Ações de Magalu, B2W e Via Varejo sobem até 5,5%, Petrobras cai e Aeris estreia na B3 com disparada de 17%

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (11)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após duas sessões de forte queda com os investidores saindo de ações de empresas voltadas ao e-commerce para papéis da chamada “velha economia” em meio ao otimismo com a vacina da Pfizer-Biontech, as ações de B2W (BTOW3, R$ 74,73, +2,27%), Via Varejo (VVAR3, R$ 18,84, +5,61%) e Magazine Luiza (MGLU3, R$ 25,58, +1,43%) voltaram a subir, assim como os papéis de Totvs (TOTS3, R$ 27,76, +1,42%) e de exportadoras como siderúrgicas e exportadoras.

Já as ações da Petrobras (PETR3, R$ 23,62, -0,08%; PETR4, R$ 22,88, -0,87%), após saltarem até 19% em dois pregões, caíram, mesmo com uma nova alta do petróleo. O barril do Brent – usado como referência pela Petrobras – teve alta de 0,50% a US$ 43,83 e o barril do WTI avançou 0,39% a US$ 41,52.

No radar de resultados, mesmo com os números sendo vistos como positivos (apesar da alta do prejuízo), as ações da Braskem (BRKM5, R$ 23,75, -6,57%) caíram forte. Na véspera, contudo, vale ressaltar, o papel saltou 5,17%.

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Ainda no radar da companhia, o MSCI anunciou os resultados do rebalanceamento semestral de seu índice, que vai valer a partir de 1º de dezembro. O índice é referência para fundos de investimentos e grandes investidores.

Braskem, Porto Seguro (PSSA3, R$ 49,81, -4,40%), Cielo (CIEL3, R$ 3,80, +1,33%), Cogna (COGN3, R$ 4,71, -3,88%) e IRB (IRBR3, R$ 6,41, -1,99%) foram as ações brasileiras que saíram da carteira.

Alpargatas PN (ALPA4, R$ 39,03, -0,28%), Totvs e Bradespar (BRAP4, R$ 48,89, +0,80%) entraram na carteira.

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Fora do Ibovespa, os papéis do Banrisul (BRSR6, R$ 12,46, -6,67%) caíram forte com os resultados negativos. Também em destaque, está a estreia da Aeris (AERI3, R$ 6,50, +17,12%) na B3 em forte alta.  Confira os destaques:

Braskem (BRKM5, R$ 23,75, -6,57%)

Com uma provisão adicional de R$ 3,5 bilhões por conta do problema geológico em Alagoas, a Braskem registrou prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, alta de 59% no comparativo anual.

Além da provisão adicional, teve influência o impacto negativo da variação cambial em US$ 2,6 bilhões de dívida.

A receita da petroquímica teve alta de 19% no trimestre, para R$ 15,99 bilhões. Já o Ebitda totalizou R$ 3,7 bilhões, alta de 129%.

A geração livre de caixa da Braskem foi positiva em R$ 747 milhões no trimestre, com o maior resultado operacional e do monetização de créditos de PIS e Cofins no valor de R$ 332 milhões.

“A melhora de volumes, spreads e o benefício do ciclo de compra de nafta contribuíram para um trimestre bastante forte. Os resultados e a baixa do ciclo parecem estar no espelho retrovisor e, embora acreditemos que o terceiro trimestre foi positivo por conta de fatores extraordinários, esperamos que os resultados saudáveis sejam sustentados nos próximos trimestres”, avalia o Morgan.

BR Distribuidora (BRDT3, R$ 22,20, -1,77%)

A BR Distribuidora registrou lucro líquido de R$ 335 milhões no terceiro trimestre, queda de 74,9% ante o mesmo período do ano anterior, com vendas afetadas pela pandemia. Na comparação com o segundo trimestre, houve recuperação.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da maior distribuidora de combustíveis do país aumentou 1,8% no período na comparação com 2019, para R$ 834 milhões, e avançou 2,2% ante o trimestre anterior.

O volume de vendas da BR distribuidora caiu 9,8% no terceiro trimestre versus o mesmo período do ano passado, para 9,455 bilhões de litros, mas aumentou 20,8% em relação ao segundo trimestre, principalmente com crescimento das vendas do ciclo otto (31,4%) e diesel (18,2%).

A receita líquida apresentou redução de 13,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 21,1 bilhões, em função, principalmente, da queda no volume dos produtos vendidos e redução do preço médio de realização.

O Credit Suisse afirmou que os resultados da BR Distribuidora estão de acordo com as expectativas. O lucro Ebitda recorrente está em linha com as expectativas do banco, impulsionado pelos cortes de custos pela companhia. O lucro líquido de R$ 335 milhões ficou, no entanto, abaixo da estimativa do banco, de R$ 488 milhões, impactado por provisões para aquisição de créditos de descarbonização. O banco manteve recomendação outperform para a empresa, com preço-alvo de R$ 32, frente os R$ 22,6 atuais.

O Morgan Stanley afirmou que os resultados da BR Distribuidora estão de acordo com sua expectativa, com os ganhos por ação levemente abaixo de seu modelo. O banco afirma que o consumo de combustível deve se recuperar mais rápido do que se esperava, beneficiando-se de iniciativas da empresa para aumentar lucratividade. O Morgan Stanley avalia que a margem pode se expandir nos próximos trimestres. O banco manteve recomendação overweight para as ações, com preço-alvo de R$ 30, frente os 22,6 do fechamento da véspera.

O Bradesco BBI classificou os resultados da BR Distribuidora como sólidos, quase em linha com a concorrência. Excluindo provisões não recorrentes com créditos de descarbonização, o Ebitda seria de R$ 96 por metro cúbico, em linha com concorrentes. Por isso, o banco reafirma estimativa de R$ 99 por metro cúbico em 2021. O banco avalia que o desempenho da gestão é positivo, elevando a profitabilidade da empresa ao patamar da concorrência. O banco mantém a recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 28, frente os atuais R$ 22,60.

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 19,20, -2,24%)

O Carrefour Brasil anunciou na terça lucro líquido ajustado de R$ 757 milhões no terceiro trimestre de 2020, alta de 73,1% ante o mesmo período de 2019, com forte crescimento de vendas e controle de custos.

No período, o resultado operacional medido pelo Ebitda consolidado ajustado cresceu 18,6%, para R$ 1,34 bilhão, enquanto a margem cedeu para 7,7%, frente 8,2% um ano antes, em razão de provisões excepcionais adicionadas no banco do grupo.

Na unidade Atacadão, o Ebitda ajustado atingiu R$ 984 milhões, alta de 51,4% ano a ano, com a margem subindo de 6,9% para 8%. A divisão de Varejo apurou alta de 62,1% no Ebitda ajustado, para 410 milhões de reais, com expansão da margem de 2,2 pontos percentuais, para 8%.

No final de outubro, o Carrefour Brasil já havia divulgado crescimento de 29,9% nas vendas brutas, excluindo combustível, no terceiro trimestre ante mesmo período de 2019, para R$ 18,76 bilhões. As vendas mesmas lojas da rede cresceram 26,6%.

No terceiro trimestre, as despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 2,1 bilhões, contra R$ 1,9 bilhão um ano antes, afetadas principalmente por despesas com Covid-19. Mas em relação às vendas líquidas caíram de 14,1% para 12,1%, com maior volume de vendas e ganhos de produtividade.
Nas operações de comércio eletrônico, conforme já divulgado, as vendas pela métrica GMV cresceram 86,1% ano a ano, incluído o serviço de entrega rápida, apoiadas principalmente no crescimento de 202,4% do ecommerce alimentar, mas também na alta de 69,1% nas vendas online do segmento não alimentar. As vendas do marketplace subiram 61,7% e representaram 21,6% do GMV total.

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O Banco Carrefour mostrou crescimento de 16% no faturamento do terceiro trimestre na comparação anual, para R$ 9,7 bilhões. O cartão Carrefour apresentou crescimento de 12,1%, enquanto o cartão Atacadão aumentou 29,6%. A carteira de crédito atingiu R$ 12,3 bilhões, acréscimo de 19,8% ano a ano.
O Carrefour Brasil afirmou que houve melhora sequencial na qualidade da carteira, com o percentual dos empréstimos vencidos acima de 90 dias caindo para 11,8% de 13,1% no segundo trimestre, mas ainda assim, “considerando o ambiente volátil e incerto” optou em fazer uma provisão adicional de R$ 180 milhões, elevando o total provisionado para R$ 3,8 bilhões.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 121 milhões, ante resultado negativo de R$ 135 milhões um ano antes, com menor volume de descontos de recebíveis no trimestre.

Os investimentos no terceiro trimestre somaram R$ 305 milhões, queda de 20,8% ano a ano, reflexo dos efeitos da pandemia de Covid-19. A rede total de lojas do Grupo Carrefour Brasil atingiu 699 pontos de venda ao final de setembro de 2020.

O Bradesco BBI classificou os resultados do Carrefour Brasil como “muito fortes”, com o Ebitda 16% superior a suas projeções, e a receita 8% superior. O Ebitda está em linha com a projeção do Bradesco BBI.

O banco avalia que as ações do Carrefour têm tido desempenho relativamente fraco, levando em consideração seus resultados, “uma questão que continua a espantar muitos investidores com quem conversamos”. A explicação principal é de que 2021 deve ser um ano de crescimento relativamente fraco.

O Bradesco BBI afirma, no entanto, que espera que o Carrefour mantenha ganhos em participação de mercado, devido ao aumento das vendas de comida, com consumidores passando mais tempo em casa. O banco mantém a recomendação das ações em outperform, e preço-alvo de R$ 27, frente a cotação atual de R$ 19,64.

Movida (MOVI3, R$ 18,90, -3,67%)

A locadora de veículos Movida registrou lucro líquido no terceiro trimestre R$ 37 milhões, queda de 38% frente o mesmo período de 2019. O resultado foi, no entanto, 14 vezes maior do que o do trimestre imediatamente anterior, que fora de R$ 2,6 milhões.

O Ebitda foi de R$ 213,2 milhões, alta de 14% na comparação anual. A margem Ebitda foi de 20,6%, alta de 1,8 ponto percentual frente o mesmo período do ano anterior.

No terceiro trimestre, a receita líquida teve alta de, 3,6%, para R$ 1 bilhão. Desse valor, R$ 641 milhões vêm do segmento de seminovos, cujas vendas se desaceleraram, mas cujos preços médios por veículo tiveram alta de 12,6%, para R$ 45,3 mil. A receita do segmento cresceu 9,6% frente o mesmo período do ano anterior.

A receita de locação, que reúne a divisão de locação no varejo, gestão e terceirização de frota, foi de R$ 395 milhões, 4,9% menor do que um ano antes. Houve melhora de 32% frente o segundo trimestre. A taxa de ocupação chegou a 82,7%, um recorde para a empresa. Houve, por outro lado, um aumento de 15% nos custos da locação no varejo, devido ao aumento da depreciação anual no período, de R$ 3.424 por carro.

O Credit Suisse afirmou que os dados da Movida indicam uma recuperação sólida. O Ebitda consolidado bate a expectativa em 3%. A renda líquida foi 15% menor do que a estimativa do banco. A RAC (sigla em inglês para locação no varejo) Ebitda foi 7% superior à expectativa do banco, impulsionada pela taxa de ocupação de 82,7%.

O Credit destaca que, diferente da concorrência, a empresa ampliou sua frota no trimestre, com a aquisição de 18,2 mil carros, reduzindo a diferença entre sua frota e a de concorrentes. O banco manteve avaliação neutra, com preço-alvo em R$ 22 por ação, frente os R$ 19,62 do fechamento da véspera.

Banrisul (BRSR6, R$ 12,46, -6,67%)

O Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) divulgou nesta terça-feira seu balanço referente ao terceiro trimestre, indicando lucro líquido de R$ 117,8 milhões, frente R$ 291,9 milhões em 2019.

O retorno sobre patrimônio líquido foi de 5,7% no fim do terceiro trimestre. A carteira de crédito, no conceito ampliado, foi de R$ 36,470 bilhões em setembro. Excluindo garantias prestadas, o saldo foi de R$ 36,257 bilhões em setembro, uma alta de 4,6% em 12 meses.

Entre janeiro e setembro de 2020, o lucro líquido foi de R$ 495,1 milhões, uma queda de 46% frente o lucro líquido ajustado do mesmo período de 2019.

O índice de inadimplência de 90 dias foi de 2,98% no terceiro trimestre, uma alta de 0,14 ponto percentual em 12 meses. A receita de prestação de serviços e de tarifas bancárias foi de R$ 472,1 milhões entre julho e setembro de 2020, frente R$ 520,2 milhões no mesmo período do ano anterior.

O Credit Suisse avaliou que os dados do terceiro trimestre do Banrisul foram fracos, com lucro líquido 26% abaixo do consenso. A perspectiva é negativa.

A XP Investimentos destaca que o resultado foi afetado principalmente por: i) menor margem financeira, devido ao pior mix de crédito que deteriorou o spread; e ii) maiores custos, impactados tanto por ações cíveis quanto trabalhistas.

“O resultado foi especialmente ruim se considerarmos que o banco fez menos provisões do que o previsto, implicando em um pior lucro operacional ex-custo do crédito”, aponta a XP.

No entanto, a XP reitera  recomendação de compra e preço-alvo de R$ 19 por ação, uma vez que acredita que o banco está operacionalmente defendido com uma carteira com mais de 40% do crédito consignado, o que é positivo no atual cenário de crise, e com múltiplos atrativos, como o múltiplo de preço por patrimônio líquido implicando em um desconto de cerca de 30% sobre o valor contábil.

O Bradesco BBI avalia que os resultados do Banrisul ficaram muito atrás do consenso, mas foram positivamente impactados por forte queda nos gastos com provisões. O Bradesco vê uma perspectiva modesta quanto à lucratividade, mas atualizou sua previsão quanto à receita do Banrisul, para R$ 594 milhões em 2020, ajuste de 25%, e R$ 729 milhões em 2021, ajuste de 5%. O Bradesco se mantém neutro quanto ao Banrisul, com preço-alvo de R$ 16, frente os R$ 13,35 da véspera.

O Banrisul também afirmou que seu plano de desligamento voluntário (PDV) lançado recentemente terá impacto de R$ 180 milhões com os custos de implementação, e uma economia anual estimada de R$ 160 milhões partir de 2021.

A instituição havia avisado em setembro um PDV negociado com sindicato envolvendo até 1.500 empregados, mas que teve adesão de 903 funcionários.

O banco informou nesta terça-feira que seu plano de desligamento voluntário (PDV) lançado recentemente terá impacto de R$ 180 milhões com os custos de implementação, e uma economia anual estimada de R$ 160 milhões partir de 2021.

A instituição havia avisado em setembro um PDV negociado com sindicato envolvendo até 1.500 empregados, mas que teve adesão de 903 funcionários.

Santos Brasil (STBP3, R$ 4,37, +0,46%)

A Santos Brasil Participações divulgou na terça-feira prejuízo de R$ 5,4 milhões no terceiro trimestre. No mesmo período de 2019, reportara lucro líquido de R$ 7,7 milhões.

A receita líquida dos serviços fechou o terceiro trimestre de 2020 em R$ 220,3 milhões, uma queda de 11,9% frente o terceiro trimestre em 2019. Na época, o indicador ficou em R$ 250,1 milhões.

O Ebitda foi de R$ 49,7 milhões no terceiro trimestre, um patamar 16,4% menor do que o do mesmo período de 2019, que fora de R$ 59,4 milhões.

A empresa informou que, em decorrência do impacto da pandemia sobre as importações no Porto de Santos, o número de contêineres armazenados na Santos Brasil Logística caiu 27,5% no terceiro trimestre de 2020.

A empresa captou R$ 790 milhões com a emissão primária de ações em setembro, que atingiu a marca de 192,68 milhões de papéis.

O Bradesco BBI avalia que o Ebitda da Santos Brasil superou sua expectativa de R$ 35 milhões e está em linha com a expectativa do mercado. O banco ressalta a queda no volume de contêineres, a queda da margem Ebitda, e uma estrutura confortável de capital, com R$ 1,1 bilhão em capital, R$ 655 milhões em capital líquido.

Isso dá espaço para a empresa concluir seu plano de reformar o terminal Tecon Santos e buscar novas oportunidades de crescimento em terminais de contêineres, operadores de logística e terminais de cargas sólidas e a granel. O banco mantém avaliação em outperform, com preço-alvo de R$ 7, frente os R$ 4,35 do fechamento da véspera.

Sinqia (SQIA3, R$ 21,43, -0,79%)

A empresa especializada em soluções de tecnologia para o mercado financeiro Sinqia divulgou balanço do terceiro trimestre de 2020 nesta terça-feira, indicando lucro líquido de R$ 851 milhões, queda de 25,8% frente o mesmo período de 2019. Na comparação com o segundo trimestre houve alta de 46,7%.

O Ebitda foi de R$ 8,798 milhões, um recorde. Na comparação com o mesmo período de 2019, houve alta de 46,3%. A margem Ebitda foi de 16,7%, frente 13% no mesmo período de 2019.

O lucro bruto foi de R$ 17,453 milhões, alta de 11% na comparação com o mesmo período de 2019.
As despesas gerais e administrativas caíram 12,5% no trimestre, quando comparado com o mesmo período de 2019, atingindo a marca de R$ 8,6 milhões, o que equivale a 16,1% da receita líquida total.

Aeris (AERI3, R$ 6,50, +17,12%)

A ação da Aeris estreia nesta quarta-feira na B3. A companhia é uma produtora de pás para turbinas de energia eólica, sendo a maior fabricante do país, criada em 2010.

Cada papel saiu por R$ 5,5, abaixo da faixa estimada pelos coordenadores da operação, que variava entre R$ 6,50 a R$ 8,10.

A companhia tem duas fábricas no complexo de Pecém (CE). Segundo a Aeris, cerca de 70% do potencial eólico do Brasil está a menos de 500 quilômetros dessas unidades, onde produz equipamentos para Vestas, General Electric, Nordex e WEG.

A oferta de novas ações girou R$ 834,6 milhões; a empresa informou que o montante será destinado para modernizar suas duas fábricas e elevar sua capacidade, atualmente na casa das quatro mil pás por ano, parte disso voltada para exportação.

Além disso, acionistas pessoa física venderem fatias correspondentes a R$ 294,6 milhões na oferta secundária. Com isso, a transação movimentou R$ 1,13 bilhão.

Segundo o prospecto preliminar do IPO, a companhia quer aproveitar o crescimento da geração de energia eólica no mundo, que pode apresentar um avanço anual de 4% de 2019 a 2029, de acordo com pesquisa da Wood Mackenzie. A Aeris também acredita no fato de o Brasil ser indicado como detentor de umas das melhores condições geográficas do planeta para geração de energia pelo movimento dos ventos.

A Aeris totalizou uma receita líquida de R$ 753 milhões no primeiro semestre de 2020, equivalente a uma alta de 27% ante mesmo período do ano anterior. Além disso, afirmou que, em 2023, pretende ser uma das 500 maiores empresas do Brasil.

Oi (OIBR3, R$ 1,73, +0,58%; OIBR4, R$ 2,32, +0,87%)

O edital de venda dos ativos móveis da Oi foi publicado na última terça-feira, estabelecendo 10 de dezembro como prazo de entrega de envelopes com propostas. O leilão está marcada para 14 de dezembro. Claro, Telefônica e TIM Brasil fizeram oferta vinculante de R$ 16,53 bilhões pelos ativos, e têm até 16 de dezembro para informar se irão cobrir eventual oferta concorrente.

Transmissão de energia

A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou em reunião nesta terça-feira o edital com regras para seu próximo leilão de concessões para novos projetos de transmissão de energia, agendado para 17 de dezembro.

O certame oferecerá a investidores contratos de 30 anos para a construção e futura operação dos empreendimentos, que compreenderão linhas de energia e subestações em nove Estados.
A aprovação das regras veio na sequência de pronunciamento do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre a licitação, de acordo com a agência reguladora.

CCR (CCRO3, R$ 12,41, -0,72%) e Amerisolar

A operadora de concessões de infraestrutura CCR anunciou nesta terça-feira que a fabricante de equipamentos de energia solar Amerisolar se instalou no aeroporto industrial, que fica nas imediações do terminal de Confins (MG).

A previsão é que as operações da Amerisolar comecem no primeiro trimestre de 2021.A linha terá capacidade para fabricar 30 mil painéis por mês, com cerca de 50% exportada para América Latina.

Unilever (ULEV34)

A Unilever anunciou na terça no Brasil sua estreia mundial em produtos para cuidados com animais de estimação. Batizada no país como “Cafuné”, a marca inclui produtos para higiene de cães e gatos e para a casa de seus donos e foi desenvolvida junto com veterinários.

Telefônica Brasil (VIVT4, R$ 44,96, -1,75%)

A Telefônica Brasil informou que negociará apenas ações ON a partir de 23 de novembro. O dia 20 será o último de negociações das ações VIVT4 após conversão.

CSN (CSNA3, R$ 19,95, -0,30%)

A CSN Inova Ventures, fundo de investimento da CSN, precificou nesta terça-feira uma reabertura de bônus de 300 milhões de dólares e vencimento em 2028 a 6,45%, informou o IFR, serviço da Refinitiv.

A operação foi coordenada por Bradesco, BTG Pactual, JP Morgan, Morgan Stanley e UBS e os recursos serão usados para refinanciamento de dívida e propósitos corporativos gerais.

Cerca de US$ 250 milhões serão adicionados às notas atuais em circulação.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.