Ações de Yduqs e Cogna sobem até 7% com portaria do MEC; Positivo dispara quase 19%

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (11)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em uma sessão de leve alta para o Ibovespa, as ações das empresas de educação Cogna (COGN3, R$ 11,95, +7,08%) e Yduqs (YDUQ3, R$ 44,15, +4,25%) foram o grande destaque ao registrarem forte disparada com a nova portaria do MEC permitindo maior flexibilidade para ofertar ensino a distância. Fora do Ibovespa, os ativos da Ser (SEER3, R$ 26,00, +7,57%) também dispararam.

Também fora do benchmark da bolsa, os ativos da Positivo (POSI3, R$ 11,14, +18,89%) tiveram uma forte disparada. Desde o final de novembro, diversas casas de análise, como o Bradesco BBI e a XP Investimentos, iniciaram cobertura para as ações da companhia.

A XP tem recomendação de compra baseada em três pontos: 1) melhora macroeconômica, com exposição ao cenário de recuperação de consumo; 2) desconexão entre múltiplos e fundamentos e 3) opcionalidades de crescimento, com licitações públicas e novas linhas de negócio.

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Confira os destaques:

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
COGN3 7.07885 11.95
YDUQ3 4.2503 44.15
CSAN3 3.27103 68.51
ECOR3 3.10734 14.6
SUZB3 2.86164 39.18

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
BRFS3 -2.5 35.88
RADL3 -2.30991 101.5
JBSS3 -2.11538 25.45
VIVT4 -1.40969 55.95
B3SA3 -1.26095 46.2

Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) e Ser (SEER3)

As ações das empresas de educação sobem forte após o Ministério da Educação (MEC) divulgar uma portaria que permite que até 40% da carga horária dos cursos superiores presenciais da rede federal seja ofertada na modalidade de ensino a distância (EAD).

Anteriormente, a oferta era limitada a 20% da carga horária total do curso, mas podia ser ampliada a 40% desde que atendidos determinados requisitos exigidos pelo MEC.

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“Os planos de Cogna e Yduqs estão mais claros agora. Eles poderiam ser os provedores de conteúdo para pequenos e médios players, que poderiam estar dispostos a iniciar e / ou aumentar a oferta de ensino a distância no currículo do campus, o que abriria uma nova via de crescimento para as duas empresas”, aponta o Morgan Stanley em relatório.

Banco do Brasil (BBAS3)

O BB  confirmou em comunicado reestruturação da diretoria. O presidente Rubem Novaes indicou Walter Malieni Júnior e Mauro Ribeiro Neto ao conselho diretor cujas nomeações ainda estão sujeitas ao processo de elegibilidade e à eleição pelo Conselho de Administração.

Na reunião de terça do conselho, o BB aprovou a redução da diretoria executiva e reorganização de suas atribuições. Agora, o conselho diretor do banco passa a ser formado pelo presidente e sete vice-presidentes.

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Malieni, que estava na presidência da Brasilprev, volta ao banco para assumir a área de atacado, trocando com Marcio Hamilton. Já Ribeiro Neto ficaria com Corporativo. Ivandré Montiel da Silva, até então vice-presidente de agronegócios, deixa o BB para chefiar uma seguradora do banco.

Antônio Gustavo Matos do Vale, vice-presidente de gestão de pessoas, suprimento e operações, também deve ocupar outro cargo em empresas do BB. Carlos Bonetti vice-presidente de controles internos e gestão de riscos, e Carlos Hamilton, vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores, permanecem.

Ainda no comunicado, o Banco do Brasil diz que o número de diretores foi reduzido para 26, mas não informa quantas eram anteriormente.

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Oi (OIBR3;OIBR4)

Ontem, no mesmo dia em que a operadora de telefonia Oi foi alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Mapa da Mina, 69ª fase da Lava Jato, a companhia anunciou a saída do presidente, Eurico Teles.

O executivo ficará no cargo até 30 de janeiro de 2020. O nome do novo diretor-presidente será escolhido pelo Conselho de Administração da Oi, que se reunirá após convocação de seu presidente, informaram os executivos, em entrevista coletiva encerrada há pouco, na sede da empresa, no Rio.

Segundo os executivos da Oi, o anúncio da saída de Teles já estava previsto em plano de transição, homologado no Judiciário. “Os dois processos (a operação deflagrada nesta terça-feira e o anúncio da saída de Teles) não têm nada a ver uma coisa com a outra”, afirmou o COO (chief operations officer) da Oi, Rodrigo Abreu. Segundo o executivo, o plano de transição que previa o anúncio da saída de Teles foi homologado judicialmente em junho último.

Indicado para o cargo já em meio ao processo de recuperação judicial da companhia, Teles lamentou o envolvimento da empresa nas investigações. “A Oi nunca sofreu uma situação dessa e vem cooperando com as autoridades competentes”, afirmou o executivo.

Questionado se o futuro presidente da Oi será Rodrigo Abreu, Teles respondeu, ao lado do colega: “Aí, eu não sei, o conselho se reunirá e indicará o presidente”. Mais adiante na entrevista, Teles demonstrou apoio ao nome de Abreu. “Gostaria muito que o conselho escolhesse o Rodrigo”, afirmou Teles.
Tanto Teles quanto Abreu reforçaram a mensagem de que a Oi está cumprindo seu plano de recuperação judicial e defenderam o novo plano estratégico de crescimento da companhia.

Abreu, que era membro do Conselho de Administração e está no cargo de COO, segundo disse, há cerca de dois meses, demonstrou confiança no plano e no futuro da Oi. Segundo o executivo, a companhia tem instalado fibra óptica em “mais de 450 mil casas” por mês, com ativação de usuários de banda larga “superior a 100 mil usuários” por mês. “A companhia sabe executar”, disse Abreu.

Embraer (EMBR3)

A Congo Airways assinou uma encomenda firme para comprar dois jatos de passageiros E175 da brasileira Embraer, informou a indústria de aeronaves em comunicado enviado ontem (10) à CVM.

Segundo a Embraer, o contrato está avaliado em US$ 194,4 milhões (R$ 810,6 milhões) e os aviões serão entregues à Congo no quarto trimestre de 2020. “Esses novos jatos substituirão nossa frota atual de turboélices e nos permitirão servir rotas tanto na República Democrática do Congo quanto regionalmente para a África Ocidental, Central e Sul a partir da nossa base em Kinshasa”, disse Desirè Bantu, executivo-chefe da Congo Airways. É o primeiro pedido da companhia aérea congolesa à Embraer. O E175 é um jato bimotor e será configurado para 76 passageiros no pedido da Congo Airways.

Restoque (LLIS3)

A rede varejista Restoque, controladora da Le Lis Blanc, fará uma oferta restrita de 15 milhões de ações ordinárias, entre os dias 11 e 19 deste mês, para levantar R$ 242 milhões, informou sua controladora Restoque Comércio e Confecções de Roupas S.A. As ações serão negociadas no segmento novo mercado da B3 a partir do dia 20, informou a empresa em fato relevante enviado hoje (11) à CVM. O procedimento de bookbuilding começará hoje.

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Intermédica (GNDI3)

Ocorre hoje a definição do preço da oferta primária da Notre Dame Intermédica após bookbuilding. A companhia aprovou no
final de novembro a venda de 65 mi ações, valor que pode ser acrescido em até 33%, via lote adicional.

XP Inc.

As ações da XP Inc. dispararam mais de 27% em sua estreia na Nasdaq. Veja mais clicando aqui. 

Na véspera, os papéis foram precificadas em US$ 27,00, segundo comunicado feito pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês). O valor ficou acima da faixa estabelecida inicialmente no prospecto da abertura de capital, entre US$ 22 e US$ 25.

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Os papéis passam a ser negociados na Nasdaq sob o código “XP” a partir desta quarta-feira (11).

No prospecto, divulgado na semana passada, a empresa informou a venda 72,51 milhões de ações classe A.

Destas, 42.553.192 fazem parte da oferta primária e o outro lote, de 29.957.449 ativos, da oferta secundária, vendidas por acionistas.

Os acionistas vendedores na oferta secundária são os sócios executivos da XP e os fundos de private equity General Atlantic e Dynamo.

A XP destacou no prospecto ter 1,5 milhão de clientes, 5.900 agentes autônomos e R$ 350 bilhões sob custódia, de acordo com números do final do terceiro trimestre.

A receita da companhia totalizou R$ 3,7 bilhões até setembro e o lucro líquido no período foi de R$ 699 milhões no acumulado dos primeiros nove meses do ano.

Os coordenadores da operação são Goldman Sachs, JP Morgan, Morgan Stanley, XP Investments e Itaú BBA.

Leia também:
• XP lança fundos para investir em ações da XP

Locaweb

A empresa brasileira de hospedagem de sites, serviços de internet e computação em nuvem Locaweb entrou com pedido para fazer um IPO (Oferta Inicial de Ações, na sigla em inglês).

As informações foram apresentadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo o órgão regulador, o pedido da Locaweb é para a Categoria A, o que a qualificaria para emitir títulos de valores mobiliários, como ações.

Tenda (TEND3)

A Construtora Tenda S.A., de São Paulo, informou ontem (10) à CVM que emitiu no dia 5 um total de 200 mil debêntures, em um valor de R$ 200 milhões. Segundo a empresa, o dinheiro levantado com a venda dos papéis será usado reforçar financeiramente o seu caixa. As debêntures poderão ser resgatadas em cinco anos.

BMG  (BMGB11)

O Banco BMG detalhou a venda de 30% da sua subsidiária BMG Seguros para a seguradora italiana Assicurazioni Generali SPA. O negócio foi anunciado no dia 2 deste mês. Segundo o comunicado, a Generali pagará R$ 89 milhões pela participação, dos quais R$ 34 milhões foram desembolsados no último dia 29, quando as empresas assinaram o contrato em Belo Horizonte. O contrato prevê que a Generali pagará R$ 20 milhões ao BMG em 2022 e os restantes R$ 35 milhões serão pagos “no sétimo ano após o fechamento da transação”, ou seja, em 2026.

CEEE-GT 

A Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT), empresa gaúcha que atende a 72 municípios no Rio Grande do Sul, informou ontem (10) à CVM que pagará no dia 20 de dezembro deste ano dividendos de R$ 140 milhões aos seus acionistas. Segundo a empresa, os dividendos se referem ao ano-calendário de 2018. A CEEE informou que os dividendos serão pagos aos acionistas pela Itaú Corretora S.A.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.