Ações da Herbalife disparam 16% no after hour após resultado melhor que o esperado

A empresa de produtos nutricionais e de saúde teve lucro líquido de US$ 78,2 milhões, ou US$ 0,92 centavos por ação no período, ficando acima dos US$ 74,6 milhões apresentados um ano antes

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – As ações da Herbalife disparam no after hour da bolsa americana após a companhia superar as expectativas com seu resultado do primeiro trimestre. A empresa de produtos nutricionais e de saúde teve lucro líquido de US$ 78,2 milhões, ou US$ 0,92 centavos por ação no período, ficando acima dos US$ 74,6 milhões apresentados um ano antes. Com isso, os papéis da companhia disparam 16%, a US$ 46,50.

O lucro ajustado por ação foi de US$ 1,11, ficando bem acima do consenso do mercado, que ficou em torno de US$ 1,00. As vendas da Herbalife caíram 12%, para US$ 1,1 bilhão pressionadas pela alta recente do dólar, mas mesmo assim ficaram em linha com o esperado. A companhia disse que as flutuações cambiais prejudicaram o balanço, principalmente por conta do impacto da desvalorização do bolívar da Venezuela.

Vale lembrar que a Herbalife tem sido destaque nos noticiários em meio a discussão sobre seu negócio ser algum tipo de pirâmide financeira. Em março, o “gestor anti-Herbalife” Bill Ackman – que começou as discussões sobre a empresa – passou a ser investigado pelo Ministério Público nos EUA e pelo FBI por potencial manipulação das ações da Herbalife.

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Ackman, que diz que a Herbalife é um esquema de pirâmide e insiste que os preços das ações chegarão a zero (apostando US$ 1 bilhão de dólares contra a companhia) estaria manipulando o movimento dos papéis enquanto está em posição vendida nos ativos. Em entrevista ao portal CNBC Bill Ackman também disse que não fez negócios para ganhar no curto prazo com os papéis.  

Autoridades americanas investigam se Ackman teria contratado pessoas com a intenção de fazer declarações falsas sobre o modelo de negócio da Herbalife a autoridades oficiais a fim de estimular investigações sobre a empresa e levar à queda dos papéis, segundo fontes ouvidas pelo WSJ.

O gestor se defendeu  ao dizer que está intrigado com a história e que não foi ouvido pelo FBI ou pelo Departamento de Justiça. E descreveu sua posição na Herbalife: “nós basicamente fizemos uma grande posição vendida na empresa que começou em dezembro de 2012 mas, mesmo assim, o preço das ações subiu”. E disse que mudou a forma de sua posição no final de 2013 e início de 2014 “porque fomos pressionados por Carl Icahn e outros.”

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.