Ações da Cielo disparam 11% com notícia que BC irá liberar WhatsApp Pay; Cogna cai 12% e Ecorodovias salta 7%

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (31)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Enquanto a temporada de resultados e estreias na Bolsa agitam diversas ações, a Cielo (CIEL3, R$ 5,37, +10,95%) ganhou destaque ao disparar mais de 10% com novidades sobre o WhatsApp Pay.

Segundo informações da revista Veja, o Banco Central autorizou a volta dos teste para pagamento utilizando o aplicativo de mensagens. o que estava proibido desde 23 de junho. A publicação afirma, porém, que a formalização da autorização ainda não foi feita, mas que pode ocorrer ainda nesta sexta-feira (31).

No mês passado, a autoridade monetária impediu que o projeto tivesse início argumentando que poderia haver riscos para o sistema financeiro. O CADE chegou a alegar as mesmas coisas, mas liberou os testes em seguida, deixando na mão do BC a liberação do WhatsApp Pay no país.

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Enquanto isso, as ações do Grupo Soma (SOMA3, R$ 11,03, +11,41%) chamaram atenção em sua estreia na bolsa brasileira, registrando ganhos de mais de 10%. Já os papéis da Cogna (COGN3, R$ 8,28, -12,47%) passaram a cair forte em meio à estreia turbulenta das ações da Vasta nos EUA (veja mais clicando aqui).

Sobre os balanços, os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 22,70, -2,66%; PETR4, R$ 22,20, -2,72%) viraram para queda após chegarem a subir quase 2% mais cedo. Apesar de registrar um novo prejuízo, a empresa teve os números bem recebidos por analistas, com destaque para a sua geração de fluxo de caixa livre.

Já a Engie (EGIE3, R$ 46,17, +3,36%) viu sua ação registrar alta após o resultado, enquanto Fleury (FLRY3, R$ 25,61, -0,08%) reagiu negativamente ao balanço.

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Outro grande destaque ficou para as ações da Ecorodovias (ECOR3, R$ 14,52, +6,92%), com alta de quase 7% após anúncio de reestruturação. Também em alta, ficaram os ativos da Sabesp (SBSP3, R$ 60,85, +2,89%) após uma revisão tarifária positiva.

Por outro lado, os ativos da Ambev (ABEV3, R$ 13,95, -4,12%) tentaram abrir em alta após a forte volatilidade da véspera com a divulgação do resultado, que foi considerado positivo, mas não suficiente para dirimir as dúvidas sobre o ritmo de recuperação da companhia (veja mais clicando aqui). Nesta sexta, as ações tiveram a recomendação elevada a neutra pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 16,50 (na véspera, os papéis foram elevados pelo Credit Suisse, a outperform).

Também entre os destaques, os bancos Bradesco (BBDC3, R$ 20,73, -3,58%; BBDC4, R$ 22,44, -4,14%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 26,89, -3,31%), Santander (SANB11, R$ 29,89, -3,74%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 33,58, -3,51%) acabaram caindo mais de 3% seguindo o dia de forte mal humor dos mercados. Enquanto a Natura (NTCO3, R$ 47,04, -3,35%) também recuou forte após registrar ganhos de mais de 10% em dois pregões (veja mais clicando aqui).

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Confira os destaques:

Ecorodovias (ECOR3, R$ 14,52, +6,92%)

A Ecorodovias anunciou nesta sexta-feira uma reestruturação que inclui suas co-controladas indiretas, a Primav Construções e Comércio e a Igli. Foi feito um contrato de dissociação com o objetivo de fortalecer a situação financeira da administradora de concessões rodoviárias.

Segundo a companhia, o contrato viabiliza “a busca de oportunidades de investimento que irão surgir futuramente no mercado rodoviário brasileiro como parte das oportunidades de concessão e privatização”.

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O acordo prevê um aumento de capital na Ecorodovias, por meio de emissão de ações, de até R$ 1,8 bilhão. A maioria das novas ações a serem emitidas nessa capitalização será subscrita pela Igli ou uma de suas afiliadas.

Como resultado da reorganização, a estrutura de controle compartilhado da companhia atualmente existente, implementada por meio da Primav Infra, passará diretamente para o nível da Ecorodovias, onde a Igli e a Primav irão manter o controle compartilhado paritário da Ecorodovias, m as que pode ser alterado por alguns fatores que constam do acordo, como a não execução da capitalização.

Petrobras (PETR3, R$ 22,70, -2,66%; PETR4, R$ 22,20, -2,72%)

A Petrobras registrou um prejuízo líquido de R$ 2,713 bilhões no segundo trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 18,866 bilhões apresentados no mesmo período do ano passado, mas com melhora significativa em relação ao prejuízo de R$ 48,5 bilhões registrados no primeiro trimestre.

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A empresa contabilizou no resultado do segundo trimestre o ganho tributário pela exclusão do ICMS da base de cálculo do PIB/Cofins, garantido por decisão judicial, que gerou um efeito de R$ 10,9 bilhões no resultado.

A receita de vendas da estatal caiu 29,9% na comparação anual, para R$ 50,898 bilhões. Já o Ebitda ajustado caiu 23,5%, passando de R$ 32,651 bilhões para atuais R$ 24,986 bilhões.

A companhia destacou que o segundo trimestre foi bastante impactado pela pandemia da Covid-19 e do colapso dos preços do petróleo.

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Contudo, os números da estatal foram bem vistos pelos analistas. “O segundo trimestre de 2020 não foi um trimestre comum para as empresas do setor de petróleo no mundo todo. A indústria de petróleo e gás navegou em águas muitas agitadas em meio a uma crise sem precedentes. No entanto, a Petrobras fez isso com relativa tranquilidade”, destacou o Credit Suisse.

Conforme apontam os analistas do Credit e do Morgan Stanley, a geração de fluxo de caixa positivo de US$ 1 bilhão foi um verdadeiro feito no trimestre mais difícil para a indústria em décadas – em que o petróleo brent teve uma cotação média de US$ 29 o barril (sendo que alguns contratos chegaram a operar no negativo na segunda quinzena em abril).

“Consideramos a avaliação da Petrobras bastante atraente e permanecemos positivos no caso de investimento”, avaliaram, em relatório, os analistas do Credit.

O Itaú BBA lembrou que, além da pandemia da Covid-19, o setor de petróleo precisou lidar, no segundo trimestre, com a crise provocada pelos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que resultou em um excesso da oferta do óleo.

“Apesar desses problemas, a Petrobras conseguiu entregar um bom trimestre com geração de caixa positiva, em linha com nossas estimativas e com o consenso do mercado”, destacaram.

O Bradesco BBI também viu como positivo o resultado e espera um fluxo positivo de notícias para a companhia nos segundo semestre.
“Considerando o constante crescimento da produção da Petrobras, o petróleo de alta qualidade e as exportações sólidas, o Ebitda da empresa deve contrair muito menos na comparação anual em relação aos pares da América Latina”, avaliou, em relatório, a instituição financeira.

Fleury (FLRY3, R$ 25,61, -0,08%)

O grupo de medicina Fleury teve prejuízo de R$ 73,3 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 72,6 milhões apresentados um ano antes. O resultado foi afetado pela forte redução das atividades das clínicas diante do isolamento social.

Já o Ebitda somou R$ 19,6 milhões entre abril e junho, queda de 90,7% ante o mesmo período de 2019.

Enquanto isso, a receita líquida caiu 37,6%, para R$ 454,9 milhões, puxada pela redução anual de 36,9% dos atendimentos, para cerca de 800 mil, e de 48,9% no de exames, para 6,2 milhões.

A Fleury anunciou ainda a compra de uma fatia de 18,6% da Prontmed, que faz dados clínicos por meio de prontuários eletrônicos, e de 1% da Sweetch, startup israelense de prevenção e gerenciamento de doenças crônicas. Os valores não foram revelados.

Os analistas do Bradesco BBI destacaram que o corte temporário de salários e a participação de 17% dos testes da Covid-19 na receita total contribuíram para a empresa manter o Ebitda positivo. “Esperamos um aumento gradual contínuo nos próximos trimestres, à medida que as consultas eletivas retomem gradualmente”, avaliaram, em relatório a clientes, mas mantendo a recomendação neutra e o preço-alvo de R$ 29.

A Fleury anunciou ainda a compra de uma fatia de 18,6% da Prontmed, que faz dados clínicos por meio de prontuários eletrônicos, e de 1% da Sweetch, startup israelense de prevenção e gerenciamento de doenças crônicas. Os valores não foram revelados.

Engie (EGIE3, R$ 46,17, +3,36%)

A elétrica Engie Brasil registrou lucro líquido de R$ 765,8 milhões no segundo trimestre, alta de 98,7% no comparativo anual.

O Ebitda da empresa ficou em R$ 1,43 bilhão, avanço de 36,1% em um ano, enquanto a receita operacional líquida teve alta de 23,4% na mesma base, a R$ 2,69 bilhões.

Para o Credit Suisse, o resultado operacional da Engie foi mais fraco que o esperado, uma vez que a empresa foi afetada pela queda das vendas para o mercado livre. No entanto, reconhece que o Ebitda foi beneficiado pela entrada em operação das novas unidades de geração. “O lucro líquido foi impactado positivamente por melhores resultados financeiros, devido a uma maior taxa de juros sobre recuperação de tributos, uma contribuição acima da esperada da TAG e uma carga de impostos ligeiramente menor”, destacou o relatório da instituição financeira.

Even (EVEN3, R$ 14,78, -0,54%)

No setor da construção, a Even registrou lucro líquido de R$ 26,8 milhões no segundo trimestre, alta de 21,8% na comparação com igual período de 2019.

A receita líquida de vendas e serviços caiu 37% na mesma base de comparação, para R$ 374,4 milhões, por conta do baixo volume de lançamentos entre abril e junho. Já o Ebitda ajustado somou R$ 57,7 milhões e a margem Ebitda ajustada cresceu 1 ponto percentual, para 15,4%.

Para o Credit Suisse, o resultado da Even foi impressionante, principalmente se considerado o cenário macroeconômico. “Desempenho impulsionado por uma estratégia de vendas bem executada de unidades de alta renda, que possuem entrada maior”, destacou a instituição financeira.

Da receita líquida da Even, uma fatia de 60% veio do segmento de alta renda.

Gol (GOLL4, R$ 17,91, -3,45%) 

Com uma queda de mais de 90% no número de passageiros transportados, a Gol registrou um prejuízo líquido de R$ 1,994 bilhão no segundo trimestre, ante prejuízo de R$ 99,2 milhões em igual período do ano passado. No acumulado do semestre, a companhia aérea tem um prejuízo de R$ 4,212 bilhões, ante lucro de R$ 5,9 milhões entre janeiro e junho de 2019.

Os dados de tráfego aéreo da Gol despencaram no trimestre, refletindo as medidas de isolamento adotadas em diversas regiões para conter o avanço da pandemia da Covid-19, que também levou ao fechamento de fronteiras aéreas. O RPK (passageiros transportados por quilômetro) da Gol foi de 773 milhões entre abril e junho, uma queda de 91,7% na comparação com igual período do ano passado.

A receita líquida operacional da Gol foi de R$ 357,8 milhões, recuo de 88,6% no comparativo anual. Já os custos e despesas operacionais somaram R$ 1,255 bilhão, queda de 55,5%. A margem líquida da companhia ficou negativa em 558,1%, ante número negativo de 6,2% no segundo trimestre de 2019.

Além da piora do resultado, a companhia aérea também viu uma deterioração da sua dívida. O total de empréstimos e financiamentos chegou a R$ 18,9 bilhões, uma alta de 39,2%. Esse número inclui títulos emitidos no exterior, que foram afetados pela apreciação do dólar, e contratos de arrendamento de aeronaves, também afetados pela variação cambial.

A dívida líquida subiu 44,2%, para R$ 13,48 bilhões. A relação entre dívida líquida e Ebitda UDM pulou de 2,7 vezes para 4,5 vezes.

A companhia informou ainda que espera elevar o número de rotas domésticas atendidas durante o terceiro trimestre do ano, o que poderá melhorar a receita da companhia.

Mesmo com essa recuperação, a Gol espera chegar ao final do terceiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 13,8 bilhões, mas com a alavancagem um pouco melhor (4,4 vezes). “Diversas iniciativas importantes são críticas para assegurar que a companhia mantenha a liquidez nos patamares esperados no final do terceiro trimestre”, segundo comunicado ao mercado.

Conforme destaca Bruna Pezzin, analista da XP Investimentos, a Gol reportou resultados fracos no segundo trimestre de 2020, conforme o esperado, com números que refletem diretamente o impacto da pandemia sobre a demanda e sobre o câmbio. A receita líquida veio levemente acima das expectativas, em R$ 358 milhões, mas com custos operacionais de R$ 1,26 bilhão (custo unitário cerca de 4 vezes maior na comparação anual). A queda na receita foi impulsionada pela redução em cerca de 92% da receita com passageiros (em R$ 243 milhões) na base anual.

“Acreditamos que o foco a partir de agora estará no gerenciamento da liquidez por parte da companhia, em conjunto com notícias relacionadas à linha de crédito do BNDES para o setor, bem como o monitoramento das tendências da retomada da demanda no Brasil”, aponta a analista, que mantém  recomendação neutra para as ações da Gol, com preço-alvo de R$ 17 por ação.

Copasa (CSMG3, R$ 54,62, +1,56%)

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) registrou um lucro líquido de R$ 146,345 milhões no segundo trimestre do ano, um crescimento de 22,9% na comparação com igual período de 2019.

Entre abril e junho, a receita líquida da companhia foi de R$ 1,185 bilhão, número 9,2% maior na comparação anual.

O Ebitda chegou a R$ 378,551 milhões, alta de 9,4%. Já a margem Ebitda se manteve em 31%.

O Credit Suisse apontou que os resultados da Copasa vieram mais fracos do que o esperado, principalmente pela provisão para inadimplência muito acima da expectativa. A receita veio forte, acima das expectativas, suportada por maiores volumes e aumento da tarifa, mas os custos acabaram pressionando as margens.

Os resultados refletem os efeitos da pandemia, uma vez que a empresa não desconectou os clientes com faturas atrasadas e também forneceu condições flexíveis de pagamento para os clientes. O banco também destaca que, como resultado das chuvas constantes no trimestre, os reservatórios ainda estão praticamente cheios.

Transmissão Paulista (TRPL4, R$ 22,54, +3,58%)

A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (ISA Cteep) teve lucro líquido de R$ 411,7 milhões no segundo trimestre do ano, 74,5% superior frente igual período de 2019. Assim, a companhia encerrou o primeiro semestre do ano com lucro líquido de R$ 720 milhõe, 54,5% maior que o registrado no primeiro semestre de 2019.

Os resultados excluem uma Parcela de Ajuste (PA) referente à aplicação da Revisão Tarifária Periódica (RTP) do contrato renovado, e da remuneração do componente financeiro da RBSE pelo custo do capital próprio, no valor de 894,1 milhões de reais, que será recebida até junho de 2023. O Ebitda ajustado teve alta de 14,7% no segundo trimestre, totalizando R$ 687,3 milhões.

A receita líquida, também excluindo os efeitos da PA (RTP e RBSE) ficou quase estável frente igual intervalo do ano passado, com variação de 0,1%, para R$ 693,2 milhões.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 80,71, -2,99%)

O Magazine Luiza anunciou a conclusão da compra da Hubsales, plataforma por meio da qual fabricantes oferecem seus produtos diretamente aos consumidores.

A Hubsales é especializada nos setores calçadista e de confecções, com foco na região de Franca (SP), movimentando mais de R$ 100 milhões de reais e mais de 700 mil pedidos anuais. O valor do negócio não foi divulgado.

Cogna (COGN3, R$ 8,28, -12,47%)

A Vasta, subsidiária da Cogna Educação (COGN3), estreou suas ações na Nasdaq Global Select com forte volatilidade, impactando diretamente os papéis COGN3 na B3 na sessão desta sexta.  A ação foi precificada na véspera a US$ 19 e chegou a subir 17% e a cair 12% apenas nos primeiros negócios nos EUA (veja mais clicando aqui).

A companhia presta serviços educacionais, tanto de conteúdo pedagógico quanto de gestão administrativa, a outras escolas. Entre esses negócios estão, sistemas de ensino como Anglo e Pitágoras, além de quatro editoras de livros didáticos, escolas de idiomas e a plataforma digital Plurall, usada atualmente por mais de 1 milhão de alunos que estão tendo aulas online durante a pandemia. No primeiro trimestre, a Vasta foi o destaque da Cogna com alta de 24% na receita líquida. Entre as vantagens da Vasta, estão as suas ferramentas digitais.

Soma (SOMA3, R$ 11,03, +11,41%)

Outra empresa que estreou suas ações, desta vez na B3, é o grupo de moda Soma, dono de marcas como Farm e Animale.

A empresa levantou R$ 1,823 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Desse total, R$ 1,35 bilhão vai para o caixa da empresa. O valor da ação foi fixado em R$ 9,90, no centro da faixa indicativa de preço que ia de R$ 8,80 a R$ 11.

Latam e Azul (AZUL4, R$ 20,31, -3,38%)

O diretor financeiro da Azul, Alex Malfitani, afirmou que a fusão com a Latam Brasil passou a ser uma “possibilidade”, embora tenha admitido, em uma transmissão pela internet, que ainda é cedo para falar em uma parceria desse tipo.

“Hoje a gente tem o codeshare. Faz sentido a gente partir para uma joint venture ou uma fusão? Não sei. A gente não sabe isso, a gente vai ter que ver com o tempo. A Latam está ocupada com a reestruturação dela, com o processo de “Chapter 11” dela. A Azul também está ocupada em tentar passar por essa crise”, disse.

No último dia 9, a Latam Brasil entrou no pedido de recuperação judicial, o “Chapter 11”, nos Estados Unidos, entrando para a mesma reestruturação de sua holding, a Latam, que entrou com o pedido anteriormente.

Para Malfitani, a probabilidade de uma parceria existe. “A fusão passou a ser uma possibilidade. Não dá para dizer que isso vai acontecer”, completou.

Embraer (EMBR3, R$ 7,61, -4,28%)

A Embraer está em conversas com os sindicatos para colocar em prática mais um plano de demissão voluntária. Segundo a companhia, além dos funcionários que estão em licença remunerada, também poderão aderir ao PDV aposentados por tempo de serviço ou quem tiver 55 anos de idade ou mais. A adesão vai até 14 de agosto.

A companhia afirma que por conta da crise gerada pela pandemia de covid-19, com impactos fortes na indústria aeronáutica, vem tomando uma série de medidas para garantir a saúde das pessoas e a continuidade dos negócios.

A proposta tem um pacote de incentivos que inclui plano de saúde para o colaborador e dependentes e auxílio-alimentação de R$ 450 mensais, ambos até janeiro de 2021, apoio para recolocação, e uma indenização de 10% do salário-base nominal por ano de empresa, além das verbas rescisórias normais.

Sabesp (SBSP3, R4 60,85, +2,89%)

A ARSESP concluiu ontem as discussões para o Custo Médio Ponderado do Capital (WACC) regulatório aplicável na Sabesp para a próxima revisão tarifaria. Os 8,1% vieram bem melhores do que os 7,38% da proposta preliminar.

Conforme destaca o Credit Suisse, os próximos passos incluem uma definição da metodologia da tarifa final, proposta da estrutura tarifária e novo cálculo de base de ativos regulatórios (RAB). A ARSESP decidiu por incluir alguns detalhes importantes no cálculo: a equipe de análise do banco destacou que o WACC de 8,1% está melhor do que do segmento de energia e melhores do que os 7,5% do modelo.

“Se assumirmos um RAB líquido de R$ 55 bilhões, chegaríamos a um Ebitda adicional de R$ 500 milhões para o próximo ano. Enxergamos potencial de valorização adicional para a a metodologia de revisão tarifaria e que neste ponto poderíamos ver uma redução de percepção de risco e aumento de rentabilidade da Sabesp”, também ressaltando os pontos positivos do novo marco legal do saneamento.

Ômega (OMGE3, R$ 39,60, +10,15%)

O Conselho de Administração da Eletrobras aprovou as ofertas vinculantes feitas pela Omega Geração para aquisição da totalidade da participação da elétrica em parques eólicos no Rio Grande do Sul. Os negócios somaram cerca de R$ 1,5 bilhão, incluindo a assunção de dívidas.

Para bancar essas operações, a Ômega vai fazer uma oferta primário de ações (“follow-on”) de aproximadamente R$ 500 milhões. A companhia também possui R$ 885,5 milhões (em 30 de março de 2020).

Segundo comunicado da Omega, a proposta por 78% de fatia da estatal no Complexo Santa Vitória do Palmar, com 402 MW, foi de cerca de R$ 1 bilhão de reais, considerando assunção de dívida de R$ 577 milhões e pagamento em caixa de R$ 434,5 milhões.

Já a participação de 99,99% nas SPEs Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III e Chuí IX envolveu R$ 512,7 milhões, com R$ 378,7 milhões em assunção de dívida. Esses parques possuem 180,8 MW.

O Credit Suisse considerou a operação positiva para Ômega, que diversifica o seu portfólio, e para a Eletrobras, que se mostra alinhada à estratégia de focar nos ativos principais. “Acreditamos que a Omega está optando corretamente por aumentar seu portfólio em múltiplos ainda atraentes”, avaliou o banco em relatório a clientes.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.