Ações de C&A e BMG estreiam na bolsa, Samarco recebe licença para voltar a operar e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta segunda-feira (28)

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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No Radar InfoMoney desta segunda-feira destaque para Vale, com a Samarco obtendo as licenças ambientais para retomada das atividades. Destaque ainda para a publicação do balanço da Klabin, antes da abertura do mercado, e da concessionária CCR, após o fechamento da bolsa. Além disso, nesta segunda, BMG e C&A estreiam na bolsa.

Vale (VALE3)

A Samarco conseguiu todas as licenças ambientais necessárias para reiniciar suas operações, segundo informa a Vale em fato relevante. Nesta sexta, a companhia recebeu a Licença Operacional Corretiva (LOC) para o Complexo Germano, em Minas Gerais. A licença foi aprovada pela Câmara de Atividades Minerárias (CMI) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

Segundo a Vale, a expectativa é que a Samarco retome suas atividades usando novas tecnologias para o empilhamento de rejeitos a seco. Assim, a extração de minério de ferro em Germano e a pelotização no Complexo Ubu, no Espírito Santo, só vão voltar a ocorrer após a implantação de um sistema de filtragem, com expectativa de conclusão em aproximadamente 12 meses.

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“Nesse período, a Samarco continuará as atividades de preparação para volta das operações, que inclui a manutenção de equipamentos”, informa a Vale. Assim, a Samarco estima a retomada total das suas atividades pra o final de 2020.

Os analistas do Morgan Stanley, Carlos de Alba, Eduardo Bordalo e Jens Spiess destacam que o plano de reinicialização da Samarco segue as expectativas. “O aumento gradual da produção deve trazer algum alívio ao mercado de pelotas que, a nosso ver, terá tempo suficiente para absorver as toneladas que estão retornando ao mercado”, escreveram.

Segundo os especialistas do Morgan Stanley, a aprovação da Licença de Operação Corretiva, no médio prazo, será positiva para a Vale e a BHP, “pois é uma das etapas para a Samarco começar a gerar caixa novamente e não depender de financiamento de seus acionistas controladores”.

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O analista do Bradesco BBI, Thiago Lofiego, destaca a aprovação da retomada é positiva para desenvolvimento do setor de mineração no Brasil e para a Vale, “pois mostra que as autoridades estão sendo racionais, enquanto as empresas também estão se adaptando a novas regras e regulamentos”.

Lofiego acrescenta a aceleração da Samarco será muito gradual e pouco provável para pesar na dinâmica do mercado de minério de ferro e pelotas nos próximos anos. “O início das operações está previsto para o final de 2020, com uma capacidade bastante limitada de 7-8 milhões de toneladas de pelotas”, escreveu.

Segundo o especialista do Bradesco BBI, a produção adicional da Samarco está sujeita a investimentos adicionais e é orientada por muito longo prazo (atingindo 14-16 milhões de toneladas por volta de 2026 e 22-24 milhões de toneladas em 2030 ).

“A Vale ainda não divulgou o capex que será implantado no plano de reinício, mas não esperamos que seja material”, finalizou Lofiego.

Petrobras Distribuidora (BRDT3)

A Petrobras Distribuidora informou que vai realizar o pagamento de R$ 2,469 bilhões em dividendos amanhã, dia 29 de outubro. O montante refere-se à segunda parcela de dividendos do exercício de 2018, segundo informou a companhia em aviso aos acionistas, divulgado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O valor da segunda parcela corresponde a R$ 1,32 por ação. E passou por correção pela taxa Selic de 31 de dezembro de 2018 a 29 de outubro de 2019, correspondente a R$ 0,06 sobre qual haverá incidência de 22,5% de imposto de renda. A primeira parcela dos dividendos, no total de R$ 1,026 bilhão, foi paga em 31 de maio. O montante corresponde a R$ 0,88 por ação, incluindo atualização pela taxa Selic.

Embraer (EMBR3)

O vice-presidente para América Latina e Caribe da Embraer, Reinaldo Krugner, afirmou que o processo de formação da joint venture com a norte-americana Boeing continua, com as empresas buscando aprovação das autoridades do setor.

“Nós estamos trabalhando de maneira separada – por força de lei, inclusive – e estamos absolutamente respeitando este processo”, afirmou. “Estamos aguardando. No início do ano (de 2020), em algum momento, será aprovada esta joint venture”, acrescentou. Segundo ele, a partir da aprovação será possível começar a trabalhar “oportunidades conjuntas”.

A conclusão do acordo, no entanto, ainda dependerá do cumprimento de uma série de etapas. No início de outubro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foi notificado pela Embraer e pela Boeing sobre o ato de concentração pelo qual as empresas pretendem fechar a parceria estratégica nos setores de aeronaves comerciais e militares. Com a notificação, o Cade começou a analisar a operação.

Já a União Europeia abriu, também neste mês de outubro, uma investigação para avaliar o acordo da Embraer com a Boeing. A Comissão disse estar preocupada com a possibilidade de a transação reduzir a competição no mercado de aeronaves comerciais.

Estreia de C&A (CEAB3) e BMG (BMGB11) na bolsa

Após precificarem suas ações na quinta-feira, o banco mineiro BMG e a varejista de moda C&A estreiam na Bolsa nesta segunda.

A operação do BMG movimentou R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1,2 bilhão da oferta primária — recursos novos, cujo montante vai para o caixa da companhia — e R$ 400 milhões na oferta secundária.

A faixa indicativa do IPO do BMG foi definida entre R$ 11,60 — valor da precificação — e R$ 13,40 por ação. O ativo da instituição financeira começa a ser negociada na próxima segunda-feira (28), com o ticker BMGB11.

No caso do IPO do banco, há uma peculiaridade: a opção da instituição de entregar somente units para os investidores. Cada unit BMGB11 será composta por 1 preferencial BMGB4 e 3 recibos de subscrição. Cada recibo dará direito a receber 1 ação preferencial após aumento de capital pedido pelo BMG ao Banco Central ser aprovado.

Já o IPO da C&A saiu a R$ 16,50 por ação, também no piso da faixa indicativa, que ia até R$ 20. As ações da varejista também começam a ser negociadas na B3 no dia 28, com o código CEAB3. Tanto a tranche primária quanto a secundária movimentaram R$ 813,7 milhões cada, totalizando R$ 1,63 bilhão.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras vai chegar ao megaleilão no dia 6 de novembro com R$ 34,6 bilhões na carteira para fazer ofertas agressivas pelas áreas de pré-sal. A avaliação da diretoria é que a estatal é a “dona natural” dos campos, porque conhece muito bem os reservatórios que vão ser leiloados. Também domina a tecnologia para ultrapassar o desafio de produzir em águas tão profundas.

Para sair na frente das maiores multinacionais da indústria petroleira – como ExxonMobil, Shell e Chevron -, também inscritas na licitação, a Petrobras está disposta a gastar todo dinheiro que vai receber do Tesouro por ter pago mais do que deveria por 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe, incluindo petróleo e gás) cedidos pela União em 2010. Passados nove anos, as duas partes – Petrobras e governo federal – revisaram as contas e concluíram que a estatal tem R$ 34,6 bilhões a receber.

Na prática, esse dinheiro não vai circular. A Petrobras vai comprar as áreas no megaleilão. No dia de concretizar o negócio, com a assinatura do contrato, prevista para acontecer no fim do ano, a empresa vai apresentar como pagamento o crédito que possui com o governo e a conta vai ser finalmente zerada. Nenhum centavo desse dinheiro vai ser usado para reduzir o endividamento da companhia, de US$ 90 bilhões, que vai ser abatido com a venda de ativos e o que possui em caixa.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) suspendeu a greve que estava programada para começar neste sábado, depois que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) acatou quatro de seis sugestões feitas para melhorar a proposta de mediação do TST entre os trabalhadores e a Petrobras.

“Este, portanto, é um momento decisivo para os petroleiros e petroleiras. Diante da nova proposta apresentada pelo TST, a FUP está indicando a sua aprovação, com suspensão da greve”, afirmou a FUP, em comunicado no seu site.

“Se a Petrobras não aprovar até o dia 03/11 a proposta, a greve pelo Acordo Coletivo será retomada com data a ser definida pela FUP”, acrescentou.

Hypera (HYPE3)

A Hypera registrou um lucro líquido das operações continuadas de R$ 271,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, representando avanço de 11% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro líquido total somou R$ 267,2 milhões (+10,3%).

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) das operações continuadas atingiu R$ 297,7 milhões, uma alta de 3,3%, com margem de 29,5% (-0,9 ponto porcentual). A receita líquida atingiu R$ 1,009 bilhão, expansão de 6,4%.

Para o Itaú BBA, o desempenho do terceiro trimestre mostrou tendências semelhantes às do segundo trimestre, com forte pressão de rentabilidade decorrente de uma margem bruta mais estreita e maiores despesas de marketing e P&D –mas em menor escala sequencialmente.

“O Ebitda foi ajudado por ganhos não recorrentes de R$ 43,5 milhões de créditos de PIS/COFINS; excluindo isso, teria diminuído 10% no ano”, escreveu Thiago Macruz, do Itaú BBA. “Acreditamos que isso foi antecipado pelo mercado e esperamos uma reação neutra sobre as ações”, destacou.

Para o Brasil Plural, mesmo com uma estratégia de desconto promocional mais agressiva no trimestre, a Hypera apresentou apenas um crescimento da receita líquida ligeiramente melhor – e ainda tímido – de 6,4% no ano, o que foi fortemente impulsionado pelo crescimento de 11% nas vendas de sell-out.

“No geral, com as despesas também decepcionantes, acreditamos que um ponto de inflexão ainda pode demorar”, escreveram os analistas Felipe Reboredo e Eduardo Nishio.

Klabin (KLBN11)

A Klabin registrou um lucro líquido de R$ 207 milhões no terceiro trimestre, praticamente dobrando o resultado líquido em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 104 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 1,396 bilhão, alta de 46%, com margem de 56% (+19 p.p.).

A receita líquida atingiu R$ 2,478 bilhões, uma queda de 5%, com um volume de vendas recuando 2%.

Segundo a empresa, o faturamento foi impactado pelo menor volume de vendas assim como pela queda de preços nos mercados de celulose e kraftliner

A empresa informou que créditos extemporâneo de R$ 1 bilhão pela exclusão do ICMS na base de PIS/Cofins trouxeram incremento líquido de R$ 620 milhões em Ebitda ajustado no período.

O endividamento líquido era de R$ 15,096 bilhões ao final de setembro, ante R$ 13,144 bilhões do término de junho e R$ 12,816 bilhões de um ano antes.

O endividamento bruto em 30 de setembro era de R$ 27,249 bilhões, aumento de R$ 2,647 milhões em relação ao segundo trimestre deste ano.

A Klabin explicou que a alta no endividamento bruto ocorreu pelo efeito da variação cambial sobre o endividamento em moeda estrangeira e por novas captações, parcialmente compensadas pelo pré-pagamento de empréstimos menos atrativos em relação a prazos e custos.

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse, em entrevista à Globonews, que – além da proposta de desestatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) – o governo estadual prepara a privatização das outras estatais sob gestão do Estado: a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig).

“Já encaminhamos à Assembleia Legislativa de Minas Gerais a solicitação de privatização da Codemig. No momento oportuno, encaminharemos as demais”, afirmou o governador.

Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)

A Reuters traz que o governo federal quer atrair novas empresas estrangeiras para operar voos domésticos. De acordo com o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, as conversas ocorrem com a JetBlue (EUA), Volaris (México) e Sky Airline (Chile).

“São conversas para introduzir o Brasil para eles. Não significa que as companhias estão dizendo que virão para cá”, disse Glanzmann, informando que reuniões com Volaris e JetBlue devem ocorrer hoje.

Enel

A Enel, antiga Eletropaulo, registrou lucro líquido de R$ 345,697 milhões no terceiro trimestre deste ano, montante 123 vezes superior ao lucro de R$ 2,791 milhões de um ano antes. O Ebitda somou R$ 659,107 milhões, uma alta de 79,6%, com uma margem consolidada de 17,0% (+8,2 p.p.). A receita recuou 7,7%, para R$ 3,865 bilhões, enquanto o volume de energia recuou 2%.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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