Ações da Weg sobem mais de 4% após forte queda da véspera, bancos saltam 5% e Petrobras tem alta de 3% com petróleo

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (22)

Lara Rizério

(Foto: Shutterstock)

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SÃO PAULO – Após a queda de mais de 6% na véspera após o resultado, a ação da Weg (WEGE3, R$ 82,11, +4,73%) registrou ganhos nesta quinta-feira (22). A companhia registrou bons resultados do terceiro trimestre, mas analistas destacaram o valuation esticado da empresa após a alta de mais de 100% da ação (veja mais clicando aqui).

Por outro lado, em relatório divulgado na manhã desta quinta-feira, o Bank of America reiterou a recomendação de compra para as ações WEGE3, elevando o preço-alvo de R$ 75 para R$ 90, o que configura um potencial de valorização de 14,9% em relação ao último fechamento.

Para os analistas, a ação não é uma barganha, mas o valuation não é uma razão suficiente para adotar uma visão negativa para as ações das companhias, uma vez que se justifica pela boa execução, exposição a grandes tendências de negócios e perspectiva de lucros.

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A ação da Qualicorp (QUAL3, R$ 34,50, +0,38%), por sua vez, chegou a cair mais de 3%, mas amenizou a perda e fechou em leve alta seguindo o ânimo geral do mercado. A companhia comunicou nesta quinta-feira que a sua sede e outros locais foram alvo busca e apreensão de documentos pela Polícia Federal no âmbito da Operação Triuno. Na véspera, a ação havia subido 5,75% com a notícia de possível maior participação da Rede D’Or na companhia.

Bancos ficaram entre as maiores altas do dia, caso de Bradesco (BBDC4, R$ 22,72, +4,60%), Santander Brasil (SANB11, R$ 33,30, +4,16%), Itaú (ITUB4, R$ 25,77, +5,14%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 33,65, +4,34%) seguindo a expectativa pelos resultados melhores no terceiro trimestre (veja mais análises clicando aqui).

Por outro lado, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 20,81, +3,17%; PETR4, R$ 20,84, +3,37%), que abriram quase estáveis, passaram a registrar ganhos seguindo o petróleo. O barril do Brent – usado como referência pela estatal – sobe 2,01% a US$ 42,57 e o barril do WTI apresenta ganhos de 1,80% a US$ 40,75.

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Já a Vale (VALE3, R$ 63,10, +0,40%) fechou com leve alta. No noticiário da empresa, segundo o jornal O Tempo, a mineradora, o Estado de Minas Gerais e o Ministério Público estão trabalhando em um possível acordo final em relação ao acidente de Brumadinho. De acordo com a publicação, a Vale ofereceria R$ 21,5 bilhões e uma reunião oficial de negociação poderia ocorrer ainda hoje.

Para os analistas do Bradesco BBI, a assinatura de um acordo final é um fator positivo para as ações da Vale, apesar do alto valor a ser pago, já que eliminaria totalmente os riscos de passivos adicionais relacionados ao acidente de Brumadinho no futuro.

As ações da OSX (OSXB3, R$ 15,00, +7,14%) e da MMX (MMXM3, R$ 16,11, +14,99%) voltaram a subir forte. Na véspera, a OSX viu suas ações saltarem 67% e a MMX saltou 123%. No radar das companhias, na semana, a OSX informou que o acionista Roberto Lombardi de Barros adquiriu 264.100 ações ordinárias de emissão da empresa, de modo que passou a deter participação de 8,3894% no capital social.

“O Sr. Roberto Lombardi de Barros informou que a operação realizada não objetiva alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia, nos termos do inciso II do artigo 12 da Instrução CVM nº 358/02, bem como declarou não estar vinculado a qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia”, destacou a OSX.

Confira os destaques:

Qualicorp (QUAL3, R$ 34,50, +0,38%)

A Qualicorp comunicou nesta quinta-feira que a sua sede e outros locais foram alvo busca e apreensão de documentos pela Polícia Federal no âmbito da Operação Triuno, que entre outros pontos investiga sonegação tributária e evasão de divisas.

“A nova administração da companhia informa que adotará as medidas necessárias para apuração completa dos fatos, bem como colaborará com as autoridades públicas competentes”, afirmou a empresa em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com a PF, a operação, deflagrada nesta quinta-feira, busca obter mais provas e identificar outros autores dos crimes de corrupção, associação criminosa, sonegação tributária, embaraço à investigação que envolva organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e elaboração e uso de documento ideologicamente falso.

Ainda conforme nota da PF, estavam sendo cumpridos um total de 14 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Barueri (SP)e Santo André (SP).

Embraer (EMBR3, R$ 6,82, +0,44%)

O Credit Suisse elevou o preço-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts) da Embraer na bolsa de Nova York, passando de US$ 4,40 para US$ 4,60, mas mantendo a recomendação de venda. Os analistas incorporaram no modelo para os papéis as estimativas para os próximos trimestres, que foram revisadas para modestas melhoras no curto prazo, com a venda de jatos executivos e queda de custos.

Os riscos que podem piorar o cenário incluem maior impacto do coronavírus e a alta alavancagem financeira. Do outro lado, o segmento de jatos comerciais pode ter um aumento na demanda.

Eletrobras (ELET3, R$ 33,22, +1,56%; ELET6, R$ 33,37, +1,12%)

A Eletrobras informou que a Eletronuclear aprovou em assembleia geral de acionistas o aumento de capital da Eletronuclear em R$1,88 bilhão na quarta. A operação ocorrerá por meio de conversão de créditos de adiantamento para futuro aumento de capital de R$ 850 milhões. E pela conversão de créditos de financiamento no valor de R$ 1,035 bilhão.

Petrobras (PETR3, R$ 20,81, +3,17%; PETR4, R$ 20,84, +3,37%)

A Petrobras  concluiu na quarta-feira, por meio da sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V., oferta de títulos no mercado de capitais internacional no valor de US$ 1 bilhão, informou a empresa nesta quinta-feira.

A operação, precificada no dia 13 de outubro, representou a menor taxa de retorno (“yield”) de uma emissão na história da Petrobras para um bond de 10 anos, afirmou a petroleira em nota.

Os recursos líquidos captados serão utilizados pela Petrobras para o pagamento dos títulos validamente entregues e aceitos na oferta de recompra anunciada em 13 de outubro, e, em caso de excesso, para propósitos corporativos em geral.

Os recursos captados na emissão serão consolidados com US$ 1,5 bilhão de emissão de 3 de junho de 2020, formando uma série única de US$ 2,5 bilhões, acrescentou a empresa.

O cupom da emissão de US$ 1 bilhão ficou em 5,60% ao ano, com preço na reabertura a 109,579%, enquanto o rendimento ao investidor foi estabelecido em 4,40% ao ano.

Ânima (ANIM3, R$ 30,60, +3,38%) e Ser (SEER3, R$ 14,44, -1,30%)

Em comunicado, a Ânima Educação informou que mantém os termos da oferta pela Laureate no Brasil.

Vale destacar que, na véspera, mais um litígio foi aberto em torno de aquisição no mercado brasileiro, após a Ser Educacional deixar de fazer uma contraproposta para adquirir os ativos no Brasil da norte-americana Laureate, que incluem a FMU e o Anhembi Morumbi.

O entendimento da rede de ensino controlada pelo empresário Janguiê Diniz foi de que a proposta concorrente, feita pela Ânima e declarada vencedora pela Laureate, não cumpria com a exigência posta em contrato de apresentação das fontes dos recursos a serem utilizados na transação, segundo apurou o ‘Estadão/Broadcast’, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Ontem, a Laureate informou em comunicado ao mercado que recebeu da Ânima oferta em dinheiro por suas operações no Brasil e que ela foi cerca de R$ 500 milhões acima da proposta inicial da Ser.

Já em comunicado, a Ser afirmou que houve divergência entre as partes em relação ao válido exercício do direito de go-shop ( por meio do qual poderia ativamente solicitar e aceitar, até 13 de outubro de 2020, proposta vinculante apresentada por terceiros e que fosse superior à efetivada pelo Grupo Ser Educacional) e, em razão dessa divergência, o assunto será discutido judicialmente.

Gafisa (GFSA3, R$ 4,39, -2,01%)

A Gafisa (GFSA3) anunciou na noite de quarta que aprovou a emissão de debêntures conversíveis em ações ordinárias, em duas séries no valor de R$ 117,57 milhões

Abertura de capital 

A varejista de moda e artigos esportivos Track & Field deverá ter o preço de suas ações em oferta inicial pública definido nesta quinta-feira. A empresa tem 234 pontos de venda em 24 estados no Brasil. A estreia das ações será na segunda.

Já a Oleoplan, fabricante de biodiesel, pediu na quarta registro para realizar sua oferta pública inicial de ações. A oferta será em parte primária, com recursos indo para o caixa da empresa. E parte secundária, com recursos destinados aos sócios. O Itaú BBA será coordenador líder, e a XP Investimentos será agente estabilizador. Também serão coordenadores BTG Pactual, o Bradesco BBI, o UBS Brasil, o Citigroup e o Banco ABC Brasil.

Em 2019, a Oleoplan vendeu 608 milhões de litros de biodiesel, destacando-se como líder no setor. Entre janeiro e setembro, o lucro líquido foi de R$ 229,2 milhões.

Varejista dona das marcas Puket e Imaginarium, a Uni.Co também pediu registro para IPO.

Linx (LINX3, R$ 36,70, 0,00%) e Totvs (TOTS3, R$ 29,01, +0,66%)

A empresa produtora de softwares Linx afirmou que a Stone não está considerando ampliar sua oferta para fusão, ao contrário do que fora reportado na imprensa. A Linx é disputada entre Stone (NASDAQ: STNE) e Totvs . O Bradesco BBI afirmou na manhã de quinta que não descarta a possibilidade de que ocorra uma disputa de ofertas pela Linx.

JBS (JBSS3, R$ 22,03, -0,27%)

A JBS anunciou na noite de quarta que aprovou a captação de R$ 2 bilhões em debêntures para compra de gado.

Light (LIGT3, R$ 18,30, -0,16%)

Em uma operação de cerca de R$ 260 milhões, o empresário Ronaldo Cezar Coelho, maior sócio privado da Light, fechou a venda de 5,1% das ações da empresa para Beto Sicupira. Ele é um dos sócios da 3G Capital, dona de empresas como ABInbev, Burger King e Lojas Americanas. As informações são do jornal Estadão. Coelho tem cerca de 22% das ações.

Dommo Energia (DMMO3, R$ 1,33, -5,00%)

A Dommo Energia informou na noite de quarta que seu conselho de acionistas aprovou o aumento de capital social da companhia no valor de R$ 43,22 milhões.

A capitalização ocorrerá por meio de: conversão de debêntures ou outros títulos de dívida em ações exercício de direito de subscrição ou de bônus de subscrição; capitalização de lucros ou reservas; ou subscrição de novas ações.

Bahema Educação (BAHI3, R$ 90,00, -14,27%)

A Bahema Educação S.A. informou na quarta à noite que o consclho de administração aprovou a emissão de debêntures conversíveis da companhia de até R$ 115 milhões, com valor unitário de R$ 74,75.

Vitru (VTRU)

O Credit Suisse iniciou nesta quinta cobertura da Vitru Educação (VITRU), companhia voltada ao ensino a distância, com avaliação neutra (ganhos em linha com a média do mercado), e preço-alvo das ações em US$ 15.

(Com Reuters e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.