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SÃO PAULO – Em uma sessão de leves ganhos para o Ibovespa, mas com o índice superando os 119 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro, quem ganhou destaque entre os ativos foi o papel da Lojas Americanas (LAME4, R$ 24,07, +9,31%) e também o da B2W (BTOW3, R$ 68,98, +8,97%), com alta de cerca de 9%.
A sessão foi de alta para as ações de tecnologia, que impulsionaram o S&P 500 para máxima recorde de fechamento, conforme investidores afastavam preocupações com a suspensão da distribuição da vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson e a forte inflação nos Estados Unidos. No radar das duas companhias brasileiras, estão ainda os estudos para a fusão que chegaram a impulsionar os ativos em meados de fevereiro (veja mais clicando aqui).
Depois de uma alta de 9,79% de suas ações na véspera, os ativos do Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 39,11, +5,70%) seguiram com ganhos, acumulando alta de 16% em dois pregões, após a companhia informar que seu controlador, o Grupo Casino, a comunicou sobre o início dos “trabalhos preparatórios para potencial aumento de capital da Cdiscount”, subsidiária direta da Cnova – na qual o GPA detém 34,17% do capital social.
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Papéis bastante descontados na Bolsa, como das educacionais Cogna (COGN3, R$ 4,33, +5,87%) e Yduqs (YDUQ3, R$ 32,67, +4,38%), também subiram forte na sessão.
Na sequência, estão os ativos da PetroRio (PRIO3, R$ 100,50, +3,70%), em uma sessão de alta para o petróleo, com ganhos de 0,62% para o contrato do brent com vencimento em junho (US$ 63,67 o barril) e de 0,80% para o WTI de maio (US$ 60,18 o barril) após fortes dados sobre importações da China, embora os mercados ignorassem em geral tensões no Oriente Médio que ainda não tiveram impactos sobre a oferta.
As importações de petróleo pela China saltaram 21% em março frente a uma base de comparação fraca no ano passado, com refinarias aumentando o ritmo das operações. A Opep nesta terça-feira elevou previsão para o crescimento da demanda global por petróleo em 2021 em 70 mil barris por dia (bpd), para 5,95 milhões de bpd.
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Já no noticiário da companhia, ela comunicou ontem que a nova certificação de suas reservas e recursos, elaborada pela DeGolyer & MacNaughton, apontou que as reservas provadas (1P) de óleo dos campos de Polvo, Tubarão Martelo (TBMT) e Frade tiveram alta de 7,7 milhões de barris (bbl) em 1º de janeiro deste ano, com relação ao último relatório de 30 de abril de 2020.
Enquanto isso, do mesmo setor, a Petrobras (PETR3, R$ 23,74, 0,00%;PETR4, R$ 23,97, +0,33%) vê suas ações fecharam próximos à estabilidade. O noticiário corporativo para a estatal depois de assembleia de acionistas ter aprovado o general da reserva Joaquim Silva e Luna como membro do Conselho de Administração da companhia, movimento que antecede sua eleição como novo presidente-executivo da petroleira, conforme indicação do presidente Jair Bolsonaro. A Petrobras ainda informou que concluiu ontem a oferta de recompra de títulos globais efetuada pela sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V.
Os papéis da Vale (VALE3, R$ 103,58, +0,17%) também fecharam quase estáveis, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China. No noticiário da companhia, a acionista Previ vendeu ações da companhia em bolsa e reduziu sua participação direta para 9,99%, de 10,06% antes.
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Ainda em destaque, estiveram as reações às prévias operacionais de Cyrela (CYRE3, R$ 25,51, -0,47%), Moura Dubeux (MDNE3, R$ 9,03, -1,20%) e Direcional (DIRR3, R$ 13,00, -1,29%). Os papéis chegaram a subir no início da sessão, mas viraram para queda apesar dos números considerados positivos.
Entre as maiores baixas do Ibovespa, a Eneva (ENEV3, R$ 16,78, -7,09%) caiu 7% após avançar mais de 8% desde o começo do mês, sendo que apenas na véspera fechou em alta de 4,6% após o Cade aprovar a venda da participação na usina termelétrica São Marcos para Golar.
Confira os destaques:
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Pão de Açúcar (PCAR3)
Após a alta de quase 10% na véspera de suas ações, o Grupo Pão de Açúcar anunciou ter sido informado na segunda-feira pelo seu controlador, Grupo Casino, sobre o início dos “trabalhos preparatórios para potencial aumento de capital da Cdiscount”, subsidiária direta da Cnova – na qual o GPA detém 34,17% do capital social.
A operação tem como objetivo habilitar o Cdiscount a acelerar seu plano de crescimento e pode também incluir uma oferta secundária de ações detidas pelo GPA.
Em comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que seu conselho de administração recebeu “de maneira positiva o lançamento desses estudos”, ressaltando a “excelente performance operacional” da subsidiária, assim como o forte potencial de crescimento do Cdiscount e o ambiente favorável do mercado de capitais.
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Segundo a XP Investimentos, apesar de acreditar que a transação pode destravar um valor adicional para o GPA, os preços atuais (até o fechamento da véspera) já refletem uma probabilidade de 40% que a transação irá ocorrer enquanto os analistas veem desafios para que ela seja concretizada no curto prazo. Dessa forma, reduziram a recomendação para Neutro e ajustaram o preço alvo para R$ 39,0 por ação, de R$ 28,0 antes.
Petrobras (PETR3; PETR4)
O destaque do noticiário corporativo fica para a assembleia de acionistas da Petrobras para a formação do Conselho da estatal. Entre os eleitos está o general Joaquim Silva e Luna, substituto de Roberto Castello Branco. O executivo foi demitido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e deixou a estatal nesta segunda-feira, 12.
A definição do conselho de administração da Petrobras estava sendo aguardada pelo mercado financeiro. Isso porque vai ficar nas mãos dos seus membros a responsabilidade de decidir possíveis mudanças de rota na gestão da empresa. Há dúvidas, por exemplo, se os novos gestores vão manter a atual política de reajustes de preços dos combustíveis e também o programa de venda de ativos da companhia, conduzidos até então por Castello Branco.
O Bradesco BBI aponta que a eleição não trouxe surpresas em termos dos nomes propostas e o Conselho deve votar o nome do novo CEO provavelmente ainda nesta semana.
A Petrobras ainda informou que concluiu ontem a oferta de recompra de títulos globais efetuada pela sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF). O volume de principal validamente entregue pelos investidores, excluídos juros capitalizados e não pagos, foi de US$ 2,496 bilhões. O montante total pago a esses investidores foi de cerca de US$ 2,72 bilhões, considerando os preços ofertados pela Petrobras e excluindo os juros capitalizados até a data de liquidação.
Como o montante total ofertado pelos investidores na oferta de recompra ficou dentro do limite de US$ 3,5 bilhões previamente estabelecido, o volume total ofertado em cada uma das séries foi aceito.
Banco do Brasil (BBAS3)
Ainda no radar das estatais, o Banco do Brasil comunicou ontem a renúncia de Julio Cesar Rodrigues da Silva ao cargo de diretor comercial de Varejo, com efeitos a partir de hoje.
Cogna (COGN3)
Bruno Giardino Roschel de Araujo renunciou ao cargo de Diretor de Relações com Investidores da Cogna, passando a atuar exclusivamente como Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da subsidiária da Companhia, Vasta Platform. O Conselho da Cogna elegeu Frederico da Cunha Villa para ocupar o cargo de Diretor de Relações com Investidores, acumulando os cargos de Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores.
PetroRio (PRIO3)
A PetroRio, por sua vez, anunciou a eleição de Milton Salgado Rangel Neto ao cargo de Diretor Financeiro. Em reunião realizada em 09 de abril, o Conselho de Administração deliberou pela alteração da designação de Roberto Bernardes Monteiro, que deixa a atribuição de Diretor Financeiro, e pela eleição de Rangel Neto como Diretor Financeiro.
A companhia ainda comunicou ontem que a nova certificação de suas reservas e recursos, elaborada pela DeGolyer & MacNaughton, apontou que as reservas provadas (1P) de óleo dos campos de Polvo, Tubarão Martelo (TBMT) e Frade tiveram alta de 7,7 milhões de barris (bbl) em 1º de janeiro deste ano, com relação ao último relatório de 30 de abril de 2020.
Depois dos ajustes para equalização dos relatórios pela produção entre as datas de referências, o aumento foi de 16,1 milhões de bbl.
O Bloco BM-C-30 (Wahoo), em que a PetroRio possui uma fatia de 64,3%, teve seus recursos contingentes de óleo (1C) avaliados em 125,6 milhões de bbl (80,8 milhões de bbl para os 64,3% adquiridos pela companhia até o momento), com mais 6,6 milhões de bbl somados devido à extensão da vida útil do campo de Frade. Com a nova certificação, o abandono do cluster “Frade + Wahoo” passa de 2034 para 2054.
De acordo com o Safra, a estratégia da empresa continua apresentando resultados positivos. O desenvolvimento conjunto de campos vizinhos tem potencial para produzir efeitos positivos. Já se traduziu em acréscimo de volumes de reservas e recursos à medida que menores custos operacionais melhoram a viabilidade econômica das áreas e o potencial de retorno dos ativos, que devem começar a se refletir no resultado da empresa à medida que os projetos forem desenvolvidos.
Oi (OIBR3;OIBR4)
A Oi realizou webcast nesta manhã após a companhia aceitar na véspera a proposta vinculante revisada apresentada pelo Grupo BTG para a aquisição parcial da InfraCo, divisão especializada em fibra óptica da operadora de telecomunicações em recuperação judicial.
A proposta vinculante prevê em 31 de dezembro deste ano o valor de firma (EV) da InfraCo de R$ 20,02 bilhões, considerando uma dívida líquida de R$ 4,107 bilhões, integralmente devida à Oi e a ser repaga em até 90 dias do fechamento da operação.
O valor da operação totaliza R$ 12,923 bilhões, o qual, segundo a Oi, estará sujeito a mecanismos de ajuste com base em determinadas métricas de desempenho da InfraCo.
De acordo com o Bradesco BBI, a princípio o negócio foi negativo, já que considerou o valor de firma abaixo dos R$ 28,4 bilhões que os analistas incluíram em suas estimativas. Por outro lado, o acordo proposto para incorporar o contrato da Globenet por R $ 1,6 bilhão, o que representa um ganho de R$ 2,9 bilhões versus a estimativa do BBI.
“Em suma, vemos o resultado do negócio como negativo, dado que a avaliação ficou aquém de nossa expectativa; no entanto, ainda precisamos de mais esclarecimentos sobre a estrutura da oferta, principalmente no que diz respeito à incorporação do contrato Globenet. Continuamos otimistas com o case, com a Oi sendo a nossa top pick no segmento de telecomunicações da América Latina, com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 3,50 [para os ativos OIBR3]”, afirmam.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela teve queda de 60,4% nos lançamentos do primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, mas as vendas avançaram cerca de 22%.
Os lançamentos de imóveis da companhia somaram R$ 421 milhões de janeiro ao fim de março ante R$ 1,065 bilhão lançado no primeiro trimestre de 2020. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, os lançamentos recuaram 85,3%, informou a empresa.
As vendas totais contratadas alcançaram a marca de R$ 1,031 bilhão, acima dos R$ 846 milhões de um ano antes. Ante os três últimos meses de 2020, as vendas caíram 44,6%.
A Cyrela afirmou que das vendas líquidas no trimestre passado, R$ 201 milhões referem-se à comercialização de estoque pronto, enquanto R$ 659 milhões a estoque em construção e R$ 172 milhões a lançamentos.
A companhia marcou a divulgação dos resultados completos do primeiro trimestre para 13 de maio.
Segundo o Credit Suisse, os números operacionais foram bastante sólidos. O nível de lançamentos foi um pouco menor do que esperado, mas a forte demanda se confirmou mesmo diante do cenário de distanciamento social. “A Cyrela continua como a empresa melhor posicionada para ‘surfar’ o momento e mantemos como nossa top pick”, afirmam os analistas do banco.
Direcional (DIRR3)
A incorporadora mineira Direcional Engenharia, que desenvolve empreendimentos enquadrados no programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida) e no mercado de médio padrão, teve recorde de vendas nos primeiros três meses do ano.
As vendas líquidas contratadas da companhia somaram R$ 515 milhões no primeiro trimestre, avanço de 73% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, março foi o melhor mês de vendas de sua história, indicando a continuidade da “forte demanda que já vinha sendo observada no decorrer de 2020”. Já os lançamentos consolidados somaram R$ 575 milhões no primeiro trimestre de 2021, salto de 311% em comparação com o mesmo período de 2020.
O índice de Velocidade de Vendas (VSO) ficou em 17% (consolidado) no período. A geração de caixa ajustada, sem contar pagamento de dividendos e recompra de ações, foi de R$ 15 milhões no primeiro trimestre, acumulando R$ 172 milhões nos últimos 12 meses.
A construtora encerrou o trimestre com 13.112 unidades em estoque, totalizando VGV de R$ 2,6 bilhões (sendo R$ 2,2 bilhões participação da Direcional).
A subsidiária Riva, incorporadora que desenvolve moradias entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, focada em consumidores de classe média nas capitais e regiões metropolitanas, novamente respondeu por boa parte do resultado. A subsidiária é o negócio mais recente dentro do grupo e está em fase de expansão.
No primeiro trimestre, a Riva realizou um lançamento, com VGV de R$ 126 milhões, enquanto as vendas líquidas atingiram R$ 122,1 milhões (alta de 141% ante igual período do ano anterior).
No acumulado de 12 meses, as vendas líquidas da Riva foram 46% maiores que o volume reportado um ano antes. Ao final do trimestre, o VGV em estoque do segmento totalizava R$ 499 milhões.
O Credit aponta que a Direcional reportou números fortes, com o nível recorde de vendas líquidas em março chamando bastante atenção. “A estratégia de ramp up na Riva vem se mostrando bastante acertada e a Direcional consegue se provar como um player com bastante resiliência no segmento de renda mais baixa”, avaliam.
Moura Dubeux (MDNE3
A Moura Dubeux teve R$ 269 milhões, valor 248% superior ao registrado no mesmo período de 2020, em vendas e adesões no primeiro trimestre deste ano. Entre janeiro e março, a companhia adquiriu sete terrenos, com VGV bruto de R$ 633 milhões. Com isso, o estoque de área da empresa foi de R$ 4 bilhões.
O Bradesco BBI avalia os dados preliminares sobre volumes de lançamentos pela Moura Dubeux como “sólidos”, apesar das novas restrições pela Covid-19, avaliando ainda que novas divulgações de resultados devem dar visibilidade aos papéis. O BBI aponta que os dados reforçam sua visão da Moura Dubeux como uma das mais importantes em seu universo de cobertura, com boa perspectiva de valorização. O banco reforça sua avaliação de outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado), com preço-alvo em 2021 em R$ 16, frente aos R$ 9,14 de fechamento na segunda.
O Credit também destaca os números como bons, avaliando que a empresa dá mais um passo para se consolidar no Nordeste e mostra que tem conseguido entregar vendas saudáveis e um ritmo consistente de lançamentos.
Aliansce Sonae (ALSO3)
A Aliansce Sonae Shopping Centers informou que as operações do Boulevard Shopping Campos e Shopping Parangaba foram retomadas na segunda (12). Assim, dezoito shoppings próprios da empresa, ou 69,6% do total, estão em operação.
WEG (WEGE3), Tupy (TUPY3) e Gerdau (GGBR4)
O Itaú BBA comentou o avanço rápido da vacinação nos Estados Unidos e o grande volume de estímulos fiscais e monetários, que devem transformar os Estados Unidos, que pode atingir US$ 4 trilhões, em uma fonte central de crescimento global no curto prazo.
O banco acredita que, entre as empresas brasileiras, WEG, Gerdau e Tupy podem aproveitar oportunidades advindas do mercado americano.
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