (GFSA3, R$ 4,04, -3,12%), Rossi Residencial (RSID3, R$ 3,34, -2,62%) e Bradesco (BBDC4, R$ 34,83, -2,11%).

Por aqui, a atenção ainda se volta para a temporada de resultados trimestrais. À noite serão reportados os números da OdontoPrev (ODPV3), Lojas Renner (LREN3), AES Tietê (GETI4) e Eletropaulo (ELPL4), enquanto na próxima manhã sairão os números da Ambev (AMBV4).

Também ganha destaque no noticiário a queda da taxa de desemprego para 5,4% em janeiro deste ano, a menor para o primeiro mês do ano desde o início da série histórica, em 2002. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Nos EUA, contudo, os contratos futuros operam no campo positivo. Os investidores ainda aguardam com atenção o discurso de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve. Marcado para as 12h00, esse será o primeiro comentário de Bernanke desde a ata do Fomc (Federal Open Market Committee) sinalizar uma retirada dos estímulos à economia antes da hora.

No mesmo momento, os EUA revelarão os dados de vendas de novos imóveis em janeiro e de confiança do consumidor em fevereiro.

Itália derruba mercados europeus
O ponto negativo do dia fica por conta da Itália. A bolsa por lá se destaca com um recuo de 4,15%, como mostra o índice FTSE MIB. O Partido Democrático,
de centro-esquerda e liderado por Pier Luigi Bersani, conseguiu o controle da Câmara nas eleições que começaram no fim de semana, mas não do Senado. Com isso, pode surgir um governo de coalizão com Silvio Berlusconi, já que a legislação só será aprovada com o aval nas duas casas do Parlamento.

Com a preocupação de uma escalada da crise na região, os outros mercados europeus também caem. O DAX, da Alemanha, marca perdas de 1,43% nesta terça-feira.