Ações de Marfrig e Minerva saltam até 7% após China habilitar 25 frigoríficos; Petrobras avança com petróleo

Confira os destaques do mercado na sessão desta segunda-feira (9)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão é de leves ganhos para a bolsa brasileira, de olho na expectativa para estímulos na China.

A Petrobras (PETR3, R$ 29,46, +0,92%;PETR4, R$ 26,79, +1,02%) avança seguindo a alta do petróleo, após o novo ministro de Energia saudita dizer que aliança Opep+ é para o longo prazo. Assim, ele sinalizou que deve manter a política de reduzir as exportações para sustentar os preços.

O grande destaque fica para o setor de carnes, que sobe após a China habilitar mais 25 frigoríficos brasileiros. BRF (BRFS3, R$ 38,26, +2,35%), Marfrig (MRFG3, R$ 8,77, +6,77%) e Minerva (BEEF3, R$ 8,29, +5,34%) avançam, enquanto a JBS (JBSS3, R$ 29,83, -0,77%) é exceção com leve queda. Confira mais destaques: 

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BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3)

O Ministério da Agricultura (Mapa) informou por meio do Twitter que a China habilitou mais 25 estabelecimentos brasileiros para exportação de carne.

Deste total, 17 são de carne bovina, seis de frango, um de porco e um de asinino.

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Segundo a mensagem, a obtenção da habilitação foi resultado do esforço do Mapa, Ministério das Relações Exteriores e Embaixada do Brasil na China.

A Minerva informou que foi comunicada da habilitação de 2 de suas plantas no Brasil para exportação à China: são elas,  Rolim de Moura (RO) e Palmeiras de Goiás (GO), duas das maiores capacidades de abate da Companhia, com um total de 3.500 cabeças/dia.

“Com as novas habilitações e somada a unidade de Barretos (SP), que já exporta para o mercado chinês, a Divisão Brasil da Minerva passa a atender a China por meio de 3 plantas perfazendo uma capacidade total de aproximadamente 4.340 cabeças/dia, representando 45% da capacidade total de abate da Divisão Brasil”, destacou a companhia. 

No radar de recomendações, a BRF teve sua recomendação rebaixada à manutenção pelo HSBC. O preço-alvo é de R$ 37.

Já a coluna do Broadcast traz que Marcos Molina, maior acionista da Marfrig, está se preparando para o momento da venda da fatia do BNDES no frigorífico. Segundo a publicação, o empresário estaria interessado em angariar recursos para adquirir uma parte das ações do banco de fomento.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil e o banco suíço UBS avançaram nas negociações para constituir uma joint venture no segmento de banco de investimento, segundo apurou Broadcast e a Reuters. Na sexta-feira à noite, o BB publicou comunicado informando que analisa alternativas para incrementar sua atuação no mercado de capitais, o que pode incluir a reorganização da estrutura de banco de investimento, com uma parceria complementar.

O BB, porém, não mencionou o UBS. A conclusão da parceria entre ambos, porém, é esperada para breve, de acordo com fontes, que falaram na condição de anonimato.

As conversas entre o BB e o UBS não vêm de hoje. Um negócio entre os bancos já havia sido fechado na gestão anterior, sob o comando do então presidente Paulo Caffarelli. No entanto, a conclusão ficou pendente por conta do processo eleitoral que culminou na troca de governo e, consequentemente, no comando dos bancos públicos.

Por isso, o avanço das tratativas foi rápido. O processo formal junto ao UBS foi retomado em março pelo presidente do BB, Rubem Novaes.

A joint venture deve ter características similares ao negócio já fechado, com o UBS como sócio majoritário para evitar amarras de empresas estatais.

A estrutura em discussão combinaria o banco de investimento do Banco do Brasil, BB BI, e a estrutura do UBS no Brasil. Mas a governança seria dividida com indicação de número semelhante de diretores pelas duas instituições, de acordo com fontes.

A ideia é turbinar a área de banco de investimentos do BB, aproveitando o cenário favorável para a emissão de ações, e fazer frente à concorrência no segmento.

O acordo entre o Banco do Brasil e o UBS poderia ser assinado já no mês que vem, segundo uma das fontes.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras informou na sexta à noite que a Corte de Apelações do Segundo Circuito confirmou a decisão que aprovou o acordo para encerrar a Class Action nos Estados Unidos. “A partir de hoje (sexta-feira), o acordo não está mais sujeito a qualquer recurso, tornando-se definitivo”, afirmou a empresa.

“Conforme já divulgado pela companhia, o acordo não constitui admissão de culpa ou de prática de atos irregulares pela Petrobras, reconhecida pelas autoridades brasileiras como vítima dos fatos revelados pela Operação Lava-Jato”, acrescentou a petroleira.

Ainda na sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a privatização da Petrobras, mas disse que o assunto é “mais complexo” e será visto “mais à frente”.

“Por mim, acho que devemos privatizar todas as estatais”, afirmou Guedes, ressaltando que os “monopólios” da Petrobras atrasaram a exploração e produção de petróleo no País.

Já a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, o edital do megaleilão de óleo excedente da cessão onerosa.

O edital foi publicado mesmo sem anuência do Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão tem poder de determinar alterações no documento – o que, em tese, pode obrigar o governo a republicá-lo.

O leilão está marcado para o dia 6 de novembro. Para ter direito a explorar as áreas de Atapu, Sépia, Búzios e Itapu, na Bacia de Santos, que possuem entre 6 bilhões e 15 bilhões de barris, as empresas interessadas deverão pagar um bônus de outorga de R$ 106,5 bilhões.

Como esse valor é fixo, na disputa, vence quem oferece a maior parcela de óleo-lucro para a União, quem oferecer um ágio superior a 5% nessa disputa poderá parcelar o pagamento do bônus de assinatura.

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Do total do bônus de assinatura de R$ 106,5 bilhões, serão descontados R$ 33,6 bilhões, pagos à Petrobras pela renegociação de um contrato firmado em 2010.

Cia Hering (HGTX3)

O jornal Valor Econômico reporta que terminou uma disputa de duas décadas pelo uso da marca Hering e a titularidade do logotipo com os dois peixinhos. O Superior Tribunal Federal (STJ) decidiu favoravelmente a favor da Cia Hering, que conta com uma extensão rede de lojas e liquidez das ações na bolsa.

A Lojas Hering, fundada por sócios que deixaram a Cia Hering nos anos 50, perdeu a causa já que o registro da marca no INPI foi realizado anteriormente pelos antigos sócios. Segundo o Valor, ambas conviveram bem até 1990, quando os donos da Lojas Hering decidiram ampliar o negócio e passam a brigar na Justiça. A companhia existe desde 1880.

Suzano (SUZB3)

A Suzano teve a perspectiva de seu rating alterada de estável a negativa pela agência de classificação de risco Fitch.

Qualicorp (QUAL3)

O colunista Lauro Jardim do jornal O Globo informa que, assim que Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar a compra de 10% da Qualicorp pela Rede D’Or, será anunciado o novo presidente da empresa. Está quase certo que o escolhido vai ser Bruno Blatt, hoje executivo da Rede D’Or, afirma.

Bradesco (BBDC3;BBDC4)

O fundo de capital de risco do Bradesco – Inovabra ventures – conta com R$ 400 milhões em recursos próprios para investir em startups. Segundo o Valor, o foco são aportes em projetos ligados à inovação, agronegócios, softwares de gestão e cupons de descontos. As atividades de interesse incluem ainda big data, inteligência artificial, blockchain, plataformas digitais e marketplaces.

“Não precisa ser fintechs para receber aporte. Estamos investindo em ecossistemas, como financeiro, agronegócio e podemos entrar em outros, como educação e saúde”, disse ao Valor Leandro Miranda, responsável pela área de private equity e de relações com investidores e corretoras. Do total empenhado até agora, R$ 74 milhões foram efetivamente desembolsados. Os aportes giram por startup giram entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.

Banco Pan (BPAN4)

O Banco Pan informou que irá realizar uma oferta pública de distribuição primária e secundária de, inicialmente, 115 milhões de ações preferenciais. Com base no fechamento da cotação de 6 de setembro, na B3, de R$ 9,09 por ação, a oferta poderá movimentar até R$ 1,254 bilhão, com lote adicional, ou R$ 1,045 bilhão, sem lote adicional.

A distribuição primária será de, inicialmente, 57,5 milhões de ações e a secundária de, inicialmente, 57,5 milhões de ações secundárias, de titularidade da Caixa Participações (CaixaPar). A previsão de definição do preço da oferta deverá ocorrer no dia 19 de setembro, segundo cronograma apresentado pela companhia.

 

BR Properties (BRPR3) e São Carlos (SCAR4)

A BR Properties foi elevada a neutra pelo Bradesco BBI. O preço-alvo foi atualizado a R$ 12 para 2020, ante R$ 9 para 2019.

Já para São Carlos, o Bradesco BBI manteve a recomendação de underperform, atualizando o preço-alvo de 2020 a R$ 32, ante R$ 28 para este ano.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.