Resultado da Natura decepciona; Cosan e Cielo veem lucro aumentar no trimestre

Ainda entre os destaques, família Klein convida diretor da Via Varejo para comando do conselho de administração da companhia; TIM decide hoje quem comandará companhia a partir de 4 de março

Paula Barra

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*Atualizado às 09h51 (horário de Brasília)

SÃO PAULO – A manhã desta quinta-feira (7) é marcada pela cautela nos mercados internacionais. Na Europa, os principais índices acionários mostram ligeiros ganhos, enquanto os investidores aguardam o desfecho do encontro do BCE (Banco Central Europeu), que anunciará a decisão sobre a política monetária da zona do euro.

Já o noticiário corporativo ganha força com a continuidade da temporada de balanços corporativos no Brasil. O lucro líquido da Natura (NATU3) no quarto trimestre recuou 11,5% na comparação anual, abaixo das expectativas do mercado, enquanto as despesas avançaram 17,5%. 

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A fabricante de cosméticos informou que seu lucro líquido de outubro a dezembro somou R$ 257,3 milhões, abaixo da média das previsões de analistas consultados pela Reuters, de R$ 296,4 milhões.

Cielo vê lucro aumentar
Já a Cielo (CIEL3) viu seu lucro crescer 21% no quarto trimestre, indo para R$ 610,3 milhões. A maior empresa de meios de pagamento do Brasil também anunciou ter registrado no período um resultado operacional medido pelo Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 826,2 milhões de reais, avanço de 25% no comparativo anual. 

Em contrapartida, a margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) caiu 3,5 pontos percentuais na mesma base de comparação, para 51,4%.

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Cosan supera expectativas
Por sua vez, o lucro líquido da Cosan (CSAN3), maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, mais que triplicou no terceiro trimestre encerrado em dezembro, superando as expectativas dos analistas, por conta da melhora do resultado operacional de todas as linhas de negócio da empresa.

O lucro líquido somou R$ 342,3 milhões no terceiro trimestre fiscal, encerrado em dezembro, ante R$ 93,8 milhões em igual período do ano fiscal anterior. Analistas consultados pela Reuters esperavam lucro líquido de R$ 268 milhões, em média, no trimestre. 

São Martinho vê lucro cair 86,82%
Ainda entre os resultados, o lucro da São Martinho (SMTO3) caiu 86,82% para R$ 7,3 milhões no terceiro trimestre fiscal quando comparado com o mesmo período do ano passado. A companhia credita a queda a alguns fatores não recorrentes neste trimestre. 

Os números operacionais melhoraram: a safra já produziu 12,88 milhões de toneladas de cana de açúcar, 21,7% superior ao que havia sido produzido nesta mesma época do ano passado.

Braskem reverte prejuízo em lucro
Para completar a lista dos balanços divulgados entre ontem à noite e hoje de manhã, a Braskem (BRKM5) anunciou lucro líquido de R$ 275 milhões entre outubro e dezembro de 2012, revertendo os prejuízos que a companhia acumulou tanto no trimestre anterior quanto no mesmo período do ano passado.

Alguns analistas do mercado tinham projeções divergentes sobre os ganhos da Braskem: enquanto a equipe do Itaú BBA projetava um lucro de R$ 192 milhões, a da Ágora esperava ganhos de R$ 271 milhões.

Apesar disso, a receita líquida apresentada pela companhia veio ligeiramente abaixo das projeções das duas casas de pesquisa, ainda que tenha sido levemente superior ao do mesmo trimestre do ano passado.

Via Varejo troca comando do conselho
Fora das divulgações de balanços, chama a atenção a troca no comando do conselho Via Varejo (VVAR3). Roberto Fulcherberguer, diretor vice-presidente comercial da Via Varejo (criada da união da Casas Bahia e Ponto Frio) decidiu sair do comando da empresa e passará a ocupar uma das vagas do conselho de administração da varejista. O convite foi feito pelos representantes da família Klein, com 47% das ações da Via Varejo. 

Um dos conselheiros deve deixar a função para a entrada de Fulcherberguer. Os Klein decidiram segurá-lo e ofereceram a vaga. A decisão, contudo, não foi fácil, e foi tomada após recentes desentendimentos entre os controladores.

TIM decide hoje quem comandará companhia 
O conselho de administração da TIM (TIMP3) decide hoje quem comandará a companhia a partir de 4 de março. Para assumir o cargo do italiano Andrea Mangoni, ex-diretor financeiro da Telecom Itália, que renunciou após nove meses à frente da operadora brasileira, um dos candidatos é o atual presidente da Cisco, Rodrigo de Abreu. 

Para analistas do mercado, a saída de Mangoni evidencia a confusão da no comando da filial brasileira. A empresa tem perdido rapidamente receita com telefonia fixa, na qual começou a apostar no fim de 2009, com a compra da Intelig. 

CSN quer que Techint estenda oferta a minoritários ON da Usiminas
A CSN (CSNA3) entrou com ação judicial contra o Grupo Ternium para a realização de uma oferta pública por suas ações na Usiminas (USIM3, USIM5), direito que se estenderia a todos os demais acionistas ordinários da empresa. 

Segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (6), o grupo acusa o controlador da Usiminas de não ter feito uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) obrigatória quando a estrutura acionária da empresa foi modificada. 

O grupo pagou R$ 36,00 por ação ordinária do bloco de controle da Usiminas, totalizando cerca de R$ 5 bilhões. O valor apresentado supera em aproximadamente 90% a cotação dos ativos USIM3 em 28 de novembro de 2011, data da operação.

Grupo EBX confirma troca na diretoria financeira 
O diretor financeiro do grupo EBX, Otavio Lazcano, deixou a companhia do empresário Eike Batista e será substituído por Armando Mariante, informou a assessoria de imprensa do grupo na noite da última quarta-feira (6).
 

Mariante, ex-vice presidente do BNDES e atual presidente do Scotiabank Brasil, no entanto, não confirmou sua ida para o grupo de Eike Batista. “De jeito nenhum. Não confirmo”, limitou-se a dizer, ao ser questionado pela Reuters, por telefone, sobre a mudança de empresa.

IPO da Linx sai a R$ 27 por ação
A empresa paulista de software para varejistas Linx precificou a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em R$ 27, no topo da faixa indicativa sugerida pelos coordenadores da oferta, de acordo com informações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A oferta movimentou R$ 530,57 milhões, sendo R$ 343,1 milhões da oferta primária, com o lançamento de 12,7 milhões de ações, e R$ 187,47 milhões da secundária, com a venda de 6,8 milhões de papéis.