Ações da Petrobras saltam mais de 6% seguindo petróleo; 4 ações sobem até 9% após balanços

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (5)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a queda da véspera, o Ibovespa se recuperou e registrou forte alta nesta quarta-feira (5), guiado principalmente pela alta de blue chips, como é o caso da Petrobras (PETR3, R$ 23,75, +6,45%; PETR4, R$ 23,18, +6,43%), cujos papéis subiram mais de 6%.

Os ganhos da estatal foram puxados pela alta superior a 3% dos contratos do petróleo brent e do WTI. De acordo com dados do API, o estoque de petróleo nos EUA caiu 8,6 milhões de barris, para 520 milhões de barris, ante uma expectativa de baixa de 3 milhões, fazendo com que a commodity atinja a sua máxima em 5 meses.

Também em alta, ficaram os papéis da Vale (VALE3, R$ 62,19, +2,45%), com o minério registrando uma nova sessão de ganhos, com a commodity com pureza de 62% negociada no porto de Qingdao em alta de 0,4%, a US$ 118,45 a tonelada.

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A temporada de resultados também movimentou as ações, com Iguatemi (IGTA3, R$ 34,98, +7,76%) e Gerdau (GGBR4, R$ 18,52, +5,95%) registrando ganhos após os balanços (sendo que a Iguatemi impulsionou também as demais ações do setor de shoppings).

Enquanto isso, a Embraer (EMBR3, R$ 7,66, +2,54%) abriu em leve queda após o resultado, mas virou para alta, ao passo que a Alpargatas (ALPA4, R$ 34,00, +8,83%) disparou quase 9% com os números do segundo trimestre.

Confira os destaques:

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Embraer (EMBR3, R$ 7,66, +2,54%)

A Embraer registrou um prejuízo líquido ajustado, excluído o Imposto de Renda e a contribuição social diferidos e também o impacto líquido, após imposto dos itens especiais que eventualmente tenham sido contabilizados, de R$ 1,071 bilhão no segundo trimestre do ano, ante um prejuízo de R$ 57,6 milhões em igual período de 2019.

Já a receita líquida atingiu R$ 2,864 bilhões, um recuo de 47% no comparativo anual. Nesse período, o Ebitda ficou negativo em R$ 1,822 bilhão, ante Ebitda positivo de R$ 101,1 milhões entre abril e junho de 2019.

“Na comparação entre os semestres, todos os segmentos de negócio tiveram queda de receita, sendo que a maior queda ocorreu na Aviação Comercial e seus serviços relacionados que contribuíram com quase 75% da queda na receita líquida”, informou o comunicado.

No trimestre, a Embraer entregou apenas quatro aeronaves comerciais ante 26 em igual comparação de 2019. Na aviação executiva as entregas foram de 13 unidades contra 25 no mesmo período do ano passado.

Devido à incerteza relacionada à pandemia de Covid-19, as estimativas financeiras e de entregas para 2020 permanecem suspensas.

Já o prejuízo líquido foi de R$ 1,68 bilhão no segundo trimestre de 2020. No mesmo período do ano passado a companhia teve lucro líquido de R$ 26,1 milhões.

No semestre, o prejuízo líquido da empresa já soma R$ 2,9 bilhões, contra um resultado também negativo de R$ 134,7 milhões em igual comparação.

Conforme destaca o UBS, o balanço da companhia foi pior do que as expectativas, com destaque para o Ebitda bem abaixo do esperado, assim como a queda nas vendas. “Tendo em visto o dado divulgado anteriormente de fracos números de entrega, o baixo desempenho no trimestre não foi uma surpresa completa, mas parece que uma revisão adicional da base de custos no KC-390 também afetou os resultados”, avaliam os analistas do banco, que seguem com recomendam neutra para os ADRs (na prática, os ativos da empresa negociados nos EUA) da companhia.

Ainda no radar, o Cade aprovou acordo entre Embraer e Tempest Informática sem restrições, segundo despacho no Diário Oficial e parecer no site do órgão regulador.

Gerdau (GGBR4, R$ 18,52, +5,95%)

A Gerdau registrou um lucro líquido de R$ 315 milhões no segundo trimestre do ano, uma queda de 15% na comparação com igual período de 2019.

Na mesma base de comparação, a receita líquida foi de R$ 8,745 bilhões, uma queda de 14%. O Ebitda ajustado somou R$ 1,318 bilhão, recuo de 16,25 ante abril e junho de 2019.

“A Gerdau reportou Ebitda 44% e 38% acima das nossas estimativas e as do consenso, respectivamente. Os principais destaques foram os volumes mais fortes nas unidades do Brasil, seguindo o aumento das exportações, e margens saudáveis em todas as linhas. O Fluxo de Caixa Livre foi de R$ 205 milhões no período devido aos esforços da companhia em garantir liquidez. A dívida líquida atingiu R$ 14,4 bilhões (de R$14,1 bilhões no 1T), enquanto a alavancagem, medida pela razão dívida Líquida/EBITDA, aumentou para 2,78 vezes, contra 2,55 vezes no 1T20, dada a alta do dólar. Mantemos nossa recomendação de Compra para a ação”, destaca a XP.

Klabin (KLBN11, R$ 22,89, +9,78%)

A fabricante de papel e celulose Klabin registrou um prejuízo líquido de R$ 383 milhões no segundo trimestre do ano, ante um lucro de R$ 72 milhões em relação ao igual período de 2019.

No mesmo período, a receita líquida da companhia atingiu R$ 2,956 bilhões, uma alta de 14% no comparativo anual. O Ebitda ajustado ficou em R$ 1,333 bilhão, crescimento de 39%, com a margem Ebitda ajustada alcançando 45% – era de 37% no segundo trimestre do ano passado.

Conforme destaca a XP, o principal destaque foi o volume de papel sinalizando poucos impactos do Covid-19. Além disso, volumes de celulose vieram em linha com a previsão e os preços foram beneficiados pelo aumento no câmbio.

Iguatemi (IGTA3, R$ 34,98, +7,76%)

A rede de shoppings de luxo Iguatemi obteve lucro líquido de 43,6 milhões no segundo trimestre de 2020, queda de 23% em relação ao mesmo período de 2019.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 114,9 milhões, recuo de 16,5% na mesma base de comparação, com margem de 71,4%.

O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) alcançou R$ 83,8 milhões, queda de 8,8%.

E a receita líquida totalizou R$ 160,9 milhões, baixa de 14,3%.

O encolhimento nos resultados do grupo é resultado direto da pandemia do coronavírus, que fechou os shoppings por uma boa parte do período. A companhia é sócia de 16 empreendimentos (14 shoppings de luxo e 2 outlets), dos quais apenas 12 já voltaram a funcionar e, ainda assim, com restrições no expediente.

Isso se traduziu em queda nas vendas e em perda de faturamento com locação de pontos comerciais e cobrança de estacionamento. A Iguatemi isentou o aluguel dos lojistas nos meses em que os shoppings ficaram fechados e vem concedendo descontos nesta reabertura parcial.

A receita bruta totalizou R$ 160 milhões, queda de 25,3%. A receita de aluguel atingiu R$ 229,1 milhões, recuo de 11%, enquanto a receita de estacionamento foi de apenas R$ 5,6 milhões, uma baixa de 90,7%.

As vendas totais nos shoppings caíram 82,8%, para R$ 603,6 milhões. As vendas nas mesmas lojas (abertas há mais de um ano) diminuíram 70,6% no período, enquanto os aluguéis nas mesmas lojas tiveram retração de 79,1%.

Os analistas do Bradesco BBI destacaram a estabilidade na taxa de ocupação nos shoppings administrados pelo Iguatemi, redução dos custos e o resultado da inadimplência, que teve a influência na suspensão ou adiamento do pagamento de aluguéis.

“Embora a Iguatemi tenha reportado um resultado mais fraco, a empresa vem fazendo um bom trabalho reduzindo custos e despesas, na tentativa de amenizar o impacto da Covid-19”, avaliaram, em relatório a clientes, os analistas do Bradesco BBI.

A companhia é “top pick” da instituição financeira para o setor, com um preço-alvo de R$ 49 e classificação “outperform”.

Os analistas destacaram ainda a iniciativa de comércio eletrônico do Iguatemi, o Iguatemi 365, que atualmente conta com 280 marcas, sendo que 30% não estão presentes nos shoppings administrados pela empresa. “Isso indica que a plataforma de comércio eletrônico pode agregar valor às operações da companhia.”

Para a XP Investimentos, os resultados foram fracos, mas ainda acima das estimativas em meio a um cenário desafiador.

Alpargatas (ALPA4, R$ 34,00, +8,83%)

A Alpargatas registrou lucro líquido de R$ 44,5 milhões no segundo trimestre de 2020, um crescimento de 53,1% na comparação com o mesmo período de 2019. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa, por sua vez, subiu 28,1% na comparação com o segundo trimestre do ano passado, chegando a R$ 132,2 milhões.

Segundo o presidente do grupo, Roberto Funari, o crescimento de lucro veio da redução de despesas administrativas, aumento da receita por par vendido e desenvolvimento dos canais digitais.

Além disso, ele chama a atenção para os créditos fiscais que melhoraram os resultados da companhia. Houve ganho tributário advindo de mais uma ação de exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS e de ação de crédito de IPI no valor de aproximadamente R$100 milhões, bem como para as despesas não recorrentes referente à covid-19 no montante total de cerca de R$ 30 milhões. Esses benefícios influenciaram o crescimento de Ebitda e lucro da companhia.

A receita líquida, foi de R$ 680,5 milhões, uma queda de 19,6% em relação a 2019. Aqui, a empresa explica que “a redução de volume de Mizuno e Osklen nos meses de abril e maio, bem como a de Havaianas Brasil no mês de abril, ambas em virtude da pandemia, impactaram negativamente a evolução do trimestre versus 2019”.

O Bradesco BBI destacou a recuperação das receitas da Alpargatas ao longo do segundo trimestre, o que serviu para limitar os dados causados pelas medidas de isolamento social que vigoraram no período. A instituição financeira também destacou medidas estratégicas da companhia, que resultaram no crescimento do comércio eletrônico.

“O volume de Havaianas Brasil caiu 27% (ante segundo trimestre de 2019), mas um desempenho muto mais resiliente que a nossa estimativa de queda de 40%. A receita Brasil caiu 35%, ante uma expectativa de 51%. O resultado acima do esperado deve-se a uma forte recuperação do volume em junho, mês em que a receita cresceu 8% na comparação anual”, avaliou, em relatório a clientes, a instituição financeira.

Omega Geração (OMGE3, R$ 38,00, +0,72%)

A Omega Geração registrou um prejuízo líquido de R$ 30,7 milhões no segundo trimestre do ano, ante prejuízo de R$ 24,5 milhões entre abril e junho de 2019.

A receita líquida ficou estável no período, em R$ 201,5 milhões. Já o Ebitda foi de R$ 108,1 milhões, alta de 26% na comparação anual. O Ebitda ajustado subiu 18,5%, para R$ 135,4 milhões.

O Credit Suisse considerou os resultados abaixo da expectativa, ressaltando que os parques eólicos tiveram uma produção menor que o esperado. No entanto, relatório do banco destacou que, em geral, a geração de eólica é mais forte no segundo semestre. “Além disso, acreditamos que o principal gatilho para as ações depende principalmente de perspectivas de novo crescimento do portfólio, bem como de melhorias no desempenho operacional dos parques eólicos recentemente adquiridos”, avaliou o banco.

Banco Pan (BPAN4, R$ 9,78, -0,71%)

O Banco Pan registrou um lucro líquido de R$ 143,6 milhões no segundo trimestre, uma alta de 22% na comparação com igual período de 2019.

No mesmo período, a instituição financeira viu a carteira de crédito chegar a R$ 24,73 bilhões, uma alta de 10% em 12 meses. Já a inadimplência (atrasos acima de 90 dias) ficou em 7%, avanço de 1,7 ponto percentual em 12 meses e de 1,3 ponto percentual na comparação como primeiro trimestre.

Na avaliação do Morgan Stanley, o resultado veio em linha com as expectativas, reforçando que a queda no lucro no comparativo com o primeiro trimestre (recuo de 16%) é consequência do aumento das provisões para devedores duvidosos. “A contração do lucro no trimestre ocorreu devido a um salto acentuado (29%) nas provisões para empréstimos, como esperado, dado o cenário macro desafiador.”

Azul (AZUL4, R$ 20,16, +1,72%)

A Azul informou dados operacionais preliminares referentes ao mês de julho. O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) aumentou 40,7% em relação a junho. Já a capacidade (ASKs) subiu 33,3%, na mesma base de comparação, resultando em um acréscimo de 4,1 pontos percentuais na taxa de ocupação, que atingiu 79,6%. Em comparação ao mesmo período de 2019, a retração na demanda foi de 77,6% e na capacidade de 75,7%. A taxa de ocupação em julho do ano passado era de 86,6%

O tráfego de passageiros no âmbito doméstico cresceu 50,1% em julho em relação ao mês anterior, somado a um aumento de 43% na capacidade, resultando em uma taxa de ocupação de 79,4%, acréscimo de 3,7 pontos porcentuais. No segmento internacional, o tráfego de passageiros caiu 10,6%, na mesma base de comparação, enquanto a capacidade diminuiu 18%. Com isso, a taxa de ocupação do segmento ficou em 81%, indicando elevação de 6,7 pontos porcentuais.

“O crescimento sequencial de nossa capacidade foi muito bem sucedido e esperamos que esta tendência de aumento de demanda continue nos próximos meses. Nossa frota diversificada nos permite adequar nossa capacidade à demanda de passageiros, e estou confiante em nossa habilidade de reconstruir nossa malha ao longo do tempo”, disse John Rodgerson, CEO da Azul.

Gol (GOLL4, R$ 17,63, -0,11%)

A Gol divulgou os números prévios do tráfego aéreo no mês de julho. O mês foi marcado pelo aumento da malha aérea aumentou para cerca de 200 voos ao dia, quase o dobro do registrado no mês anterior. Esse aumento, no entanto, ainda deixa a companhia aérea longe de atingir o desempenho que tinha antes dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

O número de decolagens em julho foi de 5.420, uma queda de 78% na comparação com igual mês de 2019. No acumulado de janeiro a julho, as decolagens chegam a 73.533, recuo de 50%.

Os passageiros transportados em julho somaram 692 mil, queda de 80,6%. No ano, o número chega a 9,665 milhoes, recuo de 53,2%, em relação ao período de janeiro a julho de 2019.

Em julho, a Gol reabriu as rotas para Viracopos (SP), Santarém (PR), Uberlândia (MG) e Vitória da Conquista (BA), além do aumento das frequências para os aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Galeão (RJ).

A companhia registrou um aumento da demanda doméstica de 114% sobre junho. Já a oferta subiu 117%, também sobre junho. A taxa de ocupação da Gol foi 78,1%.

Notre Dame (GNDI3, R$ 67,99, +2,70%)

A Notre Dame Intermédica informou um acordo de intenção de compra e venda para a aquisição da Climepe Total. O valor do negócio é R$ 168 milhões, e será pago na data do fechamento, ajustado pelo caixa/endividamento líquido a ser apurado.

A Climepe é uma operadora de saúde verticalizada, fundada há 25 anos em Poços de Caldas. Sua atuação abrange a região Sul do Estado de Minas Gerais. Em 2019, a empresa registrou faturamento líquido consolidado de R$ 74,4 milhões, com sinistralidade caixa de 73% e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 10 milhões (margem de 13,6%).

A empresa possui uma carteira com 33 mil beneficiários de saúde (81% corporativo/adesão) e 6 mil beneficiários dental. Entre os ativos da Climepe, estão o maior e mais moderno hospital na região (inaugurado em 2016) com 119 leitos (sendo 16 de UTI), e uma unidade especializada em procedimentos de baixa complexidade. A aquisição inclui o imóvel hospitalar, que possui mais de 10 mil metros quadrados de área construída.

“A consumação da Transação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo a aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”, diz a empresa, em fato relevante.

Os analistas do Bradesco BBI viram como positiva a aquisição, ressaltando que os operadores de seguro saúde têm uma baixa participação no mercado de Minas Gerais.

“Entendemos a importância de entrar neste novo mercado que é menos explorado, o que deve ajudar o GNDI a consolidar sua posição no Sudeste”, explicaram os analistas em relatório a clientes.

O Credit Suisse considerou positiva a compra da operadora de saúde. “A empresa pagou R$ 5,1 mil por vida, justificada pelas 33 mil vidas com potencial de crescimento, alavancando 119 leitos e partindo de uma boa lucratividade, apesar do baixo ticket.”

Tenda (TEND3, R$ 32,90, +0,77%) e MRV (MRVE3, R$ 18,86, +1,51%)

De acordo com informações do jornal O Globo,  a equipe econômica do governo estaria estudando a possibilidade de redução de 8% para 6% da contribuição obrigatória das empresas para o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, visando diminuir as resistências do Congresso Nacional à aprovação de um novo imposto sobre transação.

Atualmente, o FGTS é a principal fonte de financiamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que promove o financiamento subsidiado para construção e aquisição de imóveis pelas famílias de baixa renda.

“Apesar da possibilidade de ampliação de contratação de trabalhadores formais, acreditamos a diminuição da contribuição mensal obrigatória combinado com os saques extraordinários dos últimos anos podem pressionar a capacidade do fundo de financiar programas de habitação popular e limitar seu potencial de crescimento, o que impactaria as incorporadoras focadas no segmento de habitação popular”, avaliam os analistas da XP Investimentos.

Sinqia (SQIA3, R$ 23,85, +3,29%)

A Sinqia anunciou a compra da Itaú Soluções Previdenciárias (ISP), empresa do Itaú Unibanco especializada em soluções financeiras de tecnologia e serviços para Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC).

O preço de aquisição é de R$ 82 milhões, composto por uma parcela à vista de R$ 33,6 milhões, a ser paga no fechamento, e por parcela a prazo de R$ 48,4 milhões, a ser paga em 5 prestações anuais a partir do 1º aniversário do fechamento.

Petrobras (PETR3, R$ 23,75, +6,45%; PETR4, R$ 23,18, +6,43%)

A 1ª Vara Empresarial e de Conflitos relacionados à Arbitragem de São Paulo extinguiu ação movida pelo fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), que pedia hipoteca judiciária de dois imóveis da Petrobras em Santos (SP). A hipoteca havia sido pedida como garantia de cumprimento de sentença arbitral parcial proferida em arbitragem que está em andamento.

A 1ª Vara Empresarial indeferiu o pedido da Previ e determinou a extinção do processo judicial antes da citação da Petrobras. Nele, a Previ alega que faz jus a um valor de R$ 2,993 bilhões, e que o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, a Petros, que é parte na arbitragem mas não na ação judicial, tem direito a R$ 560,4 milhões.

Em comunicado, a Petrobras afirma que não reconhece os valores, que também não foram endossados pela arbitragem. “Além de ignorarem inúmeras questões que não foram sequer resolvidas, os cálculos trazidos pela Previ contrariam os seus próprios pedidos e documentos apresentados na arbitragem, abarcando enorme quantidade de transações ocorridas fora do período coberto pelo processo arbitral, que vai de 2010 a 2015”, diz a companhia.

Por conta das incertezas que envolvem uma arbitragem, a Petrobras afirma que não consegue elaborar uma estimativa precisa de perdas. A companhia lembra ainda que a sentença arbitral parcial não determinou o fim do procedimento, nem determinou o pagamento de valores aos fundos de pensão.

A Petrobras está questionando o resultado da arbitragem em uma ação judicial que busca a anulação, “em razão de suas graves falhas e impropriedades”.

Ainda no radar da companhia, aa Petrobras acredita que o Brasil pode elevar o volume de combustível exportado após a venda das refinarias da estatal. A avaliação foi feita pela diretora de Refino da estatal, Anelise Lara, nesta terça-feira.

Segundo a executiva, os compradores terão incentivo para elevar o fator de utilização das refinarias a 100%, que atualmente está em cerca de 80%. O excedente poderia ser oferecido ao mercado internacional.

 Oi (OIBR3, R$ 1,62, +4,52%; OIBR4, R$ 2,54, +3,25%), TIM (TIMP3, R$ 14,88, -1,26%), Vivo (VIVT4, R$ 50,19, -0,81%) e Claro

A compra da Oi Móvel pelo trio Tim, Vivo e Claro tem “chances mínimas” de ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sem restrições, disse o presidente do órgão, Alexandre Barreto. Ontem, depois do fim da exclusividade da Highline – empresa de infraestrutura para telecomunicações – pela Oi, as concorrentes passaram a ficar em pé de igualdade na disputa pela tele.

Ao Estadão/Broadcast, Barreto disse que, caso a operação seja concretizada, será necessário um acordo que inclua medidas como a venda de ativos. Segundo ele, a compra exigiria uma análise “mais detida” do Cade por se tratar de concorrentes adquirindo outra em um mercado já concentrado. O Cade considera um domínio de mercado acima de 20% como alto. Hoje, Vivo, Claro e TIM estão acima do patamar mesmo sem a divisão dos ativos da Oi.

Barreto considera o caso complexo. “Quanto maior a complexidade da operação, maior o tempo de análise necessária”, completou. O Cade tem prazo máximo de 330 dias para julgar uma fusão ou aquisição. As empresas dependem de aval do órgão para fechar o negócio.

Vale destacar que, segundo o Valor Econômico, a Oi iniciou negociações com o consórcio formado por Claro, Tim e Telefônica para a venda de seus ativos de telefonia móvel. Advogados das três companhias já estão se preparando para iniciar as conversas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A TIM deve entrar com a maior parte dos R$ 16,5 bilhões da proposta, já que pretende ficar com uma parcela maior da rede móvel, segundo a reportagem. Na segunda-feira, venceu o acordo de exclusividade de negociação entre Oi e Highline.

Durante a tarde, a Exame destacou, citando três fontes, que a Enel está entre os dez grupos interessados em comprar a rede de fibra ótica da Oi. A Enel não comentou o assunto.

Ainda no radar, fontes disseram à Bloomberg que a Brookfield Asset Management Inc e o Canada Pension Plan Investment Board estão avaliando fazer uma oferta pela unidade de fibra ótica da empresa brasileira.

A chamada InfraCo também atraiu interesse do Highline do Brasil II Infraestrutura de Telecomunicações, unidade local do Digital Colony, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as discussões não são públicas. Um fundo de private equity gerido por uma unidade do Banco BTG Pactual fez uma oferta não-vinculante pelo ativo, segundo comunicado de 28 de junho.

A Oi planeja vender até 51% das ações da subsidiária e agendou um leilão para isso no primeiro semestre do próximo ano, de acordo com uma apresentação da empresa.

A Brookfield, o CPPIB, o Digital Colony e a Oi não quiseram comentar. O BTG não quis comentar além do comunicado.

(com Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.