Petrobras precisa elevar investimentos; BNDES e CSN podem se unir por CSA

Ainda entre os destaques, governo vai cobrar R$ 4 bi por royalties da Vale e Oi busca fundos para vender Globonet por R$ 1,5 bi

Paula Barra

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SÃO PAULO – Os dados econômicos da China dão o tom positivo dos mercados na manhã desta sexta-feira (18), principalmente depois da economia do gigante asiático mostrar expansão de 7,9% no quarto trimestre, superando as expectativas dos analistas.

O resultado indica a primeira expansão trimestral da economia chinesa na comparação anual desde o quarto trimestre de 2010, apoiando a visão de que o maior país da Ásia está se recuperando de sua desaceleração de dois anos.  

Além de indicadores, o noticiário corporativo ganha força e é puxado mais uma vez pela Petrobras (PETR3; PETR4). A revisão que a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível) começou a divulgar nesta semana sobre os planos de desenvolvimento dos maiores campos de petróleo da Petrobras deve forçar a companhia a elevar a suas metas de produção.

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Segundo fontes ligadas à agência disseram ao jornal O Estado de S. Paulo, é possível que a empresa tenha de elevar as projeções já em seu próximo plano de negócios, em meados do ano. A petrolífera terá que investir mais de R$ 1 bilhão após a ANP aprovar com ressalvas o plano de desenvolvimento da companhia para o campo de Roncador e alegar que a estatal não tem produzido tudo que poderia, diz a reportagem.

Governo vai cobrar R$ 4 bi por royalties da Vale
Outro peso pesado do Ibovespa também chama a atenção neste pregão. Na noite da véspera, Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, destacou que o governo deve manter a cobrança de R$ 4 bilhões à Vale (VALE3; VALE5) – referente aos royalties de mineração, noticiou a Bloomberg. Ele acredita que a situação pode ser decidida na justiça. 

Isso deve ocorrer caso fracasse a tentativa de acordo que vem sendo negociado desde o ano passado. A empresa e o governo já concordaram que ao menos R$ 1,4 bilhão deve ser pago – afirma o ministro.

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BNDES e CSN vão discutir plano para viabilizar compra da CSA
Na próxima semana será debatida uma proposta que poderá transformar o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em sócio relevante da CSN nos seus principais negócios, informou o Valor.

Este é um dos desenhos em estudo para viabilizar a aquisição, por parte da CSN, dos ativos da alemã ThyssenKrupp no Brasil e Estados Unidos. Desde o ano passado, estuda-se um modelo que coloque o banco estatal como acionista da operação. 

Rumores apontaram na véspera que a brasileira CSN fez uma oferta de US$ 3,8 bilhões na usina no Alabama e uma participação majoritária na usina brasileira CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico). A Thyssen tem 73% da CSA e o restante, 27%, pertence à Vale, que tem o poder de veto ao novo sócio.

Segundo o presidente-executivo do grupo alemão Thyssen, Heinrich Hiesinger, a venda das usinas do grupo no Brasil e EUA está seguindo o cronograma e deve ser concluída até o final de setembro, como esperado. 

Oi busca fundos para vender Globonet por R$ 1,5 bi
Na linha das vendas de ativos não estratégicos, a Oi (OIBR4) contratou o Goldman Sachs para vender a Globenet, subsidiária que administra um sistema de cabos de fibra óptica entre o Brasil e os EUA e que pode valer até R$ 1,5 bilhão, segundo executivos envolvidos na operação. As informações foram publicadas pela Revista Exame.

A empresa aguarda propostas após procurar diversos fundos de private equity. Pelo modelo proposto, a Oi alugaria o serviço de fibra óptica para o comprador vender serviços para outros clientes, diz a reportagem.

Tim vai compartilhar rede 4G com Oi
Ainda sobre a companhia telefônica, Oi e TIM (TIMP3) decidiram construir uma única rede para explorar o serviço de quarta geração de tefonia móvel (4G) no País. Pela primeira vez no mercado brasileiro, duas operadoras concorrentes se unem para fazer um compartilhamento complexo de infraestrutura. Até agora, só eram compartilhados torres, antenas e sistemas de energia. Com o novo modelo, o País começa a avançar em um processo que já está adiantado na Europa. 

Leilão de rodovias atraem até 12 grupos
O governo espera uma disputa acirrada entre pelo menos seis grupos – CCR (CCRO3), Odebrecht, Invepar, Ecorodovias (ECOR3), Triunfo (TPIS3) e Acciona – na próxima rodada de concessões de estradas. Ao todo, serão transferidos 7,5 mil quilômetros de rodovias federais à iniciativa privada, nos próximos três meses. O primeiro teste ocorrerá no dia 30, quando serão licitados dois lotes: a BR-116 (Minas Gerais) e a BR-040 (Brasília-Juiz de Fora).

Os leilões, contudo, chamam a atenção de um punhado de outras empresas, que demonstraram interesse por essas duas concessões nas audiências públicas realizadas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres): Isolux Corsán, Fidens, Barbosa Mello, Fidens, Cowan e Aterpa.  

Governo vai retomar leilões de energia em 2013
Desta vez sobre as elétricas, o governo decidiu retomar os leilões de energia para aumentar a geração no País. O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, disse à Folha que estão previstos quatro pregões para contratar energia nova neste ano. Em 2012, houve apenas um, e a procura foi pequena.

Três desses leilões já foram definidos para este semestre: a quarta rodada será para contratação de energia reserva, ainda em estudo.

O Executivo decidiu relicitar a usina de Três Irmãos (SP), que está sob comando da Cesp (CESP6). A estatal paulista não quis renovar a concessão antecipadamente, no ano passado.

Para renovar os contratos, o governo exigiu, por exemplo, a aplicação de uma fatia menor para remunerar a geração de energia. O objetivo era viabilizar o prometido desconto médio de 20% na conta dos consumidores. 

MRV tem vendas de R$ 1,2 bi no 4° trimestre
A MRV Engenharia (MRVE3) apurou vendas contratadas de 1,221 bilhão de reais no quarto trimestre, um aumento de 19 por cento em relação ao trimestre anterior, mas insuficiente para que a empresa cumprisse a estimativa traçada para 2012.

No ano passado como um todo, a construtora e incorporadora mineira vendeu R$ 4,005 bilhões, queda de 7% ante 2011 e abaixo da projeção anual da companhia, de vender entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,5.

Lançamentos da Rodobens crescem 76% em 2012
A Rodobens (RDNI3) encerrou o ano de 2012 com alta de 76% nos lançamentos, no comparativo com o mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 833 milhões. A companhia lançou, em 2012, 7.581 unidades habitacionais, contra 5.699 em 2011, representando alta de 33% no período.

As vendas contratadas no ano passado somaram R$ 637 milhões, com aumento de 3% em relação a 2011. A empresa vendeu no período, 6.506 unidades, sendo 1.598 unidades comercializadas apenas no quarto trimestre. 

BB inicia estudos para elevar participação no Banco Votorantim
O Banco do Brasil (BBAS3) informou ao mercado que iniciou estudos, em conjunto com a Votorantim Finanças, para elevar a participação no capital do Banco Votorantim.

Em comunicado, o BB acrescentou que a operação envolveria somente as ações preferenciais do BV, não havendo, neste momento, qualquer efeito vinculante entre as partes no sentido de concretizar a referida transação.

O BB é sócio do Votorantim desde 2009 e detém uma participação de 50% no capital total do Banco Votorantim. 

Minerva capta US$ 850 mi com títulos
O Minerva (BEEF3) comunicou ao mercado que captou US$ 850 milhões com títulos de dívida de dez anos, com taxa (cupom) de 7,75% ao ano e rendimento ao investidor de 8% ao ano. Os papéis têm opção de compra depois de cinco anos.

Outro frigorífico recorreu na última quarta-feira (16) ao mercado externo para emitir títulos de dívida nesta semana. A Marfrig (MRFG3) acessou o mercado, mas em condições não tão boas: levantou US$ 600 milhões com títulos de quatro anos, com cupom e rendimento ao investidor de 9,87% ao ano. As duas operações contaram com forte demanda, mas a Minerva conseguiu condições mais interessantes com sua operação por ter feito uma operação mais volumosa, com um período de maturação mais longo e uma taxa mais baixa que a Marfrig. 

Caso Cruzeiro do Sul pode ser anulado por erros em denúncia do MP
A Justiça encontrou aparentes erros numa das denúncias contra os executivos do Banco Cruzeiro do Sul e pediu ao Ministério Público Federal que esclareça as divergências, apontou a Folha de S. Paulo. Se forem compravados os erros, pode ser que o caso todo seja anulado. 

O Cruzeiro do Sul sofreu intervenção do Banco Central em junho do ano passado por suspeita de fraudes e desvios que provocaram um rombo de R$ 3,1 bilhões. 

Os erros foram apontados pelo juiz federal Márcio Ferro Catapani em manifestação enviada ao Ministério Público Federal no último dia 11. No texto, de 16 linhas, o juiz aponta quatro erros na acusação apresentada em dezembro pela procuradora federal Karen Louise Khan.

Segundo o juiz, a procuradora errou o nome de uma empresa envolvida num negócio com cartões telefônicos. Ela afirma que era a Verax Serviços Financeiros, enquanto a investigação da Polícia Federal aponta que a companhia envolvida chama-se Vox.

A procuradora, ainda de acordo com o juiz, incluiu na denúncia o nome de dois acusados no caso dos cartões que não aparecem nesse episódio na investigação da PF.

Investidor estrangeiro fica com 52,3% das ações na oferta da Aliansce
O investidor estrangeiro ficou com um fatia de 52,3% das ações ordinárias na oferta subsequente da Aliansce Shopping Centers (ALSC3), o que corresponde a 10,072 milhões de papéis. No total, a empresa vendeu 19,252 milhões de novas ações pelo preço unitário de R$ 23,25 e captou R$ 447,6 milhões.

O montante das ações detidas pelo investidor estrangeiro na oferta incluiu 1 milhão de ativos subscritos pelo Credit Suisse Securities Limited como forma de proteção, ou hedge, para operações com derivativos de ações realizadas no exterior, contratadas com terceiros.